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Resenha - Sins Of Our Saviours - A Triggering Myth

Por Haggen Kennedy
Postado em 26 de janeiro de 2000

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Lançado por: Laser's Edge

"The Sins of Our Saviours" é simplesmente o quarto disco dessa banda italiana REALMENTE progressiva. E bota 'realmente' nisso. E bota 'progressivo' também. Se você que é fã de Dream Theater gostou de "The Dance of Eternity" e além disso adorou ambos os Liquid Tensions Experiment's e ainda consegue ser viciado em bandas como Magellan, Cairo e Caliban, não pode deixar de conferir essa guerra de acordes e progressivismo que é o A Triggering Myth.

Em primeiro lugar, é impossível não falar da produção desse disco. Minha nossa senhora, QUE produção!! O encarte é perfeito. O som, idem. Realmente a Laser's Edge deu conta do recado. E pode-se dizer tranquilamente que foi até mesmo além da conta. Jogou duro. Em segundo lugar, a competência dos músicos: altamente capacitados. Algumas composições são tão insanas que você fica na dúvida se é realmente uma música ou simplesmente um conglomerado de técnicas e quebradas de compasso. Aliás, que quebradas. Praticamente o disco inteiro não tem um tempo certo. O compasso é difícil pra cacete de acompanhar. É realmente MUITO bem trabalhado. Mas o mais intrigante é descobrir como o vocalista conseguiu imaginar uma base vocal para cantar em cima daqueles tempos que quebram mais que vidraça de pátio de escola que fica do lado de campo de futebol.

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A proposito, as surpresas não são exclusivas da complexidade da música: nesse disco apareceram simplesmente Alberto Piras e Alessando Bonetti. Exatamente, os dois da banda italiana Deus Ex Machina. Vocalista (sim, ele que conseguiu encaixar a voz nas loucuras de tempo) e violinista respectivamente, os dois dão realmente um toque especial ao som do conjunto.

O A Triggering Myth é realmente uma banda que você tem que sentar e analisar para poder compreender a profundidade do que está sendo tocado. O disco foi realmente bem pensado pois apesar do progressivismo latente, não consegue nem ser chato. Com 9 músicas, não dá tempo de se esquentar com o disco. Dá pra colocar pra rolar de novo.

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É, as bandas italianas estão surgindo aos montes. Fica uma pergunta na cabeça: será que Cristina Scabbia está certa? Italianos fazem mesmo melhor?

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Sobre Haggen Kennedy

Nascido ao fim dos anos 70 e adolescido em meio ao universo metálico, Haggen Heydrich Kennedy já trabalhou e atuou numa vultosa gama de atividades, como o jornalismo, o desenho, a informática, o design e o ensino, além de outros quefazeres. Atualmente vive em Atenas, Grécia, onde estuda História, Arqueologia e Grego Antigo na Universidade de Atenas. A constante nesse turbilhão de ofícios, todavia, sempre constituiu-se de dois fatores: as línguas (ainda hoje trabalha com tradução e interpretação) e a música - esse último elemento, definitivo alimento espiritual.
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