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O dia em que os Rolling Stones provocaram caos na Polônia em 1967

Por André Garcia
Postado em 16 de abril de 2022

Era uma vez os anos 60, bons e velhos tempos em que o rock era música de rebeldia e inconformismo contra a opressão e autoritarismo do governo. E não importava se o governo em questão fosse capitalista ou comunista, como foi comprovado quando os Rolling Stones provocaram um verdadeiro tumulto na Polônia, que pertencia então à União Soviética.

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Conforme publicado pela Far Out Magazine, tudo aconteceu em abril 1967. Após "Between the Buttons" chegar às lojas, era o momento de cair na estrada para promover o lançamento. Mick Jagger, desejando levar a reputação de transgressora da banda a outro patamar, tentou um feito até então inédito: tocar na capital soviética, Moscou.

Em plena Guerra Fria, tanto o governo da Inglaterra quanto da União Soviética não quiseram nem saber da ideia e recusaram o visto. Assim, a banda acabou ficando com um buraco de quatro dias no cronograma de sua turnê, que precisava ser preenchido.

Enquanto isso em Varsóvia, capital da Polônia, dois jovens jornalistas ligados em rock mexiam seus pauzinhos. Eles conseguiram providenciar um encontro com Władysław Jakubowski, um figurão do governo cujo consentimento era necessário para qualquer um entrar ou sair do país.

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Solícito, Jakubowski pediu aos jornalistas para escreverem num papel o nome de alguns grupos que eles gostariam de ver na Polônia. Eles escreveram: Beatles, The Hollies, The Animals e Rolling Stones. E foi assim que Mick Jagger e companhia receberam permissão para entrar em solo polonês.

Do outro lado da cortina de ferro

Os Rolling Stones desembarcaram em Varsóvia no dia 12 de abril no que o baixista Bill Wyman posteriormente definiu como uma atmosfera claustrofóbica. No dia seguinte, milhares de fãs se enfileiraram para comprar os ingressos, mas descobriram, da pior forma, que a maior parte deles havia sido reservada aos membros do Partido Comunista e seus agregados.

Quando os Rolling Stones chegaram ao local do show, sob escolta policial, foram recebidos por uma multidão. O clima já estava tenso: enquanto milhares de adolescentes faziam de tudo para entrar mesmo sem ingresso, focos de pancadaria eclodiam, sendo prontamente (e brutalmente) apartados pela polícia, que não tinha pena de usar seus cassetetes.

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O show aconteceu num lugar com capacidade para apenas 2.700 pessoas — tinha gente até pendurada nas sacadas para tentar ver seus ídolos. Os fãs sem ingresso foram empurrados para o fundo, dessa forma, quando o show começou, nas primeiras fileiras havia apenas membros do Partido Comunista (todos vestidos de cinza, fazendo cara feia e tampando os ouvidos com os dedos).

Do lado de fora, os focos de pancadaria se inflamaram e o tumulto foi generalizado: pedras e garrafas voavam para todo lado, enquanto carros eram destruídos e incendiados. A polícia apelou para a tropa de choque, que chegou com canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar os protestos e reestabelecer a ordem.

As turnês dos Rolling Stones eram sempre acompanhadas de caos e deixavam um rasto de destruição por onde passava. Dessa forma, ao final da turnê europeia de 1967, eles pararam de excursionar — seguindo o exemplo dos Beatles, que já tinham feito o mesmo um ano antes.

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Os Stones só voltaram a tocar ao vivo no antológico show no Hyde Park no dia 5 de julho de 1969, o primeiro com Mick Taylor no lugar de Brian Jones, falecido dias antes.

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Sobre André Garcia

Sou redator e tradutor freelancer e escritor, autor do livro de contos Liber IMP. Ouço rock desde pequeno, leio coisas sobre bandas desde sempre e escrevo sobre ela já tem anos. Cresci como fã de Iron Maiden e paladino do rock, mas já me tratei. Hoje sou fã de nomes como Beatles, David Bowie, The Cure, Kraftwerk e Velvet Underground, e de cenas como a Londres psicodélica, a Nova Iorque proto-punk e a Manchester pós-punk. Escrevo notas e notícias rápidas para o Whiplash.Net visando compartilhar conteúdo relevante sobre música e cultura pop.
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