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Queen: Uma análise literária da Letra do icônico sucesso "Bohemian Rhapsody"

Por Jales Amaral
Fonte: Análise literária subjetiva
Postado em 01 de março de 2018

Sem dúvida alguma, uma das canções mais icônicas já escritas traz em sua letra mistérios e indiretas mascarados por metáforas, silepses e elipses que quando trazidas à luz da interpretação, revelam uma mensagem de auto repreensão e penitência inspiradas na própria vida de seu autor.

Queen - Mais Novidades

Antes de iniciar a análise propriamente, é necessária uma pequena ambientação para que os argumentos aqui apresentados não estejam desconexos de algum embasamento, baseados no simples achismo.

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Freddie Mercury, nascido em 1946, era bissexual não assumido, por muitos descrito como gay, e viveu uma vida de altos e baixos, sendo discriminado desde mais novo por seus colegas de escola, o sucesso e o prestígio adquiridos pela sua participação da banda Queen não funcionava como uma "barreira anti-preconceito", assim, sempre julgado e criticado por muitos conservadores e pela mídia, todavia, Freddie fora casado com uma mulher, Mary Austin, dita como a única que ele realmente amara por toda sua vida, o relacionamento entre os dois, embora a amizade entre ambos se mantivesse conservada até o fim de seus dias, foi terminado justamente pela confissão de sua natureza sexual.

As músicas do Queen costumeiramente, segundo entrevistas, eram escritas majoritariamente em estúdio, entretanto, Bohemian Rhapisody, por sua vez, foi apresentada aos demais pelo próprio Freddie Mercury, o que sujere ser algo bem subjetivo para o vocalista.

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PARTE I – THE POOR BOY NEEDS NO SYMPATHY

"Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see
I'm just a poor boy
I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go
Little high, little low
Anyway the wind blows
Doesn't really matter to me"

Em meio a devaneios de uma mente conturbada, atormentada pela pressão em se manter representando um papel que não mais lhe cabe, já não dá mais pra saber onde termina o personagem interpretado e onde começa o verdadeiro ser humano preso no interior de uma casca sustentada pela necessidade de mostrar a todos quem ele realmente não é, afinal, o que é realidade ou é apenas um faz de conta? O que interessa mesmo é que não há uma saída fácil, afinal, se a casca for rompida, tudo correrá o risco de desmoronar.

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O mundo não é nem um pouco justo, nunca foi para esse pobre garoto, mas ele já está farto de tentar cativar o mundo, sim, ele não precisa mais de sua simpatia, pois, ele já passou por muitos altos e baixos, e realmente ele já está farto, já não lhe importa mais.

PARTE II – MAMA, JUST KILLED A MAN.

"Mama, just killed a man
Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away."

Mama, eu matei um homem. Bem, ao contrário do que se pensa, não é realmente para sua mãe que Freddie se confessa e implora por perdão, não, Mama é na verdade Mary Austin, e para ela é esse pedido de desculpas/confissão. Ao narrar o assassinato de um homem, Freddie refere-se não ao ato de tirar a vida de um terceiro, ou a agressão física, mas sim matar o homem em si, romper a casca e expor sua verdadeira natureza, mesmo que isso signifique "matar seu homem exterior". O gatilho que desencadearia tudo isso foi puxado, seu bloqueio mental foi superado, ele realmente está morto, mas a vida acabou de começar, mesmo que ele já a tenha desperdiçado demais.

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"Mama!
Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on
As if nothing really matters."

Á Marry, mesmo que não tido a intenção de faze-la chorar, ele se conforma que, se mesmo por tudo que passaram, se não puder contar mais contar com sua presença em sua vida, que siga em frente como se nada tivesse acontecido.

"Too late, my time has come
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody
I've got to go
Gotta leave you all behind
And face the truth
Mama!
(Anyway the wind blows)
I don't wanna die
I sometimes wish I'd never been born at all."

Bem, já estava na hora de acontecer, pois ele já não mais suportava reprimir isso em seu interior, a casca que o suprimia lhe causava dor, o tempo inteiro, e se necessário se afastar de todos, que assim seja, deixaria todos para trás, mas não viveria mais uma mentira e encararia de vez a verdade. Ele não queria que as coisas fossem assim, queria ser como os outros, não queria ter de viver uma representação, não queria ter nenhum "homem exterior" para ter de matar, a dor da repressão o faz querer nem ter nascido.

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PARTE III – VERY, VERY FRIGHTENING ME.

"I see a little silhouetto of a man
Scaramouche! Scaramouche!
Will you do the fandango?
Thunderbolt and lightning
Very, very frightening me!
Galileo! Galileo!
Galileo! Galileo!
Galileo, Figaro!
Magnifico!"

Não é fácil se livrar da sombra do homem que representou por tanto tempo, lhe fazem chacota, Palhaço! Palhaço! O que vai fazer agora, dançar o Fandango? As pessoas soam ríspidas como raios e intimidadoras, como trovões, e isso realmente o assusta. As vozes das pessoas o perturbam, ainda pensam que há uma representação, mesmo que agora seja exatamente o contrário, vejam, ele está dando um show, isso não é magnífico?

"I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life, from this monstrosity."

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"Que pena do pobre garotinho, talvez é por que ninguém nunca o amou", sim, uns tentam justificar o seu "desvio de conduta", afinal esse é apenas um garoto de uma coitada de uma família infeliz, (Nota-se que "poor family" não caracteriza aqui o status social de sua família, o que não era tão sofrível, mas sim a expressão equivale a "Poor thing", algo como tadinhos, coitadinhos). No fim das contas, ele se enxerga como um monstro, um ser anormal, julgado e condenado.

PARTE IV – BEELZEBUB, HAS A DEVIL FOR ME.

Bismillah!
No, we will not let you go!
(Let him go!)
Bismillah!
We will not let you go!
(Let him go!)
Bismillah!
We will not let you go!
(Let me go!)
Will not let you go!
(Let me go!)
Never, never let you go!
Never let me go!
No, no, no, no, no, no, no!

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Bismillah!, do Árabe, uma súplica, "Pelo amor de Deus!", traz agora uma batalha contra o exterior, as pessoas que o condenam, os que o apoiam, e uma questão subjetiva, no âmago de seu ser. Ele quer ser livre, mas tentam lhe puxar de volta à sua casca, querem o reprimir. A divergência desse conflito ilustra uma batalha interior ilustrada pelas concepções sociais fundamentadas pelo cristianismo entre o bem e o mal, como vemos na estrofe a seguir.

"Oh, mamma mia, mamma mia!
Mamma mia, let me go!
Beelzebub, has a devil put aside for me!
For me!
For me!"

Belzebu, figura do folclore cristão, representação do mal, ilustra aqui a visão de que o que ele estava fazendo, para ele, por influência externa, era errado, e que ele seria condenado justamente por aquilo, mas também indica a aceitação de que se aquilo é o custo para ser livre, que o Demônio reserve um lugar para ele, com ênfase "For me!", pois ele se coloca como total responsável por suas decisões.

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PARTE V – STONE ME AND SPIT IN MY EYE

"So you think you can stone me and spit in my eye?
So you think you can love me and leave me to die?
Oh, baby!
Can't do this to me, baby!
Just gotta get out
Just gotta get right outta here!"

A revolta é a temática dessa parte da letra, os acordes de guitarra ilustram a agressividade dos pensamentos neste seguimento final onde Freddie pondera sobre a forma como Marry, a quem ele implora pelo perdão, pode reagir com toda essa revelação. Sentir-se traída, abandonada, afinal, ele poderia mesmo fazer isso com ela? Como ela reagiria, fugiria dali?

Como comprovado, Freddie e Marry mantiveram-se amigos até o fim de seus dias, e com sua morte, foi deixado para ela grande parte de sua herança, então esse temido afastamento realmente não aconteceu, porém, esse é o maior temor expresso neste trecho, pois, após se conformar com sua verdadeira natureza, ele não deixou de se preocupar se a pessoa a qual ele tinha tanto apreço também aceitaria esse seu novo eu, ou, se afastaria para sempre.

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PARTE VI – ANYWAY THE WIND BLOWS

"Nothing really matters
Anyone can see
Nothing really matters
Nothing really matters to me
Anyway the wind blows."

Pois bem, o que está feito, está feito. Agora todos sabem, e realmente já não importa mais. Nota-se um tom de desabafo, como se finalmente algo que estivesse preso em seu peito fora retirado, agora ele pode respirar, quem não concorda ou diz o contrário não faz mas diferença, ele já resolveu as coisas com quem mais importava e acima de tudo, com si mesmo, de qualquer forma, as coisas seguem seu rumo, o vento sopra, a vida segue.

(A análise a foi feita de maneira totalmente subjetiva e não faz parte de qualquer conteúdo biográfico autorizado pelas pessoas envolvidas.)

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