Resenha - Train Of Thought - Dream Theater
Por Thiago Sarkis
Postado em 13 de novembro de 2003
Nota: 6
Sei exatamente o tamanho do problema que estou comprando ao comentar este álbum. É bronca, na certa, falar algo negativo de uma banda com grande número de fãs, fiéis, e pior de tudo, músicos ou metidos a. Em outras palavras, com argumentos pseudocientíficos para explicar qualquer ruído dos instrumentos de seus ídolos. Fazer o quê? Piuí piuí, lá vem o trenzinho do Dream Theater e lá vamos nós descendo a lenha.
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Diante das esperanças de quem ouviu "Awake", "A Change Of Seasons" ou "Scenes From A Memory", este "Train Of Thought" é a total frustração. Quisera eu fosse apenas por causa de um excesso de expectativa, mas não, o álbum é ruim mesmo!
Novamente, eles tocam muito, são músicos extraordinários, e disso ninguém duvida. Porém, a inspiração foi-se. Na execução, é óbvio, cem por cento. Já nas composições, ih! Haja paciência para riff em cima de riff, nada dinâmicos, sem razão para existirem.
"Opa, acabaram-se as idéias, vamos mudar". É assim que funciona. Músicas como "This Dying Soul", "Honor Thy Father" e "Stream Of Consciousness" soam maçantes e mecânicas. Nas guitarras, que decepção, será John Petrucci ou Michael Angelo? Sem pegada, escalas de conservatório para adequarem-se ao "irado" dos temas. E não alcançam o objetivo.
Se o mecanicismo é extremo no instrumental, nos vocais LaBrie não fica no meio termo, infelizmente, e vai para um lado totalmente oposto. Ele é a falha mecânica. Foram-se os tempos de "Images & Words", e o canadense não é boa escolha para acompanhar um disco com pretensão de agressividade.
Apesar de tudo o que foi falado, eles ainda conseguem certo sucesso, como em "As I Am", mais curta e direta, como todas as outras faixas deveriam ser. "Vacant" passa, e "Endless Sacrifice" e "In The Name Of God" justificam a categoria do Dream Theater.
Existem momentos muito bons, mas desconexos e inexpressivos perante aquilo que os norte-americanos se tornaram, a grande banda de metal progressivo do planeta. Eles têm méritos e fizeram por onde ter tamanha expressão, com excelentes produções e discos inesquecíveis. Nem por isso são intocáveis e deixam a maior mancha de suas carreiras com "Train Of Thought".
Formação:
James LaBrie (Vocais)
John Petrucci (Guitarras)
Jordan Rudess (Teclados)
John Myung (Baixo)
Mike Portnoy (Bateria)
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