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Concrete Blonde

Por Allan Jones
Postado em 06 de abril de 2006

Formada em 1982, a banda consistia na bela Johnette Napolitano como baixista e vocalista e James Mankey como guitarrista. No começo eles atendiam pelo nome Dream 6. Com este nome até chegaram a lançar um EP na Europa, mas que não teve nenhum resultado significativo. Após um tempo rodando pelos clubes Californianos, eles adicionaram o baterista Harry Rushakoff.

Em 1987, surgiu o tão sonhado contrato com a I.R.S. Nesta época eles já estavam pensando em mudar o nome da banda. Procuravam algo mais forte e significativo, e escolheram o nome "Concrete Blonde".

O Concrete Blonde era híbrido, suas influências eram diversas, desde o punk rock até o movimento hard que vinha crescendo assustadoramente nos EUA. A banda agradava aos jovens pois Johnete além da beleza tinha um visual rebelde que instigava os homens. No começo a banda era tachada de gótica, mas esse estigma foi se perdendo com o tempo.

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O primeiro álbum levou o nome da banda e misturava as suas influências, músicas pesadas e com letras fortes entre outras mais sombrias, e algumas com uma levada pop.

A banda demorou um pouco até conseguir emplacar no cenário, afinal sua música não era nem um pouco convencional.

O próximo disco chamou-se "Free" e nele o Concrete Blonde mostrava sua cara. Neste álbum Johnete se concentrou apenas nos vocais e passou o baixo para Alan Bloch. O disco traz a mais forte canção da banda, "Gos is a Bullet", além de agradáveis surpresas como "Run, Run, Run" e a bela "Happy Birthday". Apesar do bom resultado conseguido no álbum, a banda ainda não tinha nenhum hit nas FM’s.

O feito só veio em 1990, com o lançamento do aclamado "Bloodletting" que trazia o primeiro hit do Concrete Blonde, a balada "Joey"... "Joey" era uma música simples mas com uma melodia muito bonita, e a letra também era bastante interessante. Neste álbum, Harry e Alan não estavam mais na formação, a banda havia voltado a ser um trio, pois Johnete e James haviam se juntado a Paul Thompson (Ex-Roxy Music).

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A banda começava a ter problemas relacionados à vocalista que estava se excedendo nas drogas.

Em 1992, entraram em estúdio novamente com o baterista Harry Hushakoff e gravaram "Walking in London" que além da excelente faixa título trazia um cover de Jame´s Brown chamado "It's A Man's Man's Man's World". O disco teve boa repercussão, mas notava-se que a banda havia caído em relação ao disco anterior.

Em seguida a banda daria um passo ousado com o disco "Mexican Moon", que continha muitas influências hispânicas. O disco emplacou o hit "Heal it up" que agradou em cheio aos fãs que esperavam por um disco ruim, já que a imprensa divulgava que a banda estava em crise e Johnete tinha constantes crises de overdose.

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Já prevendo o pior, a gravadora soltou no mercado "Still in Hollywood", que era uma compilação de seus sucessos junto de canções que foram lado B de seus singles.

Em 95, o pior aconteceu, a banda anunciou o seu fim. James e Harry se afastaram do cenário musical, enquanto Johnete passou por diversas parcerias, a primeira com a guitarrista Holy Vincent. A união rendeu boatos na imprensa de que elas eram mais do que amigas e parceiras de trabalho. O projeto batizado de Vowel Movement foi totalmente desprezado pelos fãs e pela crítica.

Logo depois viria outra parceria com Marc Moreland do Wall Of Voodoo (uma das mais fortes influências de Johnete) mas a dupla também não rendeu muito.

Enquanto Johnete dava cabeçadas, a gravadora jogava uma coletânea que continha canções como "Caroline", "Heal it up", além de um cover de "Mercedez Bens" de Janis Joplin.

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Em 1997, Johnete, que estava precisando de dinheiro, procurou James Mankey para participar de seu projeto com uma banda mexicana. Para conseguir um impacto, ela queria usar o nome Concrete Blonde. James aceitou a proposta e eles gravaram "Concrete Blonde Y Los Illegals". O disco não passou de uma mancha na bela carreira que a banda havia construído.

O retorno oficial veio em 2002, com o disco "Group Therapy". O resultado foi apenas razoável, já que na época as tendências eram outras. Neste disco podemos reparar que a banda já não exibe a energia e o vigor de outrora, e Johnete limita-se a fazer o básico. O disco está mais próximo do som psicodélico que a banda fazia no início da carreira do que do rock melodioso que lhes deu notoriedade.

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Sobre Allan Jones

É carioca, tem 23 anos e ouve rock desde pequeno. Suas principais influências são dos anos 70 e 80. Fez vários trabalhos relacionados ao rock, desde programas de rádio até promoção de eventos. Além disso, é músico e também faz trabalhos relacionados ao teatro. Oficialmente trabalha para a secretaria de fazenda de uma prefeitura de um município do Rio. Atistas prediletos: Kiss, Alice Cooper, Van Halen, Todd Rundgren, Asia, Kansas, Journey e as bandas do cenário do hard oitentista.
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