RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Bangers Open Air

Festivais: A História Contada Desde Os Primórdios - Brasil

Por Leandro Da Silva Rico
Postado em 15 de outubro de 2012

Os Festivais Brasileiros

Nosso país entrou tardiamente no grande circuito de eventos internacionais, mas já tem história suficiente pra ser relembrada com muita saudade e arrancar lágrimas emocionadas de muito marmanjo, inclusive eu.

FESTIVAL DE VERÃO DE GUARAPARI:

Foi o primeiro a acontecer na América Latina e foi chamado à época de "A Versão Brasileira De Woodstock" ou "Guarapastock". Grandes problemas de infra-estrutura e dificuldades impostas pela ditadura militar, que foi contra a realização, transformaram nosso primeiro festival num grande desastre. Realizado de 13 a 16 de fevereiro de 71 em Três Praias, no município de Guarapari, no Espírito Santo (a 51 km da capital Vitória), o evento teve, a princípio, o apoio da prefeitura de Guarapari, do governo do estado do Espírito Santo (que depois rompeu com o festival), da Philips, e até da Rede Globo. Era o principal assunto do país na época. Os organizadores anunciavam que os principais artistas do país compareceriam e a Rede Globo fazia constante divulgação do evento e anunciava a estréia de equipamentos externos do Jornal Nacional. Porém, a uma semana do início, o presidente Médici anuncia que o festival não aconteceria, o que foi ignorado pelos organizadores que resolveram realizar o festival mesmo sem o apoio do governo, o que deu um caráter de clandestinidade ao evento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Cerca de 70% dos artistas compareceram, mas alguns foram impedidos de se apresentar pela polícia federal, casos de GAL COSTA e NANÁ VASCONCELOS, que chegou a ser retirada do palco acusada de bruxaria. O empresário dos ROLLING STONES esteve reunido com a produção do festival no Copacabana Palace e por pouco o grupo não foi contratado para o festival. GILBERTO GIL e CAETANO VELOSO, que estavam exilados na Inglaterra, não conseguiram autorização do governo para entrar no Brasil e se apresentarem. MILTON NASCIMENTO chegou a organizar uma caravana rumo ao Palácio Anchieta, mas o governador, avisado de antemão, sequer se encontrava presente.

Cerca de 200 jornalistas compareceram à cidade e encontraram sérios problemas de falta de recursos tecnológicos. Na época a cidade não tinha uma rede de telégrafos e sequer uma linha telefônica local. As chamadas tinham que ser feitas, com grande dificuldade, através de Vitória, capital do Espírito Santo. A poucos dias do início do festival os organizadores nem sequer haviam conseguido um mínimo de equipamentos de som para realizar o festival. A maioria dos patrocinadores já tinham retirado seu apoio, assim como o governo, e somente na véspera da abertura é que foi conseguida a aparelhagem. Mesmo assim grande parte do dia de abertura (11 de fevereiro) ainda foi usado para a instalação dos equipamentos e para convencer os artistas a se apresentarem mesmo sem o cachê que havia sido combinado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O início atrasou em mais de 4 horas, o que causou a revolta do público (que era esperado num número superior a 40 mil pessoas e somente pouco mais de 4 mil compareceram, após a polícia federal proibir a entrada dos "hippies", chamando-os de "Sujos, Mal-Cheirosos e Baderneiros"), que começou a vaiar e atirar sacos de areia no palco e só se acalmou quando pouco antes da meia-noite o apresentador da Rede Globo Chacrinha apareceu no palco e o concerto teve início. No dia seguinte novos atrasos, e o show só não foi um fiasco total porque os artistas atenderam aos apelos de Carlos Imperial (ator e apresentador da Rede Globo) para se apresentarem.

A Rede Globo resolveu apoiar os militares e a ditadura e proibiu seus funcionários (jornalistas, repórteres e fotógrafos) de cobrirem o evento e anunciava que os pais não deveriam deixar seus filhos comparecerem, acabando com qualquer chance de sucesso de público. Seus funcionários se rebelaram e compareceram mesmo assim e acabaram espancados pela polícia junto com os "hippies", que haviam sido banidos do festival. A Globo apagou a história do festival de seus arquivos e as retrospectivas do Jornal Nacional sequer mencionam o acontecimento do evento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mesmo assim muitos artistas compareceram ao festival. Foram eles: TONY TORNADO (que chegou a se atirar do palco e caiu sobre uma moça, que quase ficou tetraplégica, o que precipitou o fim de sua carreira de cantor), MILTON NASCIMENTO, SOM IMAGINÁRIO (com ZÉ RODRIX), OS MAMÍFEROS, THE BUBBLES, ERA, SOMA, ÂNGELA MARIA, NOVOS BAIANOS, ERASMO CARLOS (o "Tremendão"), GAL COSTA, NANÁ VASCONCELOS e LUIZ GONZAGA.

Esse foi nosso triste "debut" na história dos festivais.

FESTIVAL DE ÁGUAS CLARAS:

Esse sim um festival de grande sucesso que reuniu grandes nomes do rock brasileiro e da MPB em 4 edições (75, 81, 83 e 84) na fazenda Santa Virgínia, no município de Iacanga, próximo a Bauru (cerca de 40 km), no interior de São Paulo (376 km da capital), sendo chamado na época pelos organizadores de "Uma Grande Quermesse Brasileira".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Foi organizado por Antônio Checchin Júnior, conhecido como Leivinha, um jovem aventureiro de 22 anos muito viajado, interessado em música e teatro, cujo pai Seu Toninho, muito conhecido na região de Iacanga, Reginópolis e cercanias, queria que se estabelecesse. Leivinha havia escrito em 75 uma peça teatral e juntado um grupo musical para fazer a trilha sonora. Resolveram então encenar e ensaiar ao ar livre na fazenda de seu pai e muitas pessoas apareceram querendo tocar junto. O próprio RAUL SEIXAS chegou a ligar querendo participar. Quando percebeu a dimensão que seu pequeno projeto tomara surgiu a idéia de realizar um festival e assim nascia o primeiro Festival De Águas Claras, um tremendo sucesso com 3 dias de duração que atraiu cerca de 30 mil pessoas em sua primeira edição e rendeu a gravação de um disco, hoje raríssimo. Coube ao animado grupo de rock O TERÇO o fechamento do festival.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Assim como ocorre nos festivais europeus a juventude da época viajava de carona, ônibus e trens, e armava barracas para dormir no próprio local. Refeições eram preparadas e servidas pelos funcionários da fazenda e laranjas e milho eram colhidos pela região. Foi construída uma eficiente infra-estrutura de sanitários, chuveiros coletivos improvisados no Córrego das Águas Claras, barracas de lanches e refrigerantes e inclusive um ambulatório. O festival contou ainda com uma exposição de livros e quadros.

A polícia civil fez algumas visitas ao local porém nenhuma ocorrência foi registrada, apenas alguns problemas com o nudismo praticado por alguns indivíduos alterados durante os shows. Havia um alambique próximo à fazenda e algumas pessoas faziam visitas periódicas ao estabelecimento. Foi uma celebração de liberdade e vida em comunidade única para a reprimida juventude da época, e o uso de drogas alucinógenas e roupas extravagantes (ou a falta delas) trazia uma enorme atmosfera hippie, que por aqui só aconteceu mesmo no fim dos anos 70 e início dos 80, devido obviamente à dura repressão militar que o país sofreu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Leivinha teve muita dificuldade para conseguir permissão da rígida ditadura brasileira para realizar o festival. Passou um mês e meio indo diariamente à Secretaria de Segurança tentando conseguir a liberação e só conseguiu após comparecer ao "Departamento De Ordem Política E Social" (D.O.P.S.) e assinar um termo de responsabilidade pelos "atos de subversão" que acontecessem. Mesmo assim, após a primeira edição, ficou proibido durante 6 anos de realizar novamente o festival. O então Ministro Da Justiça Armando Falcão emitiu uma nota-oficial com a visão militar do evento: "Durante A Realização (do festival de Águas Claras) O Uso De Entorpecentes, Bebidas Alcoólicas E Atos Imorais Foram Abertamente Praticados, E, Aproveitando-se Do Ambiente Apropriado, Propagadores De Idéias Subversivas Vincularam Propagandas Com As Seguintes Frases: 'Viva A Sociedade Socialista', 'Viva Che Guevara' E 'Viva A Liberdade Estudantil' ".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Em sua segunda edição o festival contou com uma estrutura mais profissional, cobertura da TV e ingressos vendidos nas agências do Unibanco. Apesar de nos anos 80 o país já estar gradualmente se desfazendo das "garras" da ditadura ainda havia uma enorme ânsia por acontecimentos desse tipo, onde a liberdade e a diversão conjunta traziam uma atmosfera de paz, amor e amizade que os jovens e os pais desses jovens só puderam sonhar nas últimas duas décadas. O festival marcava o fim da era do "movimento hippie", o último foco de um símbolo de protesto e contra-cultura que só aconteceu por aqui quando a repressão já não era tão forte. Pessoas tocavam violão ao redor de fogueiras, garrafas de cachaça passavam de mão em mão, garotas tomavam banho semi-nuas em rios enlameados e duchas improvisadas, tudo sem brigas e sem nenhuma ocorrência grave. Palhaços usando pernas de pau dançavam em frente ao palco, numa alusão ao disco "Circense", que havia sido lançado por EGBERTO GISMONTE. Havia outras atrações paralelas como o "globo da morte", uma competição de motocross e um enorme balão colorido, um dos símbolos do festival. Tudo isso reforçava a imagem de "quermesse" que o festival tinha. Mais de 50 mil pessoas compareceram.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Na terceira edição cerca de 70 mil pessoas compareceram e nem mesmo a chuva e a lama puderam estragar a diversão e o clima de comunidade e paz. No primeiro dia ERASMO CARLOS e WANDERLÉA precisaram subir num trator para chegar ao palco em meio a lama, alguns precisaram até de helicóptero pra conseguir chegar. No segundo dia RAUL SEIXAS subiu completamente "alterado" ao palco e rindo do público que estava na lama, e teve que se apresentar com "playback", o que causou uma grande revolta do público. JOÃO GILBERTO subiu ao palco às 6 da manhã com o sol nascendo e o público encharcado de chuva e atolados na lama, e mesmo assim esse foi um dos pontos altos do festival, com todos cantando juntos a plenos pulmões. O conjunto LÍNGUA DE TRAPO teve sua apresentação cancelada por não conseguirem chegar a tempo ao local (um lamaçal ao redor do palco impedia a chegada dos músicos) e voltaram no ano seguinte, na última edição, porém novamente tiveram problemas com o clima e tiveram que interromper o show na metade, pois fortes ventos derrubaram duas colunas de som no palco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Em 1984 o festival foi mal planejado e organizado quase à força em pleno Carnaval devido a obrigações com patrocinadores, fazendo com que o público fosse muito reduzido em relação às edições anteriores e as atrações em menor número. Com isso, desanimado e arrependido, Leivinha resolve que era hora de parar com o festival. A fazenda Santa Virgínia seria vendida após a morte de seu pai, botando um ponto final numa aventura que embalou e enriqueceu os sonhos de uma geração marcada pela dura repressão da ditadura. Leivinha hoje é advogado e dono de um Resort.

Shows de renomados e inesquecíveis artistas marcaram a vida daqueles que estiveram presentes nas edições desse festival. Eis os nomes dos artistas presentes:

1975 (17, 18 e 19 de janeiro): OS MUTANTES, SOM NOSSO DE CADA DIA, PATULHA DO ESPAÇO, BANDA BLINDAGEM, DAN ROCKABILLY, TONY OSANAH, COGUMELO, TERRENO BALDIO, APOKALYPSIS, URSA MAIOR, MOTO PERPÉTUO, a banda argentina BURMAH, GRUPO CAPOTE, MITRA, TIBET, JAZZCO, ACARU RAÍZES, CORPUS, MARCUS VINÍCIUS, WALTER FRANCO, JORGE MAUTNER, NUSHKURALLAH, ROCK DA MORTALHA (conhecido como o BLACK SABBATH brasileiro) e O TERÇO.

[an error occurred while processing this directive]

1981 (4, 5 e 6 de setembro): GILBERTO GIL, LUIZ GONZAGA, ALCEU VALENÇA, EGBERTO GISMONTE, A COR DO SOM, MORAES MOREIRA, HERMETO PASCHOAL, BANDA BLINDAGEM, PAPETE, ALMIR SATER, BENDEGÓ, DUDUCA E DALVAN, CONSERTÃO, NOVOS VALORES, JORGE MAUTNER, ITAMAR ASSUMPÇÃO E BANDA ISCA DE POLÍCIA, 14 BIS, OSWALDINHO, DIANA PEQUENO, TETÊ ESPÍNDOLA, ZÉ GERALDO e o inesquecível RAUL SEIXAS.

1983 (2, 3, 4 e 5 de junho): ARTHUR MOREIRA LIMA, ARMANDINHO E O TRIO ELÉTRICO DE DODÔ E OSMAR, JARDS MACALÉ, ROBERTINHO DO RECIFE, GRUPO PREMÊ, OSWALDINHO, EGBERTO GISMONTE, FAGNER, JORGE MAUTNER, SANDRA SÁ, MORAES MOREIRA, PAULINHO DA VIOLA, PAULINHO BOCA, SÁ E GUARABIRA, EXPRESSO RURAL, SIVUCA, WANDERLÉA, WALTER FRANCO, WAGNER TISO, JOÃO GILBERTO, ERASMO CARLOS e novamente RAUL SEIXAS.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

1984 (2, 3, 4 e 5 de março): Não há um registro preciso sobre quem se apresentou nessa edição. São citados: RAUL SEIXAS, LÍNGUA DE TRAPO, JOÃO GILBERTO, JORGE MAUTNER, FRUTO PRIMEIRO, PLACA LUMINOSA, JOÃO BOSCO, SOSSEGA LEÃO e AZUL 29.

FESTIVAL PHONO 73:

Mais um festival realizado durante a dura ditadura militar, nos dias 11, 12 e 13 de maio de 1973, pela gravadora Phonogram (atual Universal), no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, com quase todo o seu elenco, numa tentativa de mudar sua fama de "Reduto De Comunistas" perante o governo militar.

A idéia do então presidente da gravadora André Midani era revitalizar os festivais de música que revelaram desde os anos 60 novos talentos da música brasileira (esses já consagrados a essa altura) e que estavam esvaziados pela repressão da ditadura. Foi proposta a fórmula de que os artistas se apresentariam sozinhos (com seus sucessos e com músicas novas) e também em duplas.

[an error occurred while processing this directive]

Foi combinado entre a produção e o órgão censor do governo que algumas músicas não poderiam ser tocadas por serem consideradas "subversivas" e assim um agente censor foi enviado para supervisionar a performance dos artistas. CHICO BUARQUE e GILBERTO GIL chegaram a ter o som de seus microfones cortados pela polícia, que temia que eles cantassem sua mais recente gravação, "Cálice", que era uma alusão ao "Cale-se" que a ditadura impunha na época. Após iniciar uma música dizendo "Vamos Ao Que Pode", CHICO e GIL balbuciaram palavras incompreensíveis em cima da melodia da música proibida, e CHICO, após acrescentar um "Arroz À Grega" à letra da música (numa referência ao costume dos jornais da época de publicar receitas culinárias no lugar de matérias censuradas), gritou um "Cale-se", resultando no corte por parte do censor do governo que se encontrava na cabine de som. No entanto o áudio da mesa de som permaneceu ligado e registrou todo o descontentamento de CHICO, que na hora do corte disse "Estão Me Aporrinhando Muito. Esse Negócio De Desligar O Som Não Estava No Programa". Nos extras do DVD lançado em 2005 com imagens do show é possível ainda ver CHICO cantando visivelmente irritado e gritando "Censura Filha Da Puta!" fora dos microfones ao fim de uma música, com os integrantes do MPB4 gritando em protesto ao lado do palco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Por outro lado os artistas, vistos como comunistas pelo governo (ou "de esquerda"), viam a gravadora como um veículo "de direita", e todo esse clima proporcionou um forte apelo político ao evento. A Phonogram reuniu os artistas antes do festival para uma foto promocional usada num anúncio com a frase "Só Nos Falta O Roberto", numa alusão ao "rei" ROBERTO CARLOS (que preferiu não se envolver), e pouco depois lançou um LP triplo com o título "Phono 73 - O Canto De Um Povo". ELIS REGINA chegou a ser vaiada quando subiu ao palco pois pouco tempo antes havia cantado o Hino Nacional nas "Olimpíadas Do Exército". CAETANO se dirigiu ao público com uma de suas célebres frases: "Não Existe Nada Mais Z Do Que Um Público Classe A". RAUL SEIXAS desenhou com um batom em seu abdómen o símbolo da "Sociedade Alternativa".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Todos queriam usar de alguma forma o festival, fosse para se afastar da imagem de "colaborador do sistema" ou de "abrigo para comunista", ou mesmo para tentar propagar suas idéias de liberdade e protesto, mas o fato é que o festival foi um grande evento que reuniu os maiores nomes do rock e da MPB brasileiros e marcava o retorno de alguns artistas exilados pela ditadura militar em seus duros "Anos De Chumbo".

O produtor e diretor de TV Guga Oliveira foi contratado pela gravadora para registrar o festival em películas de 35 mm, mas desavenças quanto ao valor a ser pago fez com que as imagens não fossem lançadas e muitas delas se deterioraram com o tempo, tanto que quando o DVD foi lançado em 2005 apenas 35 minutos de imagens inéditas puderam ser incluídas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Os maiores nomes do rock e da MPB da época estiveram presentes. Foram eles: OS MUTANTES, RITA LEE, RAUL SEIXAS, ELIS REGINA, ERASMO CARLOS, JORGE MAUTNER, JARDS MACALÉ, GILBERTO GIL, CHICO BUARQUE, CAETANO VELOSO, FAGNER, VINÍCIUS DE MORAIS, TOQUINHO, SÉRGIO SAMPAIO, NARA LEÃO, IVAN LINS, JAIR RODRIGUES, WANDERLÉA, RONNIE VON, MPB4, WILSON SIMONAL, ODAIR JOSÉ, MARIA BETHÂNIA, GAL COSTA E JORGE BEN.

HOLLYWOOD ROCK:

Festival idealizado a partir de 1988 pela empresa de tabacos Souza Cruz, com sete edições realizadas (todas transmitidas pela TV), o HOLLYWOOD ROCK chegou a ter uma versão não-oficial em 75 (organizada pelo jornalista Nélson Motta com a colaboração de ERASMO CARLOS) que teve a duração de 4 sábados (dias 11, 18 e 25 de janeiro e 1 de fevereiro) e aconteceu no então estádio do Botafogo (hoje usado como centro de treinamentos e sede do clube), na Rua General Severiano, no Bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, apenas com artistas nacionais, e contou com a presença de cerca de 10 mil pessoas em cada um dos dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp

Um filme-documentário foi produzido por Marcelo França mostrando os principais momentos do festival e se tornou um item raríssimo. Apesar de ter sido feito numa tentativa de documentar o evento para que não se perdesse da memória, ficou esquecido por décadas, até que o advento do Youtube o trouxe de volta à superfície e as pessoas puderam ter acesso a essas imagens raras e históricas.

As principais atrações foram: ERASMO CARLOS, CELLY CAMPELO, O PESO, VELUDO (ex-VELUDO ELÉTRICO), VÍMANA (grupo de rock progressivo que contava com LULU SANTOS, e mais tarde RITCHIE e LOBÃO), OS MUTANTES (em seu primeiro show sem RITA LEE), RITA LEE & TUTTI-FRUTTI (seu primeiro show com a nova banda) e RAUL SEIXAS.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Já sob a chancela oficial da Souza Cruz o festival voltaria a acontecer somente em janeiro de 88, em quatro noites em São Paulo (dias 6, 7, 8 e 9), no Estádio do Morumbi, e quatro no Rio de Janeiro (dias 13, 14, 15 e 16), na Praça da Apoteóse, no Sambódromo carioca. O SUPERTRAMP fechou o festival nas duas cidades, que contou ainda com SIMPLE MINDS, PRETENDERS, SIMPLY RED, DURAN DURAN, UB40, PARALAMAS DO SUCESSO, IRA!, TITÃS, ULTRAJE A RIGOR, LULU SANTOS e MARINA LIMA.

No ano seguinte não houve festival e em janeiro de 1990 tivemos a primeira edição com três noites, em São Paulo nos dias 18, 19 e 20 de janeiro e no Rio de Janeiro nos dias 25, 26 e 27, ambas as cidades os shows acontecendo nos mesmos locais que na edição anterior. Destaque para os shows de BOB DYLAN, MARILLION e BON JOVI (na turnê do famoso album "New Jersey"). Estiveram presentes também EURYTHMICS, TEARS FOR FEARS, TERENCE TRENT D'ARBY, MARGARETH MENEZES (que substituiu GILBERTO GIL por causa da morte de seu filho e baterista na véspera da abertura do festival), BARÃO VERMELHO, LOBÃO, ENGENHEIROS DO HAWAII e CAPITAL INICIAL.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Em 91 também não houve festival, dessa vez por causa do ROCK IN RIO, que também ocorria em janeiro. Na edição de 92 os shows de São Paulo ocorreram no Estádio do Pacaembu nos dias 18, 19 e 20 de janeiro e no Rio novamente na Praça da Apoteose nos dias 24, 25 e 26. Os destaques internacionais do festival foram: LIVING COLOUR, EXTREME e SKID ROW (SEBASTIAN BACH chegou a ser visto acompanhado de uma apresentadora da MTV nos arredores do estádio). As outras atrações internacionais foram: EMF, JESUS JONES e SEAL, enquanto LULU SANTOS, TITÃS & PARALAMAS DO SUCESSO (tocando juntos e fechando a segunda noite), BARÃO VERMELHO e CIDADE NEGRA formaram o "cast" nacional dessa edição.

1993 foi considerada a melhor edição do festival, no auge do "Movimento Grunge", e devido à grande procura de ingressos os shows de São Paulo voltaram ao Estádio do Morumbi e aconteceram nos dias 15, 16 e 17 de janeiro, enquanto os do Rio foram nos dias 22, 23 e 24, como de costume na Praça da Apoteóse. Representando o "Movimento Grunge" estiveram em destaque as bandas ALICE IN CHAINS, L7 e NIRVANA, que fechou a segunda noite do festival com uma apresentação pra lá de controversa, uma vez que KURT COBAIN, visivelmente muito "alterado", cuspiu em todas as câmeras de TV (a Rede Globo transmitia o show ao vivo) e tentou destruir suportes e equipamentos de palco. Estiveram também nessa edição RED HOT CHILI PEPPERS (fechando a primeira noite), MAXI PRIEST e SIMPLY RED (fechando o festival), além dos brazucas DR. SIN, ENGENHEIROS DO HAWAII, DE FALLA, BIQUINI CAVADÃO e MIDNIGHT BLUES BAND (banda paralela de FREJAT e de vários membros e ex-membros do BARÃO VERMELHO, GEORGE ISRAEL do KID ABELHA, entre outros).

Em 94, nos dias 14, 15 e 16 de janeiro (em São Paulo) e 21, 22 e 23 (no Rio), nos mesmos locais do ano anterior, tivemos os shows principais de AEROSMITH, ROBERT PLANT (ex-vocalista do LED ZEPPELIN), POISON e WHITNEY HOUSTON, além de UGLY KID JOE e LIVE como atrações internacionais, e TITÃS, SKANK, SEPULTURA (com sua formação clássica e incluído quase à força graças a uma enorme manifestação dos fãs), FERNANDA ABREU e JORGE BEN JOR representando o Brasil.

No ano seguinte, com os shows de São Paulo retornando ao Pacaembu graças à interdição do Morumbi (apenas uma semana antes, o que causou uma tremenda correria pois o palco já estava sendo montado no Morumbi e os ingressos estavam sendo vendidos) e os do Rio de Janeiro migrando para o Maracanã pela sua maior capacidade, tivemos a edição encabeçada pelos ROLLING STONES, num show histórico e inesquecível da turnê do disco "Voodoo Lounge", que trouxe muita pirotecnia e efeitos especiais de palco, além da marca registrada dessa tour, uma enorme serpente de 30 metros de altura que ficava sobre o público e cuspia fogo no alto.

Foi realmente um acontecimento, era muito difícil nessa época uma banda trazer uma estrutura de palco com tantos efeitos especiais como aquela que os STONES trouxeram. Foi preciso, inclusive, trazer dois palcos ao Brasil e montá-los simultaneamente nas duas cidades. Havia um imenso telão de altíssima definição que transmitia o show através de 14 câmeras. As medidas eram impressionantes: 32 metros de altura, 72 de largura, 26 de profundidade e um peso total de 480 toneladas.

Completando a escalação tivemos SPIN DOCTORS, BARÃO VERMELHO e RITA LEE. Como a produção optou por trazer o show da turnê dos STONES o festival seria realizado dessa vez em dois dias em cada cidade com a mesma escalação em todos eles (graças à enorme procura por ingressos que o primeiro show da banda no Brasil ocasionaria), porém com a interdição do Morumbi e com a menor capacidade do Pacaembú São Paulo ganhou um terceiro dia, sendo então realizado nos dias 27, 28 e 30 de janeiro em São Paulo e dias 2 e 4 de fevereiro no Rio de janeiro. A Rede Globo transmitiu apenas o segundo show dos ROLLING STONES no Maracanã, como parte da comemoração pelo seu aniversário de 30 anos.

A última edição do HOLLYWOOD ROCK (1996) aconteceu de 19 a 21 de janeiro em São Paulo (novamente no Estádio do Pacaembu) e de 26 a 28 no Rio de Janeiro (retornando à tradicional Praça da Apoteóse) e foi encabeçada pelos eternos ex-membros do LED ZEPPELIN, JIMMY PAGE & ROBERT PLANT, pelo THE CURE e por GILBERTO GIL. Assim, pela segunda e última vez uma atração nacional fechava uma das noites do festival. Se despediram do festival ainda: BLACK CROWES, SMASHING PUMPKINS, WHITE ZOMBIE, SUPERGRASS, URGE OVERKILL, BUSH, STEEL PULSE e ASWAD, além dos brazucas PATO FU, RAIMUNDOS, CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI e CIDADE NEGRA.

Uma lei aprovada pelo Senado Brasileiro proibindo empresas de cigarro e de bebidas alcoólicas de patrocinarem eventos esportivos e culturais fez com que o festival fosse cancelado e não mais acontecesse, deixando um grande vazio nos fãs.

A Rede Globo transmitiu muitos dos shows de abertura de forma editada e praticamente todos os shows principais ao vivo. Quando a MTV passou também a cobrir o festival muitas inovações passaram a fazer parte do cotidiano dos grandes festivais, como as entrevistas com as bandas direto do local dos shows e matérias exclusivas, numa época em que a informação que chegava sobre as bandas para os fãs era muito limitada, não existia internet nem celulares modernos e era realmente muito difícil o acesso às novidades e mesmo sobre o cotidiano dos artistas, e com isso a MTV definiu o padrão de cobertura musical dos anos vindouros.

O Hollywood Rock ajudou muito o Brasil a entrar para o circuito dos grandes shows, pois até aquele momento nosso país ainda não era "rota obrigatória" na turnê das principais bandas, e muitos nomes de peso na história desfilaram pelos palcos do festival, abrindo as portas para futuros festivais e futuras turnês das grandes bandas. Apesar das dificuldades foi uma época inesquecível pra quem, como eu, a viveu intensamente.

Mais um festival inesquecível e que possivelmente jamais voltará a acontecer.

ROCK IN RIO:

O primeiro grande festival brasileiro com caráter internacional e as maiores e mais importantes bandas do momento e da história do rock. Foi idealizado pelo empresário e publicitário Roberto Medina (o mesmo que trouxe PAUL MCCARTNEY ao Brasil em 1990), dono da agência publicitária Artplan.

O festival que se tornaria mundialmente famoso (e com versões em Portugal e Espanha nos anos 2000) teve sua primeira edição entre os dias 11 e 20 de janeiro de 1985 (dez dias seguidos), no Rio de Janeiro, e atraiu as maiores bandas da época, que valorizam até hoje sua participação no festival. Foi realizado num terreno de 250 mil metros quadrados no Rio Centro (o maior centro de convenções da América Latina), em Jacarépaguá (zona oeste da capital fluminense), que ficou conhecido como "Cidade Do Rock", e contava com o maior palco já construído no mundo, com 5 mil metros quadrados. O local tinha infra-estrutura (com muitos problemas) para receber 1 milhão e meio de pessoas (tivemos 1 milhão e 380 mil, o equivalente a cinco Woodstock's), e teve extensa cobertura da mídia, principalmente da Rede Globo, que teve os repórteres Nélson Motta e a iniciante Glória Maria cobrindo praticamente todos os shows e entrevistando os músicos, com flashes ao vivo e matérias diárias. Todos os shows principais foram transmitidos ao vivo pela emissora, num evento até então único e inédito na história da emissora e do país.

Nessa época as bandas não costumavam excursionar pela América do Sul (a maioria dos países vinha de décadas de ditadura e repressão), sendo a grande oportunidade do grande público poder ver de perto seus ídolos.

O AC/DC interrompeu as gravações do disco "Fly On The Wall" e extendeu a turnê do "Flick Of The Switch" para poder tocar no festival e exigiu como condição um sino de meia tonelada para que o vocalista BRIAN JOHNSON o tocasse durante a música "Hells Bells", como era tradicional. O sino teve que vir de navio e só depois descobriram que era pesado demais para a estrutura do palco, o que obrigou a produção e os cenógrafos do festival a fazer, às pressas e às escondidas, um sino feito de gesso. O encerramento do show teve ainda os tradicionais disparos de dois canhões enormes durante a música "For Those About To Rock".

O trio carioca PARALAMAS DO SUCESSO foi considerado a grande revelação do festival e fez uma "homenagem" à ausência de bandas paulistas no festival tocando "Inútil", do ULTRAJE A RIGOR.

O IRON MAIDEN teve que fazer um encaixe de última hora na agenda da sua turnê "World Slavery Tour" para que pudesse participar do festival, por isso acabou sendo a única banda estrangeira a fazer um único show, em vez de dois, como as outras.

O BARÃO VERMELHO fez um show histórico e inesquecível no "Dia Do Metal", sendo a única banda brasileira a não ser vaiada, e tendo sua música "Pro Dia Nascer Feliz" cantada em uníssono pela platéia, no mesmo dia que, em Brasília, o Colégio Eleitoral elegia Tancredo Neves como o primeiro presidente brasileiro não-militar pós-ditadura.

O cantor JAMES TAYLOR planejava abandonar a carreira depois do festival (teria comparecido apenas por obrigação contratual), devido à problemas com drogas e um tortuoso divórcio, porém o carinho e receptividade do público brasileiro não só o fez mudar de idéia e reconstruir sua carreira como ainda compôs uma música falando sobre isso. Em 2001, na terceira edição do festival, ao ser convidado pela produção, declarou que era uma questão de honra participar do ROCK IN RIO.

Uma das grandes falhas da organização foi escalar o show de OZZY OSBOURNE imediatamente antes do de ROD STEWART, fazendo com que o ex-vocal do SABBATH temesse receber vaias da platéia, contudo ao entrar com a camisa do Flamengo conquistou grande parte do público, que apesar de ter cantado depois praticamente todas as músicas junto com o cantor escocês foi ainda mais receptivo com o "Madman". Outra curiosidade foi a cláusula no contrato de OZZY que o proibia de comer animais vivos no palco, numa alusão ao episódio em que arrancou a cabeça de um morcego com os dentes num show em 82.

Considerado a estrela máxima do festival o QÜEEN fez um show inesquecível, numa apresentação que foi considerada pelos quatro membros como uma das cinco mais emocionantes da carreira do grupo. FRED MERCURY chegou a afirmar que foi a melhor e mais grandiosa versão ao vivo de "Love Of My Life", cantada em uníssono e a plenos pulmões pelo público. Outra curiosidade foi o fato da banda ter emprestado sua iluminação de palco para a produção do festival, para que outras bandas pudessem usá-la.

O guitarrista do SCORPIONS, MATTHIAS JABS, tocou na segunda apresentação da banda com uma guitarra com o corpo moldado com a imagem do logotipo do festival e com pequenas bandeiras do Brasil adornando-a, feita exclusivamente para o festival. Imagens dessa apresentação foram incluídas no videoclipe da versão ao vivo de "Still Loving You" (trilha sonora da novela da Globo "Corpo A Corpo"), do disco "World Wide Live", que seria lançado seis meses após o ROCK IN RIO.

O YES estava na turnê do disco "90125" e foi um dos pontos altos do festival, realizando o sonho de muitos fãs antigos de vê-los ao vivo (e dos novos também, que faziam parte da geração do estrondoso sucesso de "Owner Of A Lonely Heart"), com shows muito especiais, repletos de bela iluminação e efeitos visuais feitos com laser.

O WHITESNAKE foi incluído no festival de última hora devido ao acidente que arrancou o braço do baterista do DEF LEPPARD (RICK ALLEN), que seria a banda a tocar no festival não fosse esse triste imprevisto. Ainda assim o WHITESNAKE também teve suas dificuldades, já que um problema no braço do guitarrista MEL GALLEY obrigou o grupo a terminar a turnê do álbum "Slide It In" com apenas um guitarrista (JOHN SYKES), assim como o vocalista DAVID COVERDALE, que apresentou problemas em sua voz na segunda apresentação da banda, e faria sua primeira cirurgia nas cordas vocais logo após o festival.

O cast da primeira edição do ROCK IN RIO:

Artistas Internacionais: AC/DC, ALL JARREAU, B'52s, GEORGE BENSON, GO-GO’s, IRON MAIDEN, JAMES TAYLOR, NINA HAGEN, OZZY OSBOURNE, QÜEEN, ROD STEWART, SANTANA, SCORPIONS, WHITESNAKE e YES.

Artistas Brasileiros: ALCEU VALENÇA, BARÃO VERMELHO, BLITZ, EDUARDO DUSEK, ELBA RAMALHO, ERASMO CARLOS, GILBERTO GIL, IVAN LINS, KID ABELHA, LULU SANTOS, MORAES MOREIRA, NEY MATOGROSSO, PARALAMAS DO SUCESSO, PEPEU GOMES e RITA LEE.

A segunda edição do festival foi promovida por Roberto Medina em janeiro de 1991, entre os dias 18 e 26, só que dessa vez o local escolhido foi o estádio do Maracanã, por conta de problemas com os direitos do terreno original, que pertencia ao governo do Rio Janeiro e era reivindicado por Medina e a organização do festival. Cerca de 700 mil pessoas compareceram ao estádio do Maracanã (eu inclusive), menos da metade do público do festival original. Certamente foi menos grandioso que o anterior, porém pra mim (que tinha tenros 15 anos na época e por isso não vi o primeiro, apesar de ter todos os shows em vídeo) e aqueles que estiveram presentes foi igualmente inesquecível. Foi também transmitido pela Rede Globo, com muitos flashes ao vivo, matérias diárias, entrevistas e transmissão ao vivo dos shows principais. A MTV americana também esteve presente fazendo a cobertura com seu famoso programa de metal "Headbanger's Ball".

O GUNS 'N' ROSES estava no auge e havia alcançado status de fama mundial e era muito esperado por aqui. AXEL ROSE chegou a dizer que teria sido o show mais grandioso da banda em todos os tempos. O show marcou as estréias do baterista MATT SORUM (ex-baterista do THE CULT) e do tecladista DIZZY REED, e de músicas que só seriam oficialmente lançadas no final do ano nos álbuns "Use Your Illusion I" e "Use Your Illusion II".

O FAITH NO MORE, que estava na turnê do disco "The Real Thing", se tornaria, com a participação no ROCK IN RIO, a banda mais aclamada no Brasil na época, voltando meses depois para uma mini-turnê. O vocalista MIKE PATTON chegou até a dizer numa entrevista que ninguém gostava tanto assim do FNM quanto o Brasil.

O SEPULTURA (com sua formação clássica) estava no auge, em plena gravação do disco "Arise", uma pena que tenham tocado apenas 30 minutos, mas foi um dos momentos altos de sua carreira, assim como o HOLLYWOOD ROCK, em 94.

A tradicional entrada no palco do vocalista ROB HALFORD (do JUDAS PRIEST) com a moto Harley Davidson foi também um dos pontos altos do festival, assim como o show do MEGADETH, em plena turnê do grandioso disco "Rust In Peace", um dos grandes clássicos do thrash metal americano.

Destaques negativos entre bandas nacionais foram: o show do ENGENHEIROS DO HAWAII, eleito por uma enquete da Rede Globo como o pior do festival, e o cantor LOBÃO, que se retirou do palco após metade da segunda música devido a copos e garrafas atiradas pelo público, inconformado com o curto tempo que o SEPULTURA teve pra se apresentar.

O cast da segunda edição do ROCK IN RIO, batizado de ROCK IN RIO II:

Artistas Internacionais: A-HA, BILLY IDOL, COLIN HAY (vocalista do MEN AT WORK), DEBBIE GIBSON, DEEE-LITE, FAITH NO MORE, GEORGE MICHAEL, GUNS 'N' ROSES, HAPPY MONDAYS, INFORMATION SOCIETY, INXS, JIMMY CLIFF, JOE COCKER, JUDAS PRIEST, LISA STANSFIELD, MEGADETH, NEW KIDS ON THE BLOCK, PRINCE, QÜEENSRYCHE, RUN DMC, SANTANA e SNAP! .

Artistas Brasileiros: ALCEU VALENÇA, CAPITAL INICIAL, ED MOTTA, ELBA RAMALHO, ENGENHEIROS DO HAWAII, HANOI HANOI, INIMIGOS DO REI, LAURA FINOCCHIARO, LÉO JAIME, LOBÃO, MORAES MOREIRA & PEPEU GOMES, NENHUM DE NÓS, PAULO RICARDO, ROUPA NOVA, SERGUEI, SEPULTURA, SUPLA, TITÃS e VID & SANGUE AZUL.

Dez anos se passaram até que tivéssemos a terceira edição do festival. Em janeiro de 2001 o ROCK IN RIO voltava ao seu berço original e a nostalgia tomou conta dos presentes ao adentrarem novamente a mítica "Cidade Do Rock", no Rio Centro, em Jacarépaguá, este que vos escreve inclusive. Entre os dias 12 e 14, e 18 e 21 de janeiro, acontecia sua terceira edição, com a capacidade de 250 mil pessoas num moderno espaço bem distribuído e planejado que permanece montado até hoje, mas que infelizmente não deverá mais abrigar o festival, uma vez que deve ser usado como Vila Olímpica das Olimpíadas de 2016. Uma nova "Cidade Do Rock" foi construída para a quarta edição.

O evento recebeu a legenda de "Por Um Mundo Melhor", com CD's contendo o hino do ROCK IN RIO original (gravado originalmente pelo grupo ROUPA NOVA) sendo distribuídos entre os fãs, e uma celebração pela paz acontecendo na abertura e encerramento do festival, com direito a 5 minutos de silêncio (que silenciaram rádios e TV's pela melhoria do mundo), toques de sinos e pombas brancas voando.

Foi o festival dos retornos. IRON MAIDEN, ROB HALFORD, GUNS 'N' ROSES, SEPULTURA, JAMES TAYLOR, entre outros, retornavam ao palco do festival, em carreira-solo ou reformulados, mas no maior clima de nostalgia.

O IRON MAIDEN voltava ao ROCK IN RIO como estrela máxima do evento, com as aguardadas voltas do vocalista BRUCE DICKINSON e do guitarrista ADRIAN SMITH (ambos da formação clássica), formando um inédito trio de guitarras que se tornou característico do som da banda na última década. Esse show memorável foi lançado pela banda em DVD com o título "Iron Maiden - Rock In Rio". Foi a maior apresentação da banda, para cerca de 240 mil pessoas, e ficou imortalizada para a posteridade com o lançamento do CD/DVD, a transmissão da Rede Globo e para os fãs fiéis que lá estiveram (mais uma vez comigo incluído).

Quem também retornava ao festival era ROB HALFORD, vocalista do JUDAS PRIEST que estava em carreira-solo à época. O "Metal God" fez a alegria dos fãs com seus grandes clássicos e também lançaria um CD/DVD de sua apresentação intitulado "Rob Halford - Ressurrection World Tour - Live At Rock In Rio III".

Em mais um retorno ao festival o GUNS 'N' ROSES fazia seu primeiro grande show desde 1993, tendo sobrado apenas o vocalista AXEL ROSE e o tecladista DIZZY REED da formação que viera à edição passada. Foram escalados em sequência OASIS e GUNS 'N' ROSES, mesmo sendo de conhecimento geral a inimizade declarada de AXEL ROSE com os irmãos GALLAGHER, o que gerou muitas provocações e ofensas de ambas as partes.

As bandas paulistas IRA! e ULTRAJE A RIGOR fizeram uma apresentação conjunta que ficou conhecida como "Recreio Dos Bandeirantes", numa alusão ao bairro vizinho de Jacarépagua e ao Palácio do Governo do Estado de São Paulo.

Outras curiosidades nacionais: Mais uma a lançar seu show em CD/DVD foi a cantora CASSIA ELLER, com o "Rock In Rio Ao Vivo". Os (então) cantores mirins SANDY & JUNIOR entraram para a história do festival como os artistas mais jovens a se apresentarem. Faltando quatro meses para o festival um boicote liderado pelo grupo O RAPPA (que se desentendeu com a produção por causa do horário de seu show e por não poder fazer a "passagem de som") levou mais cinco bandas nacionais (SKANK, RAIMUNDOS, CIDADE NEGRA, CHARLIE BROWN JR. e JOTA QUEST) a desistirem de se apresentar, o que obrigou a produção a alterar o cast e a programação.

O cast da terceira edição do ROCK IN RIO, batizado de ROCK IN RIO III, "Por um mundo melhor":

Artistas Internacionais: STING, JAMES TAYLOR, R.E.M., BECK, FOO FIGHTERS, GUNS 'N' ROSES, OASIS, PAPA ROACH, N'SYNC, BRITNEY SPEARS, AARON CARTER, FIVE, IRON MAIDEN, ROB HALFORD, QÜEENS OF THE STONE AGE, NEIL YOUNG, SHERYL CROW, DAVE MATTHEWS BAND, RED HOT CHILI PEPPERS, SILVERCHAIR e DEFTONES.

Artistas Nacionais: GILBERTO GIL, DANIELA MERCURY, MILTON NASCIMENTO, ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA, BARÃO VERMELHO, CÁSSIA ELLER, KID ABELHA, PATO FU, FERNANDA ABREU, SANDY & JUNIOR, MORAES MOREIRA, IRA! & ULTRAJE A RIGOR, PAVILHÃO 9, SHEIKE TOSADO, SEPULTURA, CARLINHOS BROWN e ELBA & ZÉ RAMALHO.

Em 2011 tivemos a quarta edição do festival, pela primeira vez fora do mês de janeiro, nos dias 23, 24, 25, 29 e 30 de setembro e 1 e 2 de outubro, na nova "Cidade Do Rock", rebatizada como "Parque Olímpico Cidade Do Rock", construída na Barra da Tijuca, na Avenida Salvador Allende, próxima da antiga "Cidade Do Rock", fechada para passar por reformas para abrigar as "Olimpíadas De Verão De 2016".

A quarta edição havia sido planejada para ocorrer apenas em 2014, mas, devido a esse ser o ano em que ocorrerá a Copa do Mundo no Brasil, a prefeitura do Rio de Janeiro pediu que o festival fosse antecipado, e, como diz o ditado, não há melhor hora que o agora. Assim, com 3 anos de antecipação, tivemos a quarta edição em 2011.

Essa edição marcou a estréia em terras brasileiras dos palcos secundários "Sunset", para as atrações secundárias (normalmente colaborações entre dois artistas ou bandas, nacionais ou não) que se intercalam com as principais do "Palco Mundo", e do Palco de Música Eletrônica, o "Eletrônica". Tivemos ainda muitas apresentações musicais e artísticas (MÁGICOS,ACROBATAS & CARTOMANTES, ORLEANS STREET JAZZ BAND, STEVEN HARPER, SAXOFONIA, PARAPHERNALIA, EVANDRO MESQUITA & THE FABULOUS TAB, GEORGE ISRAEL & RONCADORES, ALL STAR BLUES BAND, entre outros) acontecendo na "Rock Street" ("Rua Do Rock"), uma alameda (inspirada na cidade americana de New Orleans) com muitas lojas, restaurantes e bares. Esses palcos já haviam sido introduzidos no festival nas edições portuguesas e espanholas, seguindo a tendência européia de realizar festivais com vários palcos, áreas e tendas. Mais uma estréia por aqui foi a já famosa roda gigante do festival, estrategicamente alocada para propiciar uma visão privilegiada do Palco Mundo.

O festival chegou a receber duras críticas pela inclusão de músicos de axé, de pop e outras vertentes distantes do rock, que muitos acreditam deveria ser o estilo predominante do festival, contudo essa é uma tradição que já vem desde as primeiras edições, sem contar que a chamada "Noite Do Metal" jamais deixou a desejar, o que mostra que esse é um festival eclético que dá espaço para todos os estilos e gostos, o que, obviamente, também serve para aumentar a média de público presente, podendo assim chegar aos 7 dias de duração com atrações variadas e todos os tipos de público. Público esse oficialmente anunciado como sendo de 100 mil pessoas por dia em todos os seus sete dias. Deveremos ter uma redução no público para a próxima edição, com 75 mil pessoas por dia (15% a menos), visando maior conforto e mobilidade.

Alguns números do festival: 7 dias de duração. 700 mil pessoas presentes. 350 mil turistas estiveram no Rio de Janeiro. Ingressos esgotados em 4 horas de venda oficial. 98 horas de música. Duzentos países assistiram os shows ao vivo pelo Youtube (incluindo um soldado americano no Afeganistão), assim como acontece nos Rock In Rio Lisboa e Madrid, menos o próprio Brasil, pois a exclusividade pertence à Rede Globo. 3 milhões de pessoas assistiram ao show do METALLICA pela internet. 290 mil fãs ouviram a "Rádio Rock In Rio". 75 mil downloads do aplicativo "Rock In Rio" foram feitos em menos de 24 horas, se tornando o aplicativo mais baixado no Brasil. Cerca de 300 toneladas de resíduos foram reciclados ou transformados em adubo para reflorestamento.

Artistas internacionais: ELTON JOHN, KATY PERRY, RIHANNA, STONE SOUR, RED HOT CHILI PEPPERS, SNOW PATROL, METALLICA, SLIPKNOT, MOTÖRHEAD, COHEED AND CAMBRIA, STEVIE WONDER, KE$HA, SHAKIRA, LENNY KRAVITZ, MAROON 5, MANÁ, JANELLE MONÁE, JAMIROQUAI, EVANESCENCE, SYSTEM OF A DOWN, GUNS 'N' ROSES e COLDPLAY.

Artistas Nacionais: PARALAMAS DO SUCESSO & TITÃS (com MILTON NASCIMENTO e MARIA GADÚ), CLAUDIA LEITTE, CAPITAL INICIAL, NX ZERO, GLORIA, CONCERTO SINFÔNICO LEGIÃO URBANA (com DADO VILLA-LOBOS, MARCELO BONFÁ & Convidados), MARCELO D2, JOTA QUEST, IVETE SANGALO, FREJAT, DETONAUTAS, PITTY, ZECA BALEIRO, ANGRA e SKANK.

Principais atrações do Palco Sunset: ED MOTTA/RUI VELLOSO & ANDREAS KISSER, TULIPA RUIZ & NAÇÃO ZUMBI, MIKE PATTON & MONDO CANE, MILTON NASCIMENTO & ESPERANZA SPALDING, MATANZA & BNEGÃO, KORZUS & PUNK METAL ALLSTARS, ANGRA & TARJA TURUNEN, SEPULTURA & TAMBOURS DU BRONX, JOSS STONE, CIDADE NEGRA/MARTINHO DA VILA & EMICIDA, ERASMO CARLOS & ARNALDO ANTUNES, MUTANTES & TOM ZÉ e TITÃS & XUTOS E PONTAPÉS.

A próxima edição do festival no Rio de janeiro acontecerá em 2013, nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, no mesmo local, e com as atrações até aqui confirmadas de GEORGE BENSON (veterano da primeira edição), IVAN LINS e SEPULTURA & TAMBOURS DU BRONX, que tocaram juntos em 2012 no Palco Sunset e em 2013 abrirão a "Noite Do Metal" no Palco Mundo.

Durante os anos 2000 Roberto Medina internacionalizou o festival, levando-o para Portugal, na capital Lisboa, em cinco edições (2004, 06, 08, 10 e 12), e três na Espanha, na capital Madrid (2008, 10 e 12). Estão previstas três novas edições (até agora) em 2014, uma em Portugal (como sempre em Lisboa), e outras duas inéditas na América do Sul, pela primeira vez na Argentina (na capital Buenos Aires) e no Perú (na capital Lima).

À partir de 2001 o festival passou a englobar campanhas de caridade, de conscientização ecológica e climática, e passou a assumir um papel de veículo de comunicação para causas sócio-ambientais em todos os países por onde passa. Nesse ano arrecadou recursos para que 3.200 jovens de baixa renda entre 17 e 29 anos pudessem concluir seus estudos em 100 salas de aulas montadas em comunidades carentes do Rio de Janeiro. O festival ainda financiou outros 29 projetos através da UNESCO que beneficiaram milhares de pessoas em todo o Brasil. Desde 2006 passou a contabilizar e compensar 100% das emissões de CO2 em todas as edições realizadas com sua marca, além de promover e incentivar, em conjunto com os Ministérios dos Esportes, a utilização de transportes públicos durante o festival. Nas sete edições realizadas nos últimos dez anos a marca Rock In Rio gerou 4.803.307,00 euros para várias ações sócio-ambientais.

Logo após as primeiras sete edições do festival (sendo as três primeiras no Brasil, as três primeiras em Portugal e a primeira na Espanha) foram contabilizados e anunciados os números absolutos até então do festival: Público total de mais de 5 milhões de pessoas. 656 bandas. Mais de 780 horas de música. Transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores em 80 países. Esses são os números absolutos até 2009 do maior festival brasileiro de todos os tempos e um dos maiores, mais emocionantes e inesquecíveis do mundo em todos os tempos.

Roberto Medina afastou-se do dia-a-dia da produção dos festivais que idealizou, tendo passado o bastão para sua filha, a também produtora e empresária Roberta Medina.

MONSTERS OF ROCK:

Criado em 1980 para ser o grande festival de rock e metal britânico, e inicialmente realizado na pista de corridas de Donington Park, no Castelo Donington (Castle Donington), na Inglaterra, o MONSTERS passou a acontecer paralelamente ao redor do mundo à partir de 83, começando a visitar a América do Sul à partir de 94, sendo 4 edições em território brasileiro. Foi patrocinado pela Philips, que passou a co-nomear o festival, passando a ser chamado de PHILIPS MONSTERS OF ROCK.

Foi trazido e produzido aqui pelo empresário e agenciador José Muniz, dono à época da famosa produtora de shows Mercury Concerts, que após ser vendida para a CIE Brasil se transformou na atual Time For Fun, muito ativa na área de shows e entretenimento. Tivemos edições em 94, 95, 96 e 98, sendo as 3 primeiras realizadas no estádio do Pacaembu e a última na Pista de Atletismo do Ibirapuera.

No dia 27 de agosto de 1994 acontecia a tão esperada estréia brasileira do Monsters Of Rock, já em grande estilo, encabeçado conjuntamente pelo BLACK SABBATH, que apesar de estar com seu vocalista TONY MARTIN fora de suas melhores condições estava com o instrumental original clássico, com TONY IOMMI, GEEZER BUTLER e BILL WARD (a presença deste foi uma grande surpresa, já que a banda vinha excursionando com BOB RONDINELLI), e pelo KISS (ainda sem máscara). Completaram a escalação as bandas SLAYER, SUICIDAL TENDENCIES, e os brasucas VIPER, RAIMUNDOS, ANGRA e DR. SIN. Destaque negativo para o final do show do KISS, que saiu do palco sem se despedir e sem tocar seu maior clássico, "Rock And Roll All Nite".

Em 95, no dia 2 de setembro, o festival retornava encabeçado por ALICE COOPER (com seu empolgante show teatral) e o "Madman" OZZY OSBOURNE, num show inesquecível. Estiveram presentes ainda: FAITH NO MORE, MEGADETH, THERAPY?, PARADISE LOST, VIRNA LISI, CLAWFINGER e os "hermanos argentinos" do RATABLANCA.

No ano seguinte, em 24 de agosto de 96, mais um festival inesquecível, encabeçado pelo IRON MAIDEN (infelizmente sem BRUCE DICKINSON, estava na época com BLAZE BAYLEY nos vocais), mas com outras atrações maravilhosas: SKID ROW, MOTÖRHEAD, BIOHAZARD, HELLOWEEN, KING DIAMOND, MERCYFUL FATE (KING DIAMOND se apresentou duas vezes, sozinho e com o FATE), os espanhóis do HEROES DEL SILENCIO e RAIMUNDOS.

Na despedida do território brasileiro, no dia 26 de setembro de 98, o Monsters voltava numa versão mais pesada, com todo o peso de SLAYER, MEGADETH e MANOWAR como atrações principais, mais DREAM THEATER, SAXON, SAVATAGE, GLENN HUGHES (fazendo um set curto, numa apresentação secundária), a histórica banda de thrash metal brasileira DORSAL ATLÂNTICA e a não menos histórica KORZUS.

O empresário José Muniz, de volta ao Brasil representando agora a produtora "XYZ Live", anunciou que uma nova edição deve acontecer no ano que vem, 15 anos após o último, provavelmente no final do ano, ainda sem datas ou atrações definidas. Aguardemos.

Esse foi (até aqui) o capítulo brasileiro desse histórico e inesquecível festival.

FREE JAZZ FESTIVAL / TIM FESTIVAL:

O FREE JAZZ foi realizado anualmente entre 85 e 2001 pela empresa de tabacos Souza Cruz (a mesma que produzia o HOLLYWOOD ROCK), daí o nome "Free", que assim como "Hollywood" batiza uma de suas marcas de cigarro mais famosas. Em 2002 foi cancelado devido a alta do dólar, e à partir de 2003, com a nova legislação brasileira que proíbe empresas tabagistas e de bebidas alcóolicas de patrocinar eventos culturais e esportivos, foi forçado a mudar de nome, passando a ser patrocinado pela TIM e sendo chamado à partir de então de TIM FESTIVAL. Foi realizado pela última vez em 2008, antes que a crise global que atingiu o mundo todo fizesse com que fosse cancelado e não mais realizado. O festival tinha um custo anual estimado em 4 milhões de reais.

Foi criado e organizado pela produtora e cineasta Monique Gardenberg (juntamente com sua irmã Sylvia, que faleceu em 1998), dona da Dueto Produções, empresa que produzia o festival, e inicialmente acontecia no Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, e no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Após várias mudanças se fixou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Jockey Club de São Paulo. Em 2006, com a venda do espaço utilizado no Museu de Arte Moderna para a concorrente Vivo o evento passou a acontecer na Marina da Glória, onde permaneceu até a última edição em 2008. Na edição de 2007, quando a "perna" paulista migrou para o Auditório do Ibirapuera, o festival registrou seu recorde de público presente, com 70 mil pessoas, somando-se todos os locais onde ocorreram shows.

Algumas das principais atrações se apresentavam paralelamente em edições menores do festival em outras cidades do Brasil, como Curitiba, Vitória e Belo Horizonte. Diferentemente de seu também finado festival co-irmão (Hollywood Rock), se especializou em jazz rock, blues, fusion, rock, MPB, indie e música eletrônica. Com a mudança pra TIM FESTIVAL o festival passou a ter um caráter mais rock e com mais mistura de estilos, inclusive rap e funk.

As principais atrações ao longo dos anos foram: CHET BAKER, PAT METHENY, SÉRGIO DIAS e SONNY ROLLINS (85), DAVID SANBORN, RAY CHARLES, STANLEY JORDAN e WYNTON MARSALIS (86), CHICK COREA, HERMETO PASCHOAL, SARAH VAUGHAN e SPYRO GYRA (87), CAMA DE GATO, MICHAEL BRECKER BAND, MILES DAVIS, NICO ASSUMPÇÃO, NINA SIMONE e RON CARTER (88), ANDRÉ CHRISTOVAM, BRANFORD MARSALIS, COUNT BASIE ORCHESTRA, GEORGE BENSON, JOE WILLIAMS, JOHN LEE HOOKER, JOHN SCOFIELD e MAX ROACH (89), DIZZY GILLESPIE (90), TAKE 6 (91), ROBBEN FORD (92), CHUCK BERRY, LITTLE RICHARD e TRIBUTO À TOM JOBIM (com TOM JOBIM, GAL COSTA, SHIRLEY HORN, JOE HENDERSON, JON HENDRICKS, HERBIE HANCOCK, RON CARTER, GONZALO RUBALCABA, HARVEY MASON, ALEX ACUÑA e PAULO JOBIM) (93), B.B. KING, ETTA JAMES e JAMES BROWN (94), AL GREEN, STEVIE WONDER, GILBERTO GIL e CAETANO VELOSO (95), BJÖRK, ELLIS MARSALIS TRIO, GEORGE CLINTON, HERBIE HANCOCK, ISAAC HAYES e JAMES CARTER (96), DIANA KRALL, ELVIS COSTELLO, JAMIROQUAI, JIMMIE VAUGHAN e OTIS RUSH (97), BEN HARPER, DAVE MATTHEWS BAND, KRAFTWERK, MACY GRAY, MASSIVE ATTACK, WAYNE SHORTER e JEFF BECK (98), EAGLE-EYE CHERRY, JOHNNY LANG, MV BILL, ROY HAYNER e THE CRYSTAL METHOD (99), IRVIN MAYFIELD, JOÃO DONATO, MANU CHAO, MAX ROACH, RAVI COLTRANE, RAY BROWN, SEAN LENNON e SONIC YOUTH (2000), BILL HENDERSON QUARTET, FATBOY SLIM, FUNK COMO LE GUSTA, MACY GRAY, PAT MARTINO, PHIL WOODS QUINTET e TEMPTATIONS (2001), GOTAN PROJECT, WHITE STRIPES, KD LANG, PUBLIC ENEMY, FRONT 242, SUPER FURRY ANIMALS e PEACHES (2003, já como TIM FESTIVAL), THE LIBERTINES, THE MARS VOLTA, KRAFTWERK, PJ HARVEY, PRIMAL SCREAM e BRIAN WILSON (remanescente dos BEACH BOYS) (2004), THE STROKES, ARCADE FIRE, KINGS OF LEON, ELVIS COSTELLO, TELEVISION, DIZZEE RASCAL e MUNDO LIVRE S/A (2005), BEASTIE BOYS, DAFT PUNK e PATTI SMITH (2006), ARCTIC MONKEYS, THE KILLERS, BJÖRK e CAT POWER (2007), KANYE WEST e SONNY ROLLINS (2008).

Em 2009 a TIM anunciou que não patrocinaria mais o festival e a organização ainda procura um novo patrocinador para substituí-lo, não tendo havido mais edições desde então.

ABRIL PRO ROCK:

Festival anual que ocorre no mês de abril em Recife, capital do Estado de Pernambuco, próximo a divisa com Olinda, município da região metropolitana de Recife, desde 1993, que tem como objetivo promover a cena independente de todo o país ao lado de novas revelações, bandas consagradas e convidados estrangeiros, além de apoiar fortemente as bandas locais, que geralmente ocupam metade da escalação.

Engloba desde o MangueBeat (ritmo local que cresceu junto com o festival) até a World Music, passando pelo metal e pelo rock underground, tendo como tradição dedicar a noite de sábado ao metal, a chamada "Noite Do Peso" do APR. O festival promove ainda toda a cultura (com exposições, oficinas e workshops de moda, fotografia, memorabilia, jornalismo e artes em geral) e a história de Recife e de todo o Estado, recebendo assim o apoio da Prefeitura de Recife, do Governo do Estado de Pernambuco e do Ministério da Cultura, além de contar com o patrocínio da Petrobrás.

Foi idealizado pelo produtor Paulo André Pires (dono da produtora "Astronave Iniciativas Culturais", que realiza o festival), conhecido no exterior como "Embaixador Da Música Brasileira". Após a primeira edição do festival Paulo André se tornaria agente de CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI (que, por sua vez, se tornaria nos anos seguintes o maior nome da música brasileira no exterior) e mais tarde também de outros nomes consagrados, o que o transformou num dos produtores brasileiros de maior sucesso e reconhecimento no cenário internacional, sendo constantemente convidado a participar de feiras e simpósios de seguimentos ligados à música e produção de shows e eventos.

Desde sua concepção o festival incentiva as bandas iniciantes locais (e mais tarde de todo o Brasil) a mandar gravações demo (no início eram fitas cassete, hoje são os MP3) para serem selecionadas para participar. Em 2011 foi criado o concurso "Bis Pro Rock" para revelar bandas de Recife, Salvador e Fortaleza. As bandas mandam seu material (músicas, fotos, informações, etc.) para o site, as dez melhores são selecionadas pelos votos dos internautas e as três finalistas ganham 20 horas de gravação em estúdio e se apresentam para uma comissão julgadora. Por fim a vencedora ganha o direito de tocar no festival. A segunda edição do concurso (chamada de "Bis Pro Rock 2") premiou a vencedora com o direito de abrir o show da turnê de 15 anos do LOS HERMANOS.

A primeira edição do Abril Pro Rock ocorreu no extinto Circo Maluco Beleza com apenas um dia de duração, 13 bandas locais (sendo 12 bandas independentes e um grupo de Maracatu) e a presença de 1500 pessoas. Teve como destaque os shows de MUNDO LIVRE S/A e CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI. No ano seguinte o festival passou a durar 2 dias e teve transmissão para todo o Brasil pela MTV. Onze bandas, sendo sete inéditas no festival, e pela primeira vez uma atração não-local, o carioca GABRIEL O PENSADOR. Destaques para CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI, JORGE CABELEIRA e GABRIEL O PENSADOR.

Em 95 o festival teve 4 dias de duração, 20 bandas (sendo nove locais e três estreiando) e público de mais de 10 mil pessoas. Edição de destaque com a nata da nova geração de bandas: RAIMUNDOS (Brasília), SKANK e PATU FU (Minas Gerais), PLANET HEMP (Rio de Janeiro), mais os assíduos CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI, JORGE CABELEIRA e MUNDO LIVRE S/A.

Seguindo no mesmo formato a quarta edição (1996) teve como novidades a primeira atração internacional do festival (a banda belga dEUS) e a introdução do "Mercado Pop", divulgando e comercializando a produção cultural pernambucana, incluindo moda, artes plásticas, fotografia e comidas típicas. Metade das 20 bandas foram locais. Shows de CAMISA DE VÊNUS, JORGE CABELEIRA, CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI (com participação especial de GILBERTO GIL), dEUS e MUNDO LIVRE S/A.

Em 97 o festival passou a ser realizado no Pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco, com shows de 31 bandas (sendo 15 locais) em 2 palcos durante 3 dias e público de mais de 15 mil pessoas. Essa edição ficou marcada pela morte, poucos meses antes, de CHICO SCIENCE, e o grande destaque foi o show de encerramento, com o grupo NAÇÃO ZUMBI dividindo o palco com MAX CAVALERA, que havia deixado o SEPULTURA, numa homenagem emocionante a um dos ícones do festival. Grandes shows de PARALAMAS DO SUCESSO, ARNALDO ANTUNES, PLANET HEMP, OTTO, INOCENTES, PATO FU, O RAPPA, VIRNA LISI, JORGE CABELEIRA e PENÉLOPE CHARMOSA.

Na edição de 98 o formato do festival foi repetido e a produção inovou ao trazer pela primeira vez um DJ (o norte-americano SOUL SLINGER) para se apresentar num festival que tradicionalmente só recebia bandas. Quarenta e três jornalistas de todo o Brasil estiveram presentes cobrindo o evento. Se apresentaram em destaque: SKANK, RATOS DE PORÃO, BABA CÓSMICA, SHEIK TOSADO, POLUX, FERNANDA ABREU, LENINE, O RAPPA, JÚPITER MAÇÃ e HIP MONSTERS.

Na sétima edição (1999) 24 bandas (16 locais) se apresentaram em 3 dias de festival (dias 16, 17 e 18) e tivemos em destaque os shows de NAÇÃO ZUMBI, MARCELO D2 e OTTO (sexta), SEPULTURA (com seu novo vocalista DERRICK GREEN), DEVOTOS, SHEIK TOSADO e LOS HERMANOS (sábado), e ARNALDO ANTUNES, EDDIE e TOM ZÉ (domingo).

Em 2000 tivemos a introdução de novos eventos paralelos, entre eles a "Feira De Arte E Comportamento", com 29 estandes, e a discoteca "Pomba Gira". Três dias de shows (dias 7, 8 e 9) e 13 mil pessoas viram subir ao palco 21 bandas e 6 projetos eletrônicos, integrando assim o rock, a música regional e a música eletrônica. Os destaques foram: PARALAMAS DO SUCESSO e PLEBE RUDE (sexta), SOULFLY (MAX CAVALERA retornava ao festival com sua nova banda), SHEIK TOSADO e DEVOTOS (sábado), e LOS HERMANOS, OTTO e STELLA CAMPOS (domingo).

No ano seguinte, pela primeira vez, o festival aconteceria também fora de Recife, em São Paulo nos dias 27, 28 e 29, com atrações em comum e algumas exclusivas. A primeira noite no Centro de Convenções teve público recorde (até então) numa única noite de cerca de 12 mil pessoas. Dezenove bandas (sendo 9 locais) e 1 DJ (o britânico AMON TOBIN) se apresentaram nesse ano, nos dias 20, 21 e 22, sendo os destaques: NAÇÃO ZUMBI, O RAPPA e a música eletrônica dos ingleses do ASIAN DUB FOUNDATION (sexta), RATOS DE PORÃO e RAIMUNDOS (sábado) e LOBÃO & ARNALDO BAPTISTA, MUNDO LIVRE S/A e o trio de rock alternativo dos norte-americanos do JON SPENCER BLUES EXPLOSION (domingo). A versão reduzida de São Paulo aconteceu na Chopperia e no Teatro do SESC Pompéia e contou com a presença de 18 bandas (6 vindas de Pernambuco), com destaque para os shows de RATOS DE PORÃO, INOCENTES e DEVOTOS (sexta), REPLICANTES e MUNDO LIVRE S/A (sábado), e JUPITER APPLE (também conhecido como JÚPITER MAÇÃ, nomes artísticos do músico, compositor e cineasta FLÁVIO BASSO) e JON SPENCER BLUES EXPLOSION (domingo).

Em sua décima edição (2002) o festival voltou a ser realizado também em São Paulo e contou com as atrações internacionais THE MISSION (os ingleses apresentaram seu rock gótico apenas em Recife) e o rock alternativo britânico do THE CHARLATANS. Em suas três noites no Centro de Convenções (dias 19, 20 e 21) 21 bandas (11 locais) se apresentaram com os destaques: PATO FU, RODOX e THE MISSION (sexta), KRISIUN e SEPULTURA (sábado), e MUNDO LIVRE S/A, STEPHEN MALKMUS (norte-americano fundador da banda de rock alternativo PAVEMENT), THE CHARLATANS e TOM ZÉ (domingo), este último tendo um enfarto durante seu show e tendo que ser levado às pressas para o hospital. Em São Paulo tivemos 5 dias de shows, sendo o primeiro na segunda dia 22 no saudoso Olympia (com THE CHARLATANS e LOS HERMANOS) e o restante dias 24, 25, 26 e 27 no SESC Pompéia, com LEELA e PROT(O) (quarta), STEPHEN MALKMUS e os paulistas do PULLOVERS e do THEE BUTCHERS' ORCHESTRA (quinta), a noite de DJ's com o francês DIGICAY e o norte-americano KARSH KALE (sexta) e CABRUÊRA e JARDS MACALÉ (sábado). O detalhe da versão paulista é que pela primeira vez não tivemos nenhuma banda de Pernambuco na escalação do festival.

Em 2003, com a crise nas gravadoras e na indústria musical em geral, o festival abriu ainda mais espaço para bandas independentes e sem contrato com gravadoras, sendo que boa parte delas sequer já havia tocado nas rádios. Foram 23 bandas (24 com a participação especial dos belgas do THINK OF ONE) em três dias (11, 12 e 13 de abril), sendo apenas nove locais, e, dessas nove, seis inéditas no festival. Os destaques foram: O RAPPA e NAÇÃO ZUMBI (sexta), SHAMAN, DEAD FISH e os alemães do TERRORGRUPPE (sábado) e PITTY, CACHORRO GRANDE, LOS HERMANOS, NANDO REIS e IRA! (domingo).

Mantendo o mesmo formato na edição de 2004 (o festival chegou a ser matéria no Jornal Folha de São Paulo por revelar novas bandas do cenário nordestino) tivemos as mesmas 23 bandas em 3 dias (16, 17 e 18 de abril), e das nove bandas locais oito eram inéditas. Também já bem internacionalizado e com a presença dos alemães do DESTRUCTION e dos belgas VIVE LA FÉTE, tivemos em destaque: MARCELO D2 e VIVE LA FÉTE (sexta), RATOS DE PORÃO, KRISIUN, DESTRUCTION, EMINENCE e FORGOTTEN BOYS (sábado) e PITTY e O RAPPA (domingo).

Na edição seguinte tivemos o maior público da história do festival, que contou com bandas que venceram o concurso "Claro Q é Rock", uma parceria do "APR" (Abril Pro Rock) com a operadora de celulares Claro. A seleção das bandas para tocar em São Paulo contou com a presença do grupo britânico PLACEBO, que teve o maior público de sua turnê pelo Brasil exatamente nesse show. O outro grande destaque dessa edição foi a apresentação conjunta de NAÇÃO ZUMBI e MUNDO LIVRE S/A, sob o nome ORQUESTRA MANGUEFÔNICA. Mais de 30 mil pessoas estiveram presentes nos dias 15, 16 e 17, para conferir os shows de PLACEBO, LOS HERMANOS e mais 5 bandas independentes do concurso "Claro Q é Rock" (sexta), SEPULTURA, SHAAMAN, DEAD FISH, MASSACRATION e MATANZA (sábado) e ORQUESTRA MANGUEFÔNICA (NAÇÃO ZUMBI & MUNDO LIVRE S/A) e VOLVER (domingo). Foram ao todo 25 bandas, sendo 8 locais, e dentre elas 7 inéditas.

Em contrapartida a edição de 2006 foi a que registrou um dos menores públicos do festival, com o palco tendo, inclusive, uma dimensão menor. Nesse ano o APR abrigou a reunião que resultou na fundação da "Abrafin" (Associação Brasileira Dos Festivais Independentes), tendo sido um de seus membro-fundadores. Hoje essa associação engloba mais de 40 festivais com o mesmo perfil espalhados por todo o Brasil. O festival teve como novidade nessa edição um dia (a sexta) direcionado exclusivamente à música eletrônica. Destaques para o show conjunto de JOÃO GORDO + IGGOR CAVALERA tocando na noite eletrônica (sexta dia 21), ANGRA, FORGOTTEN BOYS e CÓLERA (sábado dia 22) e CACHORRO GRANDE e FRANK JORGE & VOLVER (domingo dia 23).

Na comemoração pela décima-quinta edição (2007) o festival também aconteceu paralelamente no Rio de Janeiro no dia 14 de abril no Circo Voador, e em São Paulo no dia 17 de abril no Via Funchal, ambos em versão reduzida com um único dia. As festividades contaram com convidados muito especiais: O retorno aos palcos de OS MUTANTES, o membro remanescente da banda punk RAMONES, MARKY RAMONE, e o jamaicano LEE "SCRATCH" PERRY, que esteve também no Rio e em São Paulo. Assim os destaques em Recife foram: NAÇÃO ZUMBI e OS MUTANTES (sexta dia 13), MARKY RAMONE & TEQUILA BABY, RATOS DE PORÃO, SEPULTURA e KORZUS (sábado dia 14), e LEE "SCRATCH" PERRY, os argentinos do LOS ALAMOS e os franceses do THE FILM (domingo dia 15). No Rio tivemos LEE "SCRATH" PERRY e DIGITAL DUBS, e em São Paulo LEE "SCRATCH" PERRY, THE FILM e LOS ALAMOS.

Em 2008 o festival foi transferido do Centro de Convenções para o Chevrolet Hall, e, investindo ainda mais em atrações internacionais, trouxe pela primeira vez para o Nordeste o punk rock dos norte-americanos do NEW YORK DOLLS e do BAD BRAINS e os alemães melódicos do GAMMA RAY e do HELLOWEEN. Os destaques dessa grandiosa edição foram: NEW YORK DOLLS, BAD BRAINS, ZUMBIS DO ESPAÇO e MUKEKA DI RATO (sexta dia 11), LOBÃO, CÉU, AUTORAMAS, JÚPITER MAÇÃ e ROCKASSETES (sábado dia 12) e GAMMA RAY e HELLOWEEN (tocando sozinhos no domingo dia 27).

Já contando com nomes de peso em sua escalação há um bom tempo e novamente acontecendo no Chevrolet Hall, mas agora reduzido a um formato de apenas duas noites de duração (dias 17 e 18), no ano de 2009 tivemos a edição encabeçada pelo MOTÖRHEAD, uma das bandas mais importantes da história do metal (e do rock em geral) visitando o Nordeste pela primeira vez. Nesses dois dias tivemos quinze bandas tocando, sendo seis locais, e dessas seis, duas inéditas. Grandes shows de MOTÖRHEAD, MATANZA e DECOMPOSED GOD (sexta), e MARCELO CAMELO, MUNDO LIVRE S/A, MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU, VOLVER, THE KEITH e os norte-americanos do HEAVY THRASH (sábado).

Em 2010, numa edição novamente muito especial, tivemos novas alterações no formato do festival. Dessa vez, além das duas noites principais (dias 16 e 17) retornando ao tradicional Centro de Convenções, tivemos sua programação espalhada ao longo do mês com muitos shows acontecendo no APR Club (uma casa noturna no bairro do Recife Antigo com capacidade para 500 pessoas idealizada com o mesmo intuito do festival, revelando novas bandas independentes ao longo de todo o ano) em sete diferentes dias (9, 10, 15, 20, 22, 23 e 24 de abril) e ainda uma mini-edição acontecendo no Rio de Janeiro (dias 9 e 10), no Teatro Odisséia, no bairro da Lapa. Trinta e nove bandas se apresentaram, somando todos os locais, sendo 17 locais e 12 inéditas. As grandes atrações internacionais foram BLAZE BAYLEY (ex-vocalista do IRON MAIDEN que os fãs amam odiar ou odeiam amar, você faz sua escolha), o punk rock "surfista" do AGENT ORANGE e o DJ norte-americano AFRIKA BAMBAATAA (líder-fundador da banda de "Hip Hop" ZULU NATION). Os grandes destaques da escalação no Centro de Convenções foram: BLAZE BAYLEY, AGENT ORANGE, CLAUSTROFOBIA, RATOS DE PORÃO, EMINENCE, TERRA PRIMA, INNER DEMONS RISE e os ingleses do VARUKERS (sexta), e AFRIKA BAMBAATAA, INSTITUTO MEXICANO DEL SOLIDO (banda mexicana de música eletrônica), PATO FU, RIVER RAID e ANJO GABRIEL (sábado). As principais atrações do APR Club foram: INSTITUTO MEXICANO DEL SOLIDO e DJ DOLORES (no primeiro dia, dedicado à música eletrônica), ORQUESTRA CONTEMPORÂNEA DE OLINDA, os portugueses do DEAD COMBO, MUNDO LIVRE S/A e DEAD FISH. E, finalmente, no ABRIL PRO ROCK Rio de Janeiro tivemos INSTITUTO MEXICANO DEL SOLIDO e DJ DOLORES (dia 9), e MUNDO LIVRE S/A, TONO (banda carioca que conta com o guitarrista BEM GIL, filho de GILBERTO GIL) e SAMBÊ (dia 10).

A edição de 2011 foi realizada no mesmo formato, com as duas noites principais acontecendo novamente no Chevrolet Hall nos dias 15 e 17 de abril e edições menores acontecendo no APR Club nos dias 8, 9, 16, 20, 29 e 30 de abril, apenas com bandas nacionais e bandas independentes, sendo a grande maioria de bandas locais. No Chevrolet Hall tivemos as atrações internacionais D.R.I. (DIRTY, ROTTEN, IMBECILES) e MISFITS, junto com MUSICA DIABLO (banda que contava com DERRICK GREEN, vocalista do SEPULTURA, e membros do NITROMINDS), VIOLATOR e TORTURE SQUAD (todas na sexta dia 15) e THE SKATALITIES (banda jamaicana de ska), ARNALDO ANTUNES, EDDIE, TULIPA RUIZ, HOLGER, bandas locais e ainda a banda vencedora da promoção "Bis Pro Rock" (domingo dia 17). No APR Club os destaques foram THE VOLVER no dia 9 e MATANZA no dia 30.

Em 2012, na edição comemorativa de 20 anos do festival, tivemos a volta do formato tradicional com três noites (dias 20, 21 e 22 de abril) no Chevrolet Hall e o público recorde para uma noite em toda a história do festival, com 16 mil pessoas assistindo o show da turnê de 15 anos do LOS HERMANOS. Ao longo dos três dias 26 mil pessoas assitiram 22 shows e as principais atrações foram LOS HERMANOS (sexta), o thrash metal do EXODUS (um dos pioneiros do gênero nascido na Bay Area, em São Francisco, E.U.A.), o metal extremo dos mexicanos do BRUJERIA e RATOS DE PORÃO (sábado), e os americanos do ANTIBALAS, os angolanos do BURAKA SOM SISTEMA, OTTO e MUNDO LIVRE S/A (domingo). Não foram realizados shows no APR Club esse ano, mas o produtor Paulo André promete retomá-los na próxima edição.

Um festival 100% brasileiro, com DNA brasileiro e tempero nordestino, com convidados estrangeiros de renome tocando ao lado das grandes bandas brasileiras e das novas bandas independentes que surgem com força todos os anos em todo o país, num clima de celebração muito hospitaleiro e animado, típico do povo dessa região do país. Mais um festival que nos enche de orgulho por sermos brasileiros.

M2000 SUMMER CONCERTS (Concertos De Verão M2000):

Festival de 2 dias de duração (um de rock, um de reggae) patrocinado por uma famosa marca de tênis dos anos 90, a M2000. Realizado na praia do Boqueirão, em Santos, litoral sul de São Paulo, o evento rockeiro aconteceu no dia 4 de fevereiro de 1994 e contou com a presença de cerca de 100 mil pessoas. Foi encabeçado pela banda de hard rock MR. BIG, que estava no seu auge (o hit "To Be With You" era um tremendo sucesso), e teve ainda os shows de ROLLINS BAND (o vocalista HENRY ROLLINS acidentalmente bateu o rosto no próprio joelho logo no início e abriu um profundo corte que sangrou durante toda a apresentação), LEMONHEADS, RAIMUNDOS, DR. SIN e DÉBORA BLANDO, o que foi um grande equívoco, os fãs de rock não deram chance à "Cindy Lauper brasileira", que foi muito vaiada e teve de tudo atirado em sua direção durante a apresentação, chegando os vândalos até a balançarem o ônibus que a levava. Destaque negativo para a curta duração dos shows, principalmente do MR. BIG, a organização usou a desculpa de que a maresia estragaria os instrumentos.

ANIVERSÁRIO DA 89FM:

Festival realizado pela 89FM, a extinta "Rádio Rock", no estádio Parque Antártica, em São Paulo, no dia 14 de novembro de 1997, para comemorar seu aniversário. Estiveram presentes nessa noite inesquecível de sexta-feira: WHITESNAKE, MEGADETH, QÜEENSRYCHE e CHARLIE BROWN JR. representando o Brasil.

CLOSE-UP PLANET FESTIVAL:

O Close-Up Planet foi um importante festival patrocinado pela famosa marca de pastas de dente Close-Up que aconteceu na segunda metade dos anos 90 nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. O evento foi produzido em parceria pela empresa norte-americana de manutenção industrial/comercial e instalação e realocação de maquinaria Waters Brothers, a empresa promotora de shows Mercury Concerts (a mesma que produzia o Monsters Of Rock no Brasil) e a Joker Comunicação e Marketing Ltda.

O festival contou ainda com o apoio na área de conscientização social da fundação sem fins lucrativos norte-americana de mesmo nome (Close-Up), baseada em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, e que promove a conscientização e participação em um processo democrático.

Sua primeira edição ocorreu no dia 29 de novembro de 1996 no Rio de Janeiro e no dia 30 em São Paulo, e foi direcionada aos fãs de punk rock. A versão paulista aconteceu na Pista de Atletismo do Ibirapuera e a carioca na Praça da Apoteose (sambódromo do Rio de Janeiro), e ambas contaram com as seguintes bandas : SEX PISTOLS (em sua turnê de reunião), CYPRESS HILL, BAD RELIGION, SILVERCHAIR, SPACEHOG, MARK RAMONE and THE INTRUDERS, e os brasileiros OS OSTRAS e INOCENTES (além de mais 8 bandas nacionais independentes).

Uma atração à parte do festival (e muito disputada pelo público) em suas edições foi o "Espaço Close Up", uma área destinada ao uso de computadores multimídia conectados à internet, estúdios de tatuagem e body piercing, pistas de dança, lojas de CD´s, além de máquinas com jogos em realidade virtual. Houve espaço ainda para conscientização social, com a participação de diversas ONG´s (organizações não-governamentais).

No ano seguinte (97) tivemos uma versão em Curitiba no dia 31 de outubro e outra em São Paulo no dia 1 de novembro. Essa edição foi direcionada ao Glam rock, pop alternativo e new wave, além do tradicional rock brasileiro. O local escolhido em Curitiba foi a Pedreira Paulo Leminski (uma área de 103,5 mil metros quadrados onde são realizados shows ao ar livre e onde havia sido a Pedreira Municipal, além de uma usina de asfalto. Mesmo lugar que seria usado no ano seguinte no festival Skol Rock) e em São Paulo novamente a Pista de Atletismo do Anhembi. A novidade nessa edição foi a introdução de um segundo palco para se alternar com os shows do palco principal, algo então inédito em termos de Brasil.

As atrações internacionais em ambas as cidades foram : DAVID BOWIE, ERASURE e NO DOUBT, e as nacionais foram : BARÃO VERMELHO, PARALAMAS DO SUCESSO (com participação dos RAIMUNDOS), PAVILHÃO 9, DADO VILLA-LOBOS (guitarrista do LEGIÃO URBANA) e CHARLIE BROWN JR. (além de mais 4 bandas independentes no palco secundário) em São Paulo, e RITA LEE em Curitiba.

A terceira edição aconteceu no Rio de Janeiro na casa de shows Metropolitan (hoje Citibank Hall, a maior casa de espetáculos da América do Sul, com capacidade para 8.500 pessoas, localizada na Barra da Tijuca) nos dias 20 e 21 de agosto de 1998, e foi inteiramente direcionada aos fãs de música eletrônica, tendo a cantora islandesa BJÖRK como atração no dia 20 e o rock eletrônico do THE PRODIGY no dia 21.

A edição paulista, que estava programada pra acontecer novamente no Anhembi no dia 22, teve que ser cancelada em cima da hora (naquela época ainda era possível adquirir o ingresso na bilheteria do local no próprio dia do show, não havia vendas tão antecipadas como hoje. Eu mesmo costumava chegar no local do show e comprar ingresso pouco antes de entrar) por causa de um parafuso de 2 centímetros de diâmetro que se rompeu fazendo o palco inclinar, frustrando cerca de 20 mil pessoas que já haviam adquirido ingresso.

As atrações dessa edição foram : BJÖRK, o DJ inglês MIKE PARADINAS e o brasileiro MARCELO D2 (dia 20), e THE PRODIGY, MARKY MARK (ex-membro do NEW KIDS ON THE BLOCK), e RACIONAIS MC´s, NAÇÃO ZUMBI e o DJ MARQUINHO MESQUITA como atrações brasileiras (dia 21).

A frustração paulista, no entanto, duraria somente até o ano seguinte (1999), quando cerca de 25 mil pessoas puderam finalmente comparecer no dia 15 de maio ao já muito tradicional Anhembi (dessa vez em seu estacionamento) para conferir o rock eletrônico do grupo britânico THE PRODIGY, encabeçando assim dois anos seguidos o mesmo festival (algo um tanto inusitado). Essa edição, que mais uma vez privilegiou a música eletrônica, recebeu o nome de "Close-Up Fashion Edition" e ficou marcada pela distribuição gratuita de ingressos numa tentativa de apagar a má impressão deixada no ano interior.

Estiveram presentes ainda: RONI SIZE e MC DYNAMITE, MARKY MARK (retornando também ao festival), e OTTO e ARNALDO ANTUNES representando o Brasil.

Segundo números divulgados pela Joker Entertainment o número absoluto (considerando as edições com mais de uma cidade como um evento único e somando o público pagante com as pessoas envolvidas no projeto) de público presente em cada edição foi: 35.000 pessoas no Close-Up 96 (São Paulo e Rio), 35.000 pessoas no Close-Up 97 (São Paulo e Curitiba), 12.500 pessoas no Close-Up 98 (2 dias no Rio de Janeiro) e 30.000 pessoas no Close-Up 99 (São Paulo).

Mais uma importante página na história dos festivais brasileiros.

SKOL ROCK FEST:

Festival realizado pela Skol (uma marca de cerveja de propriedade da cervejaria dinamarquesa Carlsberg que é fabricada no Brasil pela AmBev) em diversas cidades brasileiras com o intuito de revelar novos talentos. Em algumas edições foram trazidas atrações internacionais, porém depois o evento foi rebatizado diversas vezes e teve novos formatos, não mais sendo destinado ao público de rock. Todos os eventos principais contaram com a participação de bandas que foram reveladas por essas edições menores espalhadas pelo Brasil e que tiveram o intuito de realizar concursos para promovê-las e dá-las a oportunidade de tocar antes de grandes atrações nacionais e internacionais.

A primeira edição aconteceu em 96 em diversas cidades do interior de São Paulo e em cidades de outros estados (como Recife/PE, Curitiba/PR e Goiânia/GO), e seu lema era revelar novas bandas do cenário nacional. Era inclusive reconhecido como "O Maior Festival De Bandas Inéditas De Rock Do País". Nos anos seguintes muitas outras cidades foram incluídas no itinerário do festival, como Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Campinas e Bauru (São Paulo), Blumenau (Santa Catarina) e Rio de Janeiro.

Em seu primeiro ano com bandas internacionais tivemos uma versão paulista do SKOL ROCK 97 realizada no dia 15 de novembro de 97 na Pista de Atletismo do Ibirapuera, em São Paulo, que foi encabeçada pelos alemães do SCORPIONS e contou com as participações especiais de BRUCE DICKINSON (que havia saído do IRON MAIDEN para seguir carreira-solo e se apresentava junto com seu antigo parceiro de MAIDEN, o guitarrista ADRIAN SMITH, inclusive gravando um disco ao vivo chamado de "Accident In Brazil"), o saudosíssimo DIO (que vinha ao Brasil pela terceira vez), e mais a JASON BONHAM BAND (banda do filho de JOHN BONHAM, falecido baterista do LED ZEPPELIN) e os brasileiros do DR. SIN (que substituíram o ANGRA).

A versão realizada em Recife aconteceu em duas etapas: nos dias 5 e 6 de setembro tivemos os shows brazucas de BARÃO VERMELHO, ENGENHEIROS DO HAWAII, RAIMUNDOS, MUNDO LIVRE S/A, AQUAPLAY e SEVERINOS ATÔMICOS (estas duas últimas vencedoras do concurso de revelação de novas bandas do ano anterior, vindas, respectivamente, do Rio Grande do Sul e de Recife), e no dia 1 de novembro as atrações internacionais STRATOVARIUS e PAUL D'IANNO (vocalista original do IRON MAIDEN). Os shows foram realizados na Arena Skol Rock, montada no Pólo Pina (uma área comercial localizada no bairro Pina, em Recife), em frente ao Othon Palace Hotel.

No ano seguinte o SKOL ROCK 98 teve uma versão em Curitiba, capital do Estado do Paraná, no dia 6 de dezembro, na Pedreira Paulo Leminski (uma área de 103,5 mil metros quadrados onde são realizados shows ao ar livre e que havia sido a Pedreira Municipal, além de uma usina de asfalto, no passado). Essa edição foi encabeçada pelo IRON MAIDEN (com BLAZE BAYLEY nos vocais) e contou com as presenças de HELLOWEEN, RAIMUNDOS e PAVILHÃO 9.

Na versão de Recife tivemos PARALAMAS DO SUCESSO, MARCELO D2, O RAPPA e NAÇÃO ZUMBI se apresentando novamente no Pólo Pina no dia 26 de setembro.

O SKOL ROCK 99, a última edição de destaque do festival, aconteceu no dia 20 de novembro, no estacionamento do Anhembi, em São Paulo, e contou com as bandas THE OFFSPRING, BAD RELIGION e THE VANDALS.

Mais um festival que foi descontinuado (pelo menos em grandes eventos) e deixou imensas saudades a quem esteve em suas principais edições, novamente comigo incluído.

KAISER MUSIC 2003:

Festival realizado pela Kaiser, uma marca de cerveja brasileira de propriedade da cervejaria holandesa Heineken, como parte de seu projeto de marketing daquele ano, batizado de KAISER MUSIC 2003. Aconteceu no estádio do Pacaembú no dia 20 de setembro de 2003 e contou com os shows dos suecos do HELLACOPTERS, do SEPULTURA, e teve o grande fechamento com DEEP PURPLE.

LIVE 'N' LOUDER ROCK FEST:

Festival de metal organizado pela produtora TOPLINK em parceria com a revista ROADIE CREW que aconteceu na América do Sul e no México e teve 2 edições. O primeiro, realizado no dia 12 de outubro de 2005, no estádio do Canindé, em São Paulo, com cerca de 25 mil pessoas presentes, foi encabeçado pelo SCORPIONS e contou ainda com NIGHTWISH, DESTRUCTION (que entrou no lugar do desistente TESTAMENT), SHAAMAN, RAGE, DR. SIN, THE 69 EYES e TUATHA DE DANNAN.

No ano seguinte, com cerca de 18 mil pessoas presentes, o festival foi realizado na Arena Skol, no Anhembi, no dia 14 de outubro, e foi encabeçado pelo vocalista original do VAN HALEN, DAVID LEE ROTH (que voltaria para o VAN HALEN pouco depois) tocando todos os clássicos do VAN HALEN e de sua carreira-solo, e teve ainda como atrações STRATOVARIUS, ANDRÉ MATTOS, DORO, SEPULTURA (apresentando seu então novo baterista, JEAN DOLABELLA, encerrando assim de vez a fase do "clã" CAVALERA), NEVERMORE, PRIMAL FEAR, GOTTHARD, MINDFLOW e MASSACRATION. Tivemos nesse ano as desistências do BLACK LABEL SOCIETY e do SAXON.

CHIMERA MUSIC FESTIVAL:

A primeira edição aconteceu em 2004 no estádio do Morumbi, em São Paulo, e foi dividida em 2 partes, com mais de 100 mil pessoas presentes. No dia 11 de setembro tivemos o CHIMERA ROCK, com o show principal do LINKIN PARK e a abertura do CHARLIE BROWN JR. Já no dia 18 de setembro tivemos o CHIMERA HIP HOP, com shows das bandas O RAPPA, 50 CENT, MARCELO D2, RAPPIN' HOOD e NEGRA LI.

Em 2005 a segunda edição aconteceu na Arena Skol, no Anhembi, no dia 23 de setembro, teve a presença de 27 mil pessoas e foi encabeçada pelo SLIPKNOT, com abertura do SEPULTURA e as participações de KORZUS e CHIPSET ZERO.

PLANETA TERRA FESTIVAL:

O Planeta Terra é um festival realizado em São Paulo desde 2007 pelo grupo "Terra Networks", a maior empresa latino-americana de mídia digital (pertencente à empresa espanhola "Telefónica") que atua como provedor de conteúdo e acesso à internet. É considerado um dos principais eventos musicais do país, e com seu sucesso no Brasil a produção anunciou em 2012 edições em outros países da América Latina, como Perú e Colômbia.

Sua primeira edição foi realizada no dia 10 de novembro de 2007 no Villa Dos Galpões, um bar e casa de shows com vários ambientes com mais de 145 mil metros quadrados localizado em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, e contou com 15 atrações divididas em 3 palcos, o "Main Stage" (Palco Principal), o "Indie Stage" (Palco Indie, para as bandas independentes) e o "DJ Stage" (Palco DJ, destinado à música eletrônica). Foram mais de 10 horas ininterruptas de shows para um público muito expressivo de 15 mil pessoas.

As principais atrações dessa edição foram: KASABIAN, DEVO, LILY ALLEN e PATO FU (Main Stage) e THE RAPTURE, CSS (CANSEI DE SER SEXY) e TOKYO POLICE CLUB (Indie Stage).

A segunda edição aconteceu no dia 8 de novembro de 2008 no mesmo local e aproximadamente o mesmo público. 16 atrações se dividiram nos mesmos 3 palcos e as principais foram: KAISER CHIEFS, BLOC PARTY, THE OFFSPRING, THE JESUS AND MARY CHAIN, MALLU MAGALHÃES e VANGUART (Main Stage) e THE BREEDERS, SPOON, FOOLS e ANIMAL COLLECTIVE (Indie Stage).

No ano seguinte o festival passou a ser realizado no extinto parque de diversões Playcenter, localizado na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Sua terceira edição foi realizada no dia 7 de novembro de 2009, teve um público presente de cerca de 17 mil pessoas acompanhando 12 horas de muita música e contou com 15 atrações se revezando em 2 palcos, chamados de "Sonora Main Stage" (palco principal batizado com o nome de um dos maiores canais de música digital por assinatura do mundo, o Sonora, também de propriedade do grupo Terra) e de "Coca-Cola Zero Stage" (palco secundário em parceria com a Coca-Cola).

Nesse ano tivemos algumas novidades: A produção organizou um concurso com mais de 150 bandas chamado "Hit Zero" para selecionar a banda que abriria os shows do palco secundário e ganharia um contrato com a gravadora Universal, sendo a banda curitibana FUJA LURDES a grande vencedora com a música "Imaginar". Uma promoção chamada "Ônibus-Camarote" onde o internauta enfeitava e decorava virtualmente o interior e exterior do ônibus Planeta Terra e depois convidava o máximo de pessoas para segui-lo deu ao vencedor o direito de usá-lo como camarote com mais cinco convidados, além de mais 24 passageiros escolhidos por votação na internet. Quinze brinquedos do parque estiveram a disposição do público até o término do festival. Todo o evento foi transmitido ao vivo pelos três canais da Terra TV (mais uma ramificação do grupo Terra).

O destaque negativo desse ano foi o fato de ter sido realizado no mesmo dia que o festival Maquinaria, o que é no mínimo uma total falta de esperteza, pois isso obviamente divide o público, que certamente se interessaria em acompanhar os dois festivais.

Suas principais atrações foram: IGGY & THE STOOGES (as duas lendas, o cantor IGGY POP e o grupo THE STOOGES, novamente reunidas), SONIC YOUTH, PRIMAL SCREAM, MAXÏMO PARK e MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJÚ (Sonora Main Stage) e THE TIN THINGS, METRONOMY, N.A.S.A., PATRICK WOLF e COPACABANA CLUB (Coca-Cola Zero Stage).

Com o grande sucesso dessa edição a edição seguinte teria seus ingressos esgotados dois meses e meio antes do seu início e sem nem sequer ter todas as suas atrações confirmadas. Realizado no dia 20 de novembro de 2010, novamente no Playcenter e para um público de agora mais de 20 mil pessoas, o Planeta Terra Festival 2010 contou novamente com 15 atrações divididas em 2 palcos, sendo o segundo palco rebatizado como "Gillette Hands Up Indie Stage" (retornando ao cenário Indie em parceria com a Gillette).

Suas grandes atrações foram: SMASHING PUMPKINS, PAVEMENT, PHOENIX, OF MONTREAL e MIKA, além dos brazucas NOVOS PAULISTAS e MOMBOJÓ (Sonora Main Stage) e EMPIRE OF THE SUN, HOT CHIP, PASSION PIT, YEASAYER, GIRL TALK e HOLGER (Gillette Hands Up Indie Stage).

Em 2011 os ingressos se esgotaram em menos de 14 horas e cerca de 3 meses antes do início do evento, resultado de um festival bem organizado, com grandes atrações, shows com inícios pontuais, preços acessíveis e numa locação de muito apelo para o público. Realizado novamente no Playcenter no dia 5 de novembro de 2011, o festival contou a presença de 18 mil pessoas (a produção resolveu diminuir o número de ingressos para maior conforto e mobilidade do público) acompanhando as tradicionais 15 bandas em 2 palcos, com o segundo palco sendo novamente rebatizado, dessa vez como "Claro Indie Stage", em parceria com a operadora de celulares Claro.

Destaque negativo para os cancelamentos (em cima da hora) das bandas THE VACCINES e PETER, BJORN & JOHN.

Suas principais atrações: THE STROKES, BEADY EYE, INTERPOL, BROKEN SOCIAL SCENE, WHITE LIES, NAÇÃO ZUMBI e CRIOLO (Sonora Main Stage) e GOLDFRAPP, GROOVE ARMADA, GANG GANG DANCE e GAROTAS SUECAS (Claro Indie Stage).

Em 2012, devido ao fechamento do Playcenter, o festival é transferido para o Jockey Club de São Paulo (zona oeste de São Paulo), num espaço de 80 mil metros quadrados e a presença de cerca de 35 mil pessoas. Pela primeira vez fora do mês de novembro, no dia 20 de outubro, o festival é transmitido ao vivo pela internet para 19 países, incluindo os Estados Unidos.

As atrações: KINGS OF LEON, GARBAGE, KASABIAN, SUEDE, BEST COAST e MALLU MAGALHÃES (Sonora Main Stage) e GOSSIP, THE DRUMS, AZEALIA BANKS, THE MACCABEES, LITTLE BOOTS, BANDA UÓ e MADRID (Claro Indie Stage).

Mais um grande festival brasileiro, um dos mais bem organizados e planejados, e que hoje se encontra entre os principais eventos musicais do país.

MAQUINARIA FESTIVAL:

O Maquinaria é um festival que nasceu em 2008 em São Paulo com o nome Maquinaria Rock Fest e à partir de 2010 passou a visitar outros países, sendo Chile o primeiro e depois se expandindo para Argentina, Paraguai e México. É organizado pela mesma produção do SWU e engloba diversos estilos musicais (metal, pop, rock alternativo, música eletrônica, reggae, rap e hip-hop), várias formas de arte e cultura, além de conscientização ambiental e sustentabilidade.

Tudo começou nos dias 17 e 18 de maio de 2008 no Espaço Das Américas (uma casa de shows e eventos com capacidade para 9 mil pessoas localizada na Barra Funda, zona oeste de São Paulo), quando grandes bandas de metal encheram os ouvidos paulistanos de muito peso. O primeiro dia foi dedicado ao metal e o segundo ao rock alternativo e bandas independentes. As principais atrações foram: BIOHAZARD, SUICIDAL TENDENCIES, SEPULTURA, MISFITS, TRISTANIA, RATOS DE PORÃO, MATANZA, KORZUS e THREAT (dia 17) e CPM 22, MASSACRATION, FORGOTTEN BOYS, GLORIA, ENVYDUST, MxPx, SUICIDE CITY e END OF AN ERA (dia 18).

Sua segunda edição, que aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro de 2009, ficou conhecida por ter transformado a Chácara do Jockey Club de São Paulo no epicentro da arte e da música na América Latina. Contou com vários eventos paralelos, como a Mostra De Arte Urbana, com exposição de obras de artistas plásticos, e uma Auditoria Ambiental em parceria com cooperativas e ONG's. O evento contou ainda com uma praça de alimentação, bares, áreas de descanso e lojas exclusivas no Setor Premium. Foram 19 bandas divididas em 2 palcos, o "Palco Principal" e o secundário "Palco MySpace", destinado às bandas independentes, ao rock alternativo e Indie rock.

Aqui vai a escalação dos dois dias do festival: NAÇÃO ZUMBI, SEPULTURA, DEFTONES, JANE'S ADDICTION e FAITH NO MORE (dia 7) e DUFF MCKAGAN'S LOADED, DIR AN GREY, PANIC AT THE DISCO e EVANESCENCE (dia 8). No Palco MySpace tivemos em destaque COMODORO, MALDITA e SAYOWA (dia 7) e DANKO JONES (dia 8).

O destaque negativo desse ano foi o fato de ter sido realizado no mesmo dia que o festival Planeta Terra, o que é no mínimo uma total falta de esperteza, pois isso obviamente divide o público, que certamente se interessaria em acompanhar os dois festivais.

No ano seguinte a produtora chilena Transistor adquiriu o direito de exportar a marca do festival, levando-a primeiramente para sua capital Santiago. Assim, no dia 10 de outubro de 2010 foi realizada a primeira edição estrangeira do Maquinaria no Club Hípico de Santiago de Chile. 18 atrações musicais de vários países (6 dos Estados Unidos, 1 da Argentina, 6 do Chile, 1 do México, 1 Britânica, 1 da Bélgica e 2 Brasileiras - CAVALERA CONSPIRACY e CSS) e 1 projeto eletrônico se apresentaram em 3 palcos, sendo o "Verde" para o metal, "Rojo" (vermelho) para o Indie e "Azul" para música eletrônica. Foi encabeçado por LINKIN PARK e QÜEENS OF THE STONE AGE (Verde), INCUBUS e PIXIES (Rojo) e CSS e AEROPLANE (Azul).

Além do evento principal dois mini-festivais ocorreram em Santiago com a marca Maquinaria. Primeiro no Teatro La Cúpula, alguns dias antes do festival, tivemos um evento beneficiente (para ajudar as famílias dos 33 mineiros que ficaram presos no desabamento da mina San Jose) com as bandas AIR, INCUBUS e PIXIES, e dois dias depois, no Estadio Bicentenario Municipal De La Florida, tivemos outro mini-festival com bandas que inicialmente estariam no festival mas acabaram ficando de fora, o RAGE AGAINST THE MACHINE como atração principal e a abertura de THE MARS VOLTA e SUICIDAL TENDENCIES.

Repetindo a dose nos dias 12 e 13 de novembro de 2011, mais de 100 mil pessoas estiveram presentes no Club Hípico para ver: FAITH NO MORE, MEGADETH, ALICE IN CHAINS, CHRIS CORNELL, STONE TEMPLE PILOTS, DOWN, DUFF MCKAGAN'S LOADED, SNOOP DOGG, SONIC YOUTH, PRIMUS e DAMIAN MARLEY. Ao todo 36 atrações (18 em cada dia) se apresentaram em 3 palcos ("Claro-Sony Ericsson" e "Transistor" os principais, e "Lenovo" o eletrônico e alternativo), sendo 9 delas locais. O festival contou ainda nessa edição com atrações vindas até mesmo de países como Japão, Nova Zelândia, Canadá e Espanha, além da DJ alemã ELLEN ALLIEN. O também DJ GUI BORATTO foi o representante brasileiro.

Em 2012 a produção resolveu mudar o local do festival para o Club de Campo Las Vizcachas (com isso os fãs podem ocupar áreas de camping como ocorre nos festivais europeus) e firma parcerias com produtoras de Paraguai, Argentina e México (com shows sendo programados para esses países entre os dias 1 e 11 de novembro), transformando de vez o festival num evento internacional (sempre integrando música com arte e cultura locais), tendo escalações de bandas similares em todos os países, numa espécie de mini-turnê do festival com shows nos dias 1, 2 e 3 na Cidade do México e 3 e 4 em Guadalajara (México), 6 e 7 em Assunção (Paraguai), 8, 9 e 10 em Buenos Aires (Argentina), e finalizando nos dias 10 e 11 em Santiago (Chile).

A edição principal, a chilena, conta com uma estrutura de 4 palcos (os principais "HP/Windows" e "Main Stage 2" (Palco Principal 2), o secundário "Pepsi Stage" (usado apenas por bandas locais no segundo dia) e o eletrônico "Tent") e 33 atrações (16 no primeiro dia e 17 no segundo), sendo 14 locais (além de TOM ARAYA, vocalista chileno do SLAYER), mais os porto-riquenhos do CALLE 13 e os brasileiros CAVALERA CONSPIRACY, REPUBLICA, KITA, PROJECT 64 e MIXHELL.

MARILYN MANSON, SLAYER e PRODIGY encabeçam essa edição do festival em todos os países, sendo reservado ao Chile a presença especialíssima do KISS. Outras atrações do Maquinaria Festival Chile 2012: STONE SOUR e DEFTONES (HP/Windows Stage), MASTODON, CALLE 13 e SLASH (Main Stage 2), MARKY RAMONE e CAVALERA CONSPIRACY (Pepsi Stage) e KNIFE PARTY e MIXHELL (Tent).

Esperemos pelo retorno desse grandioso festival ao seu berço paulista.

LOLLAPALOOZA BRASIL:

O festival itinerante idealizado em 1991 por PERRY FARRELL (vocalista e líder-fundador da banda JANE'S ADDICTION), quando este planejava a turnê norte-americana de despedida de sua banda, começou a visitar a América do Sul em 2011, quando esteve em Santiago, no Chile, e chegou ao Brasil pela primeira vez em 2012, numa iniciativa da GEO Eventos (a empresa de eventos das Organizações Globo), nos dias 7 e 8 de abril, no Jockey Club de São Paulo. 135 mil pessoas foram presenteadas com 5 palcos espalhados numa área de mais de 120 mil metros quadrados com direito a bares, restaurantes e áreas de descanso.

As bandas principais se apresentaram nos palcos "Cidade Jardim" e "Butantã" (os shows se revezaram entre os dois palcos com os shows de encerramento acontecendo no "Cidade Jardim"), o "Palco Alternativo" apresentou novas bandas, independentes e ascendentes (com direito a uma atração principal de fechamento), além de novos estilos de rock alternativo, e o "Perry Stage" ("Palco Perry") foi o responsável pela música eletrônica (também com sua atração principal). E há ainda o palco "Kidzapalooza", destinado a uma nova geração de músicos, com o Conservatório Souza Lima, inclusive, sortiando bolsas de estudo para musicalização.

O festival engloba praticamente todas as vertentes musicais, com muito hip-hop, música eletrônica, rap, reggae, punk rock, indie, rock alternativo, além do rock tradicional e o metal. Tudo devidamente acompanhado de perto pela cobertura e transmissão ao vivo do canal Multishow.

O Lollapalooza possui ainda um vasto programa de engajamento ambiental, sustentabilidade ecológica, consumo racional de recursos naturais, gestão de resíduos sólidos, minimização e neutralização de emissões atmosféricas (como o gás carbono), práticas sócio-educativas e informações ecológicas em geral, com direito a palestras e divulgação de campanhas durante toda sua duração. E ainda todo o lixo gerado durante o evento é devidamente reciclado.

As principais atrações do festival foram: FOO FIGHTERS, JOAN JETT AND THE BLACKHEARTS, TV ON THE RADIO, BAND OF HORSES, O RAPPA, CAGE THE ELEPHANT, MARCELO NOVA, WANDER WILDNER e RITMO MACHINE, além de PAVILHÃO 9 no Palco Alternativo e THE CRYSTAL METHOD no Palco Perry (sábado dia 7), e ARCTIC MONKEYS, JANE'S ADDICTION, FOSTER THE PEOPLE, MGMT, MANCHESTER ORCHESTRA, FRIENDLY FIRES, THIEVERY CORPORATION, GOGOL BORDELLO, PLEBE RUDE e CASCADURA, além de VELHAS VIRGENS no Palco Alternativo e RACIONAIS MC's no Palco Perry (domingo dia 8).

A segunda edição do Lollapalooza Brasil será realizada (dessa vez com três dias de duração) nos dias 29, 30 e 31 de março de 2013 (feriado de Páscoa), novamente no Jockey Club, em São Paulo, e terá como principais atrações internacionais: PEARL JAM, THE KILLERS, QÜEENS OF THE STONE AGE, FRANZ FERDINAND, FLAMING LIPS, KAISER CHIEFS, THE BLACK KEYS, CAKE, A PERFECT CIRCLE, THE HIVES, KASKADE, TWO DOOR CINEMA CLUB e HOT CHIP, enquanto as nacionais serão: PLANET HEMP, CRIOLO, GUI BORATTO, VANGUART, BOSS IN DRAMA, VIVENDO DO ÓCIO, MIX HELL, EDDIE, HOLGER, LUDOV, entre outros.

O Lollapalooza é atualmente o grande concorrente do SWU, sendo esses os maiores festivais brasileiros do momento. Sorte para os fãs de boa música que ganham assim mais uma opção de diversão musical.

SWU MUSIC & ARTS FESTIVAL:

Idealizado pelo Grupo Totalcom (Comunicação Integrada e Marketing) e seu fundador Eduardo Fisher, o festival "STARTS WITH YOU" ("Começa Com Você") foi realizado pela primeira vez nos dias 9, 10 e 11 de outubro de 2010, na Fazenda Maeda, na cidade de Itu, a 70 km de São Paulo, reuniu mais de 150 mil pessoas e teve mais de 70 bandas se apresentando em 4 palcos: os principais "Água" e "Ar", o "Oi Novo Som" (uma parceria com a operadora de celulares Oi) destinado a bandas independentes e músicos nacionais e estrangeiros, além do "Heineken Greenspace" ("Espaço Verde Heineken", uma parceria com a cervejaria Heineken), destinado à música eletrônica.

O evento, que tem a temática da "Sustentabilidade Ecológica", contou com muitos eventos culturais, artísticos e políticos paralelos, como o "Fórum Global De Sustentabilidade", com especialistas da área, políticos, empresários e representantes de entidades não-governamentais, numa tentativa de conscientizar as pessoas sobre a sustentabilidade no século 21, ou seja, encontrar maneiras alternativas para não esgotar os recursos naturais do planeta. Outros exemplos da temática do festival foram a coleta e reciclagem de toneladas de lixo durante sua realização, assim como a divulgação de campanhas pelo meio ambiente.

O festival foi transmitido pela Rede Globo e pelo canal Multishow.

O show do RAGE AGAINST THE MACHINE precisou ser paralizado duas vezes por problemas na platéia, a primeira vez por causa de uma invasão na Pista Premium que gerou descontrole e arremesso de grades, além da quebra de câmeras do canal Multishow (que interrompeu a transmissão), e a segunda porque pessoas estavam sendo espremidas nas grades que separam o público do palco.

Duas boas surpresas no show do AVENGED SEVENFOLD: A presença do ex-baterista do DREAM THEATER, MIKE PORTNOY, e uma gravação da voz do falecido baterista THE REV fazendo os vocais de apoio na música "Critical Acclaim".

O primeiro dia de festival foi encabeçado pelo RAGE AGAINST THE MACHINE (tocando pela primeira vez na América Latina num show, como de costume, extremamente politizado, com referências, inclusive, ao M.S.T. (Movimento dos Sem-Terra)) e teve as participações principais de LOS HERMANOS, INFECTIOUS GROOVE, THE MARS VOLTA e OS MUTANTES, além de MALLU MAGALHÃES no palco "Oi Novo Som" e THE CRYSTAL METHOD, presente no "Heineken Greenspace".

No segundo dia o headliner foi o KINGS OF LEON, com abertura da DAVE MATTHEWS BAND e as participações destacadas de REGINA SPEKTOR, CAPITAL INICIAL, JOSS STONE e JOTA QUEST, além de OTTO, TULIPA RUIZ e VOLVER no palco "Oi Novo Som".

E, finalmente, no dia 11 tivemos o show principal do LINKIN PARK, com grandes shows de PIXIES, QÜEENS OF THE STONE AGE, AVENGED SEVENFOLD, INCUBUS e CAVALERA CONSPIRACY, debutando no Brasil com um show sensacional. Destaques para TONO (conjunto que conta com o guitarrista BEM GIL, filho de GILBERTO GIL), MOMBOJÓ, AUTORAMAS e BNEGÃO & SELETORES DE FREQUÊNCIA, todos no palco "Oi Novo Som".

A segunda edição foi realizada nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2011, desta vez no município de Paulínia (que é conhecido como "Distrito De Sustentabilidade"), na região de Campinas, no noroeste do Estado, a cerca de 119 km de São Paulo. A mudança ocorreu devido à maior e melhor infra-estrutura do local, com 1.700.000 metros quadrados.

Uma forte chuva derrubou parte da estrutura a apenas 2 semanas do início e foi necessário a contratação de mais trabalhadores para que o festival pudesse ser iniciado sem atrasos.

Cerca de 180 mil pessoas estiveram presentes no local para acompanhar (como na edição anterior) mais de 70 atrações divididas em 4 palcos, que foram rebatizados, restando apenas o eletrônico com seu nome original. Os principais foram chamados de "Energia" e "Consciência", e o palco independente foi apropriadamente chamado de "New Stage" ("Palco Novo").

O tema principal do Fórum nesse ano foi "Consciência E Atitude" e contou em seus três dias de duração com a presença de personalidades nacionais e estrangeiras, dentre elas representantes de entidades não-governamentais, acadêmicos de reconhecimento internacional, jovens talentos, e inclusive um vencedor do "Prêmio Nobel Da Paz".

Tivemos ainda como novidade uma mostra de curta-metragens e animações ao ar livre com o patrocínio da produtora italiana EcoVision, responsável por um importante festival de cinema sobre sustentabilidade.

Houve um grande desentendimento entre a equipe de produção de PETER GABRIEL e os roadies e membros do ULTRAJE A RIGOR por causa do atraso de uma hora que a chuva ocasionou no show dos brasileiros, causando muita confusão e quase chegando às vias de fato, e gerando críticas e ofensas públicas de ambas as partes. A equipe do cantor britânico exigia que os brasileiros encurtassem seu show em meia hora ameaçando cancelar o show do ex-membro do GENESIS e chegaram, inclusive, a desligar os amplificadores da banda. O público, sem entender bem o ocorrido, começou a xingar CHRIS CORNELL, que seria o próximo a se apresentar naquele palco (uma vez que os shows principais se revezam entre os palcos "Energia" e "Consciência"). ROGER, transtornado, continuava a criticar e xingar seu então "nemesis" e a produção acabou desmontando o palco antes do final do show e a banda foi praticamente expulsa do palco antes mesmo do término de seu bis "Marilou". PETER teria ligado no dia seguinte para ROGER (vocalista, guitarrista e líder do ULTRAGE) para se desculpar pelo ocorrido.

Problemas à parte o show orquestrado de PETER GABRIEL revisitou muitos de seus grandes clássicos em performances visivelmente emocionadas do cantor. No meio do show a apresentadora do canal Multishow Didi Wagner fez as vezes de tradutora e, falando ao público sobre o projeto social "The Voice Project" (que consiste em mensagens enviadas via rádio) da filha de PETER, Anna, pediu que o público gritasse "Voltem Para Casa" no dialeto do Congo, pedindo que as crianças recrutadas por exércitos e guerrilhas armadas africanas abandonassem a luta e voltassem para casa, gerando um dos momentos mais emocionantes do festival.

Outro exemplo de deselegância foi dado, como de costume, por COURTNEY LOVE (vocalista, guitarrista e líder da banda HOLE), que após vestir a camisa de uma fã e no processo deixar propositalmente seus seios a mostra, e em seguida ver um cartaz com a imagem de KURT COBAIN, começou a ofender com veemência DAVE GROHL (vocalista, guitarrista e líder do FOO FIGHTERS e ex-baterista do NIRVANA, banda do falecido KURT COBAIN, que era casado com COURTNEY). A banda chegou a abandonar o palco ameaçando ir embora e só voltou após o público atender o pedido do guitarrista MICKO LARKIN de chamar os membros do FOO FIGHTERS de gays.

O primeiro dia da segunda edição teve como principais atrações: THE BLACK EYED PEAS, KANYE WEST, SNOOP DOGG, DAMIAN MARLEY, MARCELO D2 e EMICIDA.

O segundo dia foi encabeçado pelo LYNYRD SKYNYRD, tocando pela primeira vez na América do Sul num show muito esperado e aguardado embaixo de chuva, e grandes shows de PETER GABRIEL & THE NEW BLOOD ORCHESTRA, DURAN DURAN, CHRIS CORNELL (vocalista do SOUNDGARDEN), TEDESCHI TRUCKS BAND, ULTRAGE A RIGOR e ZÉ RAMALHO, além de HOLE (no "New Stage") e RAUL BOESEL (famoso ex-piloto brasileiro de Formula Indy que também atua como DJ) no "Heineken Greenspace".

E, fechando o festival, no dia 14 a atração foi um super show do FAITH NO MORE, com grandes apresentações de ALICE IN CHAINS, STONE TEMPLE PILOTS, MEGADETH, PRIMUS, SONIC YOUTH (em sua despedida dos palcos), 311, DOWN (banda de PHIL ANSELMO, ex-vocalista do PANTERA), BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB, DUFF MCKAGAN'S LOADED (banda do ex-baixista do GUNS 'N' ROSES) e RAIMUNDOS, além de SIMPLE PLAN, no "New Stage".

O festival foi um dos grandes vencedores da cerimônia "Marketing Best Sustentabilidade 2012", além de ter sido eleito pelo "Guia Da Folha" do jornal Folha de São Paulo o melhor festival brasileiro de 2011.

A edição de 2012, que ocorreria no mês de novembro pela primeira vez na capital de São Paulo (no Anhembi), foi cancelada e transferida, à princípio, para maio de 2013, porém sem nada confirmado. O motivo teria sido a perda de duas de suas atrações principais e a dificuldade de conseguirem agendar grandes atrações, além da forte concorrência de outros festivais, como o LOLLAPALOOZA BRASIL, que trará a banda PEARL JAM como grande atração, banda que era a preferida pelos produtores do SWU. Alguns dos nomes comentados extra-oficialmente para se apresentarem nessa edição foram: SLAYER, KORN, MASTODON e OFFSPRING.

Esperemos novas edições grandiosas desse que é neste momento o maior evento musical do Brasil.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Leandro Da Silva Rico

Músico, baixista, letrista, escritor, tradutor e formado em Licenciatura em Música pela faculdade Unisantanna, em São Paulo.
Mais matérias de Leandro Da Silva Rico.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS