Resenha - Trova de Danú - Tuatha de Danann
Por Sílvio Costa
Postado em 09 de abril de 2005
O Tuatha de Danann já é reconhecido como um dos grupos mais criativos e talentosos do cenário nacional. Trova de Danú não é apenas o melhor disco da banda até agora, mas é a maior prova de que com um pouquinho de dedicação é possível vencer as limitações impostas a quem faz música de forma independente e não se dispõe a fazer concessões em nome do sucesso. O Tuatha mudou de gravadora, mas a sonoridade continua intacta e mágica como na época das demos, com apenas um diferencial: a natural evolução técnica dos músicos e a ampliação do uso de instrumentos exóticos para conduzir o ouvinte numa viagem pelo folclore celta. Tudo isso feito com muito amor pelo heavy metal e muita dedicação por parte dos músicos.
Tuatha de Danann - Mais Novidades

É muito difícil não gostar desse disco logo de início. A música conquista de imediato, mesmo aqueles que não são entusiastas do tal folk metal. Aliás, nem só de folk metal é feita a música do Tuatha. Nesse novo trabalho as influências do doom metal praticamente desapareceram, mas a pegada Jethro Tull que a banda sempre teve está ainda mais forte. "Bella Natura", a faixa que abre o disco é veloz e pesada, mas com uma atmosfera "pra cima" que contagia até o mais mal humorado dos headbangers. "Lover of the Queen" tem uma pegada mais épica, portanto, mais característica dos trabalhos anteriores da banda. A interpretação de Bruno Maia é magistral nessa faixa. "Land of Youth" é a faixa mais Skyclad da carreira do Tuatha. Violões em profusão e aquela batida rapidinha, mas bem reta (ouve-se até um banjo nessa música. Muito legal mesmo). A própria deusa Danú aparece para cantar em "De Dannan’s Voice" e o resultado é, no mínimo, indescritível. "The Land’s Revenge" é uma das minhas favoritas pelo fato de ser despretensiosa e lindíssima ao mesmo tempo. As flautas de Bruno estão em destaque aqui e toda a banda fez um excelente trabalho numa faixa melódica e muito pesada, talvez até lembre um pouco a nova fase do Angra, mas nada muito explícito. O disco segue com faixas maravilhosas como "Spellboundance", "Believe: It’s True" e a impressionante faixa-título, dentre outras.
Difícil encontrar defeitos num disco que transborda honestidade e feeling. O meu maior medo era que o Tuatha começasse a aliviar o "delírio" contido nos trabalhos anteriores em nome de uma maior facilidade de penetração na grande mídia (sem trocadilhos infames, por favor). Mas, para a sorte de nós, fãs do trabalho único dessa banda, isso não aconteceu. Ao contrário, como eles prometeram no disco anterior, o delírio está apenas começando. O único recado que eu posso deixar para os leitores do Whiplash é que procurem prestigiar o Tuatha de Danann (de preferência comprando o CD e não fazendo downloads ilegais. Eles merecem). Tomara que eles continuem no rumo certo de não abrir mão da qualidade das convicções musicais.
Banda:
Bruno Maia: voz, flauta, guitarra, violões
Rodrigo Berne: vocais, guitarra e violões
Giovani Gomes: baixo, vocais
Rodrigo Abreu: bateria
Edgard Brito: teclados (convidado)
Contatos:
Internet: www.tuathadedanann.com.br
Telefone: (11) 5679-5245 e (11) 9189-2598
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Os 11 melhores álbuns de metal progressivo de 2025, segundo a Loudwire
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
We Are One Tour 2026 anuncia data extra para São Paulo
Para criticar Ace Frehley, Gene Simmons mente que ninguém morre devido a quedas
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O álbum que é uma obra-prima tanto para Jimi Hendrix quanto para Kate Bush
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


