Resenha - Evolution Purgatory - Persuader
Por Daniel Lessa
Postado em 28 de agosto de 2004
A Suécia é celeiro de qualquer coisa relacionada à música pesada. De lá sai coisa boa às pencas, seja de metal mais tradicional, de death metal, de hardcore, grindcore e até mesmo thrash metal. É este o estilo do bom Persuader, que lança Evolution Purgatory. O quarteto venceu o festival europeu Young Metal Gods no ano passado, em Bochum, na Alemanha, e vem colhendo muitas críticas elogiosas.

O evento serviu, como diz o nome, para apontar aqueles que serão os deuses do metal nos próximos anos. Um exagero, como demonstra o CD, o segundo do grupo. Evolution Purgatory é um disco bacana, que roda com facilidade em qualquer som. Mas tem seus pontos negativos. O principal deles é o vocal, um bocado maçante de Jens Carlsson, que também ataca nas seis cordas. A guitarra principal fica a cargo do competente Emil Norberg, enquanto a cozinha é formada pelos talentosos Fredrik Hedström no baixo e Efraim Juntunem na bateria.
O problema é que, para chegar ao panteão do thrash metal, o Persuader ainda tem um longo caminho a trilhar. E talvez não consiga jamais obter êxito. Além de uns ecos de modernidade, que não chegam a estragar mas atrapalham o disco, o principal problema de Evolution Purgatory está na falta de carisma. As faixas são boas, mas realmente falta aquele algo a mais. Que sobrava, por exemplo, no Metallica e no Slayer quando apareceram no começo da década de 80.
Para começar, o grupo teria de procurar um novo vocalista. Gosto não se discute, mas acho muito difícil o Persuader chegar longe com um vocal tão meia-bomba. Para piorar, a banda abusa dos coros, e tome de vocal com dobras. É chato e desvirtua uma das principais características do thrash metal, que é a voz agressiva, gritada e rasgada. Afinal, alguém acha que o Metallica e o Slayer chegariam tão longe sem James Hetfield e Tom Araya, respectivamente? E alguém discorda que o Megadeth teria sido muito maior - e melhor - se Dave Mustaine não fosse praticamente fanho?
No mais, os suecos são realmente bons. O trabalho de guitarra é bem feito e confere peso a todas as músicas, com palhetadas vigorosas e boa timbragem. A cozinha também é bem azeitada, sem deixar buracos, dando ao grupo a massa sonora necessária ao estilo. Destaque para Sanity Soiled e Masquerade, apesar dos vocais, já tanto criticados.
(Century Media - nacional)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Geddy Lee elege o maior álbum de todos os tempos; "Grandes composições, grandes performances"
A maior banda ao vivo de todos os tempos, segundo Eddie Vedder do Pearl Jam
O guitarrista que poucos dão atenção, mas James Hetfield chamou de "o melhor" na guitarra base
6 bandas que são chamadas de metal farofa mas não deveriam, de acordo com a Loudwire
Sepultura faz post oficial esclarecendo a situação de Greyson Nekrutman
O comentário do Sepultura no post onde o Trivium anuncia Greyson como novo baterista
A música que dividiu opiniões no Led Zeppelin; dois a favor, dois contra
A banda que Steven Tyler disse ter "inventado" o heavy metal; "Nós viemos um pouco depois"
Iron Maiden está "perfeitamente feliz" com Simon Dawson, diz Bruce Dickinson
A opinião de John Petrucci, do Dream Theater, sobre Steve Vai e Joe Satriani
Men at Work confirma seis shows no Brasil em 2026
O clássico dos anos 80 que cantor não se lembra de ter gravado
Em festival alemão, Blaze Bayley toca música que o Iron Maiden nunca executou ao vivo
Como dois caras vindos do jazz ajudaram a criar um dos maiores clássicos do thrash metal
A fala de Jô Soares que deixou Renato Russo completamente constrangido
As regras do Prog Metal
Paul Stanley relembra o dia em que ele chegou mais perto de socar um membro do Kiss no palco
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Paradise Lost - Misericórdia, fragilidade e sofrimento existencial em "Ascension"
Iron Maiden: Grata surpresa e despedida perfeita do gigante



