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Flaming Lips

Postado em 06 de abril de 2006

Biografia originalmente publicada no site Dying Days

Por Alexandre Luzardo

Adaptado da biografia do site oficial

O Flaming Lips tem uma trajetória das mais singulares de todos os tempos. É uma daquelas bandas que alimentam a mística do rock, com histórias lendárias e fatos curiosos, sem esquecer o mais importante: a música do Flaming Lips, que extrapola os limites da criatividade.

A formação da banda remonta a 1983 quando Wayne Coyne, depois de muito economizar, consegue comprar uma guitarra Les Paul. Era o ponto de partida, mas era difícil encontrar parceiros para uma banda em Oklahoma City. Foi só algum tempo depois que Wayne soube por seu irmão Mark Coyne que Mike Ivins tinha um baixo em casa. Mike não sabia tocar, mas mesmo assim Wayne o convidou para tocarem juntos. Estava nascendo o Flaming Lips, com Wayne Coyne (guitarra), Mark Coyne (vocal) e Mike Ivins (baixo). Para a bateria eles tentaram alguns caras antes de fechar com Richard English, que tomou conta das baquetas de 1984 em diante.

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Depois de alguns shows em bares da cidade, a banda aprontou uma demo e pensava em gravar seu primeiro disco. A partir de 1984, o Flaming Lips começou a se estabelecer localmente, abrindo shows de bandas hardcore que passavam por Olkahoma, Black Flag, Minutemen e Hüsker Dü dentre elas. O motivo, segundo consta, é que o Lips tinha o único P.A. de Olkahoma City, e emprestava o equipamento as outras bandas. A influência do Lips não era unicamente hardcore, mas eles enganavam bem nos shows, desde o início demonstrando uma pré-disposição a uma presença de palco bem performática. Wayne pulava o tempo todo, se jogava no chão, solava com os dentes, tudo em nome do entretenimento da platéia. Nos anos subsequentes, a banda iria ampliar muito os seus truques.

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Os planos de gravar o primeiro disco finalmente se concretizaram em 1985, quando a banda auto-financiou o EP "The Flaming Lips", lançado em fevereiro em tiragem inicial de 1000 cópias. O disco serviria para "os levarem a sério", segundo Wayne, mas serviu principalmente como um cartão de visitas para os shows da banda. Com o disco na mão, eles conseguiram se apresentar em outras cidades fora de Oklahoma. "The Flaming Lips", o disco, continha 5 músicas e tentava reproduzir o som da banda ao vivo, soando tecnicamente precário. No entanto, desde o início já estava presente no Flaming Lips uma sonoridade única, não-rotulável, diferente de tudo o que existia na época. Havia misturas de várias tendências de rock, punk, progressivo e psicodelia de uma maneira bem particular e descompromissada.

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Em 1986 a banda já tinha mandado prensar uma segunda leva de 1000 cópias do EP e estavam contatando vários distribuidores, quando a sua formação sofreu uma baixa: Mark Coyne, de casamento marcado, resolveu deixar o grupo para levar uma vida "normal". Sem fazer muita cerimônia, Wayne assumiu os vocais e banda continuou excursionando. Os shows cruzaram o país, e, quando o Lips se apresentou em Los Angeles, representantes da gravadora independente Restless Records ofereceram um contrato. Com um adiantamento de $5.000 para gravar o disco (o que a banda considerou uma fortuna), eles gravaram o disco em dois ou três dias em Los Angeles. "Hear It Is" foi lançado ainda em 1986, em vinil branco (!). A capa trazia uma foto da banda com Ivins e seu cabelo imenso em destaque. Obviamente o disco era um passo em relação ao EP, mas mostrava uma banda ainda aprendendo a desenvolver a sua identidade mutante, com levadas desconcertadas e por vezes erráticas, mas que revelavam o gosto pela experimentação e a espontaneidade. Os títulos das músicas chamavam a atenção; o que esperar de músicas chamadas "Jesus Shootin' Heroin" ou "Charlie Manson Blues"?

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Após o lançamento de "Hear It Is", o Lips conseguiu a vaga de banda de abertura no show dos escoceses do Jesus & Mary Chain em São Francisco, talvez o show mais importante do Flaming Lips até então. Foi nessa época que Michele Vlasimsky se tornou a empresária deles, e a banda excursionou por muitas cidades pelos Estados Unidos, de costa a costa. Em 1987, a Restless liberou $10.000 para o segundo disco e o Lips voltou ao estúdio para gravar um disco novo. Desta vez a gravação durou duas semanas e a banda aproveitou o orçamento para gravar em estúdios mais sofisticados. O resultado foi "Oh My Gawd!!!... The Flaming lips", o primeiro da banda a mostrar uma sonoridade mais ousada. Pela primeira vez, a banda não se limitou a recriar em estúdio o seu som ao vivo e, graças aos recursos de gravação em vários canais, o Lips conseguiu um som cheio e elaborado, no qual a banda explorou com mais propriedade as suas experimentações. Entre os destaques do álbum estava "One Million Billionth of a Millisecond on a Sunday Morning", com quase dez minutos de psicodelia, talvez a música mais ousada da banda até então.

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"Oh My Gawd..." rendeu mais uma turnê da Califórnia a Nova York. Uma das paradas para shows foi a Universidade de Buffalo, no Estado de Nova York, onde a banda fez amizade com Jonathan Donahue, da banda Mercury Rev, que trabalhava como promotor de shows. O Lips voltou a se apresentar na universidade diversas vezes. Após os shows, rolavam jams com Jonathan e outros músicos locais, que acabariam levando o Flaming Lips a uma outra direção. Foi também nessa época que Wayne fez amizade com Scott Booker, dono de uma loja de discos de Oklahoma City, mais tarde empresário deles.

Em 1988 a banda lançou seu terceiro álbum, "Telepathic Surgery", que levava adiante as experimentações de estúdio de "Oh My Gawd..." com muito overdub e samples. Hoje em dia, Wayne reconhece que em "Telepathic Surgery" eles estavam mais preocupados em descobrir até onde os recursos de estúdio poderiam levá-los do que propriamente em compor canções. O baterista Richard English começou a ficar descontente com o rumo seguido pela banda. Durante as gravações, Coyne e Ivins se propuseram a um chamado "experimento não científico" para descobrir os supostos efeitos alucinógenos de ficar mais de 30 horas acordado. Entre essas e outras, English foi ficando de canto e sua participação na gravação do disco foi mínima.

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Para a turnê de "Telepathic Surgery", Jonathan Donahue se juntou ao trio para mixar bases pré-gravadas e viabilizar o som do disco ao vivo. Depois de apenas alguns dias de turnê, English deixou a banda, e Wayne e Michael resolveram continuar com os shows. Após algumas apresentações como uma dupla (com a ajuda de Jonathan nas mixagens), Nathan Roberts assumiu as baquetas.

Durante uma passagem da turnê pelo Canadá, as coisas não estavam indo muito bem, e Jonathan resolveu dar uma mão, assumindo uma segunda guitarra no show. A partir dali sua presença na banda se tornou definitiva e o Flaming Lips agora era um quarteto, com Jonathan Donahue se dividindo entre o Lips e o Mercury Rev.

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Quando a turnê acabou em 1989, o Flaming Lips retornou para Oklahoma para preparar músicas para o próximo disco num gravador de 4 canais de Jonathan. O contrato com a Restless ainda previa um disco, mas não havia muita perspectiva de renovação e a gravadora atravessava uma grave crise financeira. A banda então se empenhou para gravar o seu melhor disco, mesmo que fosse o último. Pela primeira vez o grupo trabalhou o arranjo das músicas antes de gravar, graças à pré-produção com o gravador de quatro canais. Nesse meio tempo, o Lips foi convidados a gravar duas músicas para o Singles' Club da Sub Pop. A banda contribuiu com "Drug Machine" e um cover de "Strychnine" dos Sonics, a pedido da gravadora.

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Quando a Restless finalmente entregou o dinheiro para o próximo álbum, a banda entrou em estúdio com David Fridmann e Keith Cleversley na produção para gravar aquele que seria seu melhor disco até então. "In A Priest Driven Ambulance" foi lançado em 1990 e rendia motivos e motivos para a banda se orgulhar. A presença de Jonathan Donahue e as duas guitarras deixaram um som mais conciso e melódico. A crítica percebeu e o disco foi bastante elogiado, mas infelizmente a Restless faliu logo após o seu lançamento. De nada adiantava estarem falando bem do disco se não era possível encontrá-lo a venda. A partir dali o Flaming Lips encontrou-se numa contradição: mesmo estando no seu melhor momento artístico, o futuro da banda estava em risco. Michele Vlasimsky deixou de ser a empresária do grupo e "In A Priest Driven Ambulance" não teve turnê de divulgação. O jeito foi se concentrar em shows em Oklahoma e tentar contatos com representantes de gravadoras.

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Reza a lenda que Wayne ligou diversas vezes para a Warner com o seguinte pedido: "me coloquem em contato com a pessoa que contratou o Jane's Addiction!". Para a surpresa da banda, uma representante da Warner foi até Oklahoma vê-los tocar. O Lips quase destruiu o lugar com suas pirotecnias de palco para impressionar a moça. Nessa época a banda tinha duas máquinas para soltar fumaça e já fazia todo o tipo de maluquice performática. Depois do show, eles foram até Los Angeles para algumas reuniões. Como estavam sem um empresário, eles pediram ajuda a Scott Booker (o cara da loja de discos) para ajudá-los nas negociações. O mais incrível é que, além de conseguir o contrato, Scott voltou com um adiantamento de 175 mil dólares para o primeiro disco por uma grande gravadora.

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No entanto, as gravações foram bastante erráticas. O Flaming Lips optou por alugar um grande complexo de estúdio dentro de uma universidade em Nova York, onde tentaram todo o tipo de experimentações. Era um caos, a banda gravou guitarras tocadas no banheiro com a torneira aberta molhando tudo, gritos ecoando nos corredores, orquestras foram chamadas. Durante o processo, as relações entre da banda com o baterista Nathan Roberts foram ficando tensas e as gravações foram bastante problemáticas. O disco demorou muito para ficar pronto e o projeto tornou-se caro. A gravação com a orquestra não ficou boa, e a banda acabou optando por usar um sample da trilha do arranjador e maestro Michael Kamen para o filme "Brazil". Quando "Hit to Death in the Future Head" ficou pronto, problemas legais para a liberação do sample de Michael Kamen acabaram atrasando a chegada do disco às lojas. As críticas (bastante positivas até) na mídia já tinham saído meses antes, e, quando o disco estava propriamente à venda, em agosto de 1992, a promoção havia sido seriamente prejudicada.

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"Hit to Death..." era tão imaginativo quanto os trabalhos anteriores, mas trazia uma inclinação pop que seria explorada mais adiante no trabalho na banda.

Logo em seguida, Jonathan Donahue deixou definitivamente o Flaming Lips para se dedicar exclusivamente ao Mercury Rev, cujo primeiro álbum "Yerself is Steam" foi recebido entusiasticamente pela crítica e fez bastante sucesso na Inglaterra. O descontente baterista Nathan Roberts também desertou a banda nessa época.

Era metade de 1992 e Steven Drozd (bateria) e Ronald Jones (guitarra) foram incorporporados ao grupo. Depois de muitos shows de pouca repercussão, principalmente devido à falta de interesse no Flaming Lips já que todas as atenções estavam voltadas a Seattle, a banda retornou a Oklahoma e imediatamente começou a pensar no próximo disco. Os novos integrantes trouxeram uma explosão criativa que levou a sonoridade da banda a novas direções. Novamente contando com Keith Cleversley na produção, lançaram "Transmissions From the Satellite Heart" em janeiro de 1993. O disco trazia uma sensibilidade pop notável, ainda que inusitada, sem abandonar a identidade experimental e criativa da banda. A crítica recebeu o disco como o melhor do Flaming Lips até então.

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O Flaming Lips ficou um ano em turnê divulgando "Transmissions". Em 1994 eles foram agraciados por um hit inesperado, quando a bem-humorada "She Don't Use Jelly" atingiu o top 40 da Billboard. Isso elevou as vendas do álbum a cerca de 300 mil cópias para felicidade da Warner, que sempre investiu na banda sem o devido retorno. O sucesso inesperado abriu janelas para o Lips, como a participação no festival itinerante Lollapalooza, onde a banda continuou aperfeiçoando a sua pirotecnia de palco, com confeti, bolinhas de sabão e tudo o mais. A banda andava tão bem comercialmente que Scott Booker abandonou a sua loja apenas para cuidar dos negócios do Lips. O momento mais surreal do sucesso da banda foi um convite para participar das gravações do seriado Barrados no Baile, ao qual eles foram sem cerimônia.

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Mais turnês se seguiram, abrindo para o Red Hot Chili Peppers e depois para o Candlebox. Ao final da maratona, a banda completou três anos de estrada, descontando os dois meses em que passo gravando "Transmissions".

Durante o verão americano de 1995, o Lips foi até Chicago trabalhar no próximo disco, com o produtor Dave Fridmann. Mais uma vez, como era de se esperar em se trantando de Flaming Lips, o novo trabalho significou uma mudança de direção. "Clouds Taste Metallic" era fortemente influenciado pelo Beach Boys, numa leitura totalmente Flaming Lips, lógico. Os títulos das canções continuam um espetáculo à parte, como provam as pérolas "Psychiatric Explorations of the Fetus with Needles" e "Guy Who Got a Headache and Accidentally Saves the World".

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O disco foi lançado em setembro de 1995, numa época difícil para o rock alternativo. Várias bandas grandes tiveram uma queda na popularidade e com o Flaming Lips não foi diferente. "Clouds", portanto, não teve a mesma repercussão do álbum anterior.

A turnê se tornou um problema, já que Ronald Jones se desentendeu com Steven Drozd e ameaçou deixar a banda após alguns shows em festivais na Europa. No verão de 1996, a banda tocou seu último show como um quarteto, já que Ronald deu um ultimato a eles, no esquema "ou ele ou eu!". Wayne e Ivins optaram por Steve, que tinha uma importância fundamental nas composições. Mais uma vez, o Lips passou a lidar com bases pré-gravadas nos shows.

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Frustrado com o "racha" em sua formação, Wayne tratou de repensar toda a natureza da estrutura do som da banda, e dali surgiu uma das idéias mais malucas e revolucionárias da história do rock. Era verão de 1996, e Wayne começou a espalhar flyers entre os fãs da banda em Oklahoma City, para um "evento" organizado por ele que viria a ser o chamado "Parking Lot Experiment". A idéia consistir em distribuir diversas fitas cassete com bases pré-gravadas em que a audiência acionava nos toca-fitas de seus carros mediante o comando de Wayne. O modo em que as fitas interagiam criava uma forma de música com uma sonoridade inédita, que variava de acordo com a posição do ouvinte na "platéia". A experiência foi bem-sucedida; logo surgiram novas idéias para "canções", novas bases e Wayne repetiria a dose também com êxito. A banda apresentou a idéia para a Warner. Através de negociações comandadas por Scott Booker, a gravadora deu o sinal verde para a banda seguir adiante e lançar comercialmente o projeto. No início de 1997, o Lips entrou em estúdio novamente com David Fridmann em Nova York para trabalhar no que viria a ser "Zaireeka", uma caixa com 4 CDs para reprodução simultânea, cada um deles compondo trechos das mesmas canções. Sem dúvida, era um projeto muito ambicioso. Nas palavras de Scott Booker: "isso poderá nos fazer milionários, ou estaremos quebrados". No final das contas, não aconteceu nenhuma delas. O projeto rendeu muito prestígio e muita aprendizagem para o Flaming Lips, mas não rendeu milhões. Foram vendidas 18 mil cópias com promoção zero da Warner, o que pode ser considerado um grande sucesso para um projeto desse porte

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A banda já começava a pensar no seu próximo álbum, mas o Lips chegou a levar "Zaireeka" para a estrada. Como era impossível tocar as músicas de "Zaireeka" como uma banda, a saída foi repetir os "Parking Lot Experiments", embora a banda não optasse por quase quarenta carros num estacionamento. Depois de alguns testes, a banda colocou em prática o "Boombox Experiment" em Oklahoma City, onde mais de 30 membros da platéia acionavam toca-fitas e controlavam o volume de acordo com as coordenadas de Steven e Wayne. A banda excursionou esporadicamente levando o "Boombox Experiment" para várias cidades ao longo dos 12 meses seguintes.

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Nos intervalos dos shows de 1998, a banda trabalhava no próximo disco que foi lançado em junho de 1999, novamente com David Fridmann na produção. "The Soft Bulletin" foi recebido entusiasticamente pela crítica como um álbum surpreendente, no qual a banda usou com maestria arranjos elaborados e orquestrados em músicas que exploravam um lado emocional até então inexistente no trabalho da banda. Curiosamente, todos os integrantes haviam passado por momentos difíceis nos últimos anos. Wayne enfrentou a doença terminal do pai, Steven teve uma infecção séria que provocou risco de amputação de sua mão e Michael escapou da morte em um acidente grave no trânsito. "The Soft Bulletin" refletia essa época de dramas pessoais de forma belíssima em canções emocionantes. No fim do ano, o disco esteve no topo das mais diversas listas dos melhores de 1999, e as vendas foram suficientes para justificar o investimento da Warner. Aliás, a Warner merece aplausos pelo exemplo de tratamento de uma grande gravadora com uma banda contratada.

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Para promover "The Soft Bulletin", a banda embarcou na sua turnê mais bem-sucedida até então, contando com os já tradicionais recursos pirotécnicos: uma enorme tela de projeção de imagens as máquinas de fumaça e bolinhas de sabão, confetes e bonequinhos de pelúcia.

O incansável Wayne se envolveu em vários projetos a partir de 2001. Ele tinha em mente produzir seu próprio filme, um conto de fadas futurista sobre o primeiro natal em uma colônia humana em Marte, para o qual o Flaming Lips iria fazer a trilha sonora. Além disso, Wayne prometeu ao amigo e diretor Bradley Beesley a trilha sonora do documentário sobre pesca Okie Noodling.

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Quando a banda começou a compor músicas para seu disco seguinte, as influências dos dois trabalhos eram evidentes, com composições futuristas e eletrônicas (inspiradas no projeto Christmas on Mars) misturadas a temas mais tradicionais da trilha de Okie Noodling, que era carregada no country.

O resultado dessa mistura, aplicado a uma espécie de álbum conceitual, deu origem a "Yoshimi Battles the Pink Robots". Esse foi mais um disco surpreendente e bem-sucedido, um sucesso de crítica e com vendas modestas, mas consistentes.

Mais uma intensa turnê se seguiu com shows disputadíssimos. Em uma série de shows, o Flaming Lips atuou como banda de abertura e banda de apoio do Beck, que tinha acabado de lançar o belíssimo álbum "Sea Change". A nova turnê também trazia mais novidades pirotécnicas e estéticas, com os integrantes da banda usando fantasias de animais. Em 2002 a banda lançou o EP promocional "Yoshimi Wins", com faixas ao vivo, remixes e sobras de estúdio, que no ano seguinte foi lançado comercialmente sob o título "Fight Test". Ainda em 2003, o Lips chocou o mundo "indie" ao se apresentar no programa Top of the Pops na Inglaterra ao lado de Justin Timberlake, do N'Sync. Se a experiência teve algum significado, foi para provar definitivamente que o Flaming Lips vive num mundo bem particular, nas suas próprias regras e sem dever nada a ninguém. Ainda não foram anunciados os planos para um próximo álbum, mas, em se tratando de Flaming Lips, a única certeza é que ainda teremos muitas surpresas pela frente.

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