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Vanquish: nada mais do que heavy metal sincero

Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 20 de março de 2011

Na mais recente onda do metal underground brasileiro, uma série de bandas vem conseguindo conquistar certo espaço e prestígio. Entre esses nomes, os paulistas do VANQUISH chegaram recentemente ao seu primeiro álbum, intitulado "One Man Army". O grupo, que possui pouco mais de seis anos de carreira, contou com a produção do renomado Thiago Bianchi (SHAMAN) e com o apoio da gravadora Voice Music para concretizar o lançamento. Para saber mais sobre a história do grupo que une hard rock e metal progressivo, conversamos com o guitarrista Fábio Thomé.

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Em atividade desde 2004, somente agora a banda promove o seu primeiro álbum, intitulado "One Man Army". Conte-nos mais sobre a carreira do VANQUISH.

Fábio Thomé: O VANQUISH começou de forma despretensiosa com o vocalista Guilherme Falanghe e seu irmão (e guitarrista) Fernando. Após a gravação de "Crossbones" foi percebida certa aceitação por parte dos amigos que ouviam e por contatos indiretos que chegavam elogiando a banda. Então, começou-se a criar certa ambição por parte dos integrantes para fazer o negócio andar mesmo. Depois, sentiu-se a necessidade de encaixar um tecladista para melhor trabalhar as composições – para assumir o cargo foi chamado Daniel Malferrari. Na mesma época, houve alguns desentendimentos entre os irmãos Falanghe e o Fernando deixou a banda para que eu assumisse o seu posto. Estava completa a banda para as gravações do debut "One Man Army".

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Embora a questão de rotular a sonoridade de vocês não seja uma preocupação, certamente ela motiva discussões e reflexões. Como vocês definem a música de "One Man Army"? Ela pode ser considerada uma mistura entre o metal progressivo e o hard rock?

Fábio Thomé: Quanto a rótulos, pode ser considerado o que seu ouvido "disser". Não usamos rótulos e não compomos para parecer um estilo. Nós fazemos música com as vertentes do rock n’ roll – um som simples e sincero. A ideia é fazer um som para o conjunto, em que todos tenham prazer em tocar.

A demo "Crossbones" (2004) promoveu o VANQUISH ao ponto de a banda, quatro anos depois, excursionar pelo país junto com o SHAMAN. Como foi essa experiência?

Fábio Thomé: Incrível! Foi uma experiência completa. Nós passamos ótimos momentos, onde conhecemos muitas pessoas, conquistamos o apoio incrível de muita delas e vimos públicos incrivelmente empolgados. Minas Gerais, vocês são foda! (risos) Por outro lado, passamos pelo cansaço extremo em situações em que percorremos mais de dois mil quilômetros em um final de semana para fazer três shows em uma van apertada com dois roadies, um técnico de som e equipamentos. Também recebemos vaias devido a atrasos – o que traz certa (e compreensível) impaciência do público. Mas foi tudo muito válido, aprendemos demais. Sem contar a troca de experiência que tivemos com o SHAMAN e a sua equipe. Eles são excelentes companhias.

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"One Man Army" contou com a produção de Thiago Bianchi. Além de ser o vocalista do SHAMAN, ele já trabalhou com inúmeras outras bandas em estúdio. De que forma o trabalho do produtor contribuiu para o resultado final do disco?

Fábio Thomé: O Thiago é uma figura singular e está aonde devia estar – produzindo bangers! No Brasil, ele domina como ninguém esse estilo musical e traz muitas ideias que completam o material, o que é muito perceptível em quase todas as faixas de "One Man Army". Ele é ousado ao experimentar coisas novas e diferentes, isso pode trazer uma não-aceitação de alguns, mas nós só temos que agradecer essa parceria.

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Depois de gravar "One Man Army", o VANQUISH precisou substituir o baixista Guilherme Reis por Caio Afiúne. A mudança implicou algum novo direcionamento na sonoridade da banda?

Fábio Thomé: Antes de tudo, queremos deixar claro que essa mudança ocorreu por motivos profissionais por parte do Guilherme Reis. Como todos conhecem a realidade atual da nossa cena, é impossível viver de metal no Brasil e todos nós trabalhamos para manter a banda. Nesse caso, o Guilherme teve uma ótima oportunidade e foi trabalhar no México. Porém, o Caio certamente trouxe novas ideias e concepções, principalmente pela formação dele ser para o lado jazzista. Ao vivo ele agregou no peso (com seu baixo de seis cordas) e nas linhas junto com a bateria.

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Como está sendo a repercussão do disco? As ótimas "The New Song" e "Time Will Tell" são as músicas que mais vem chamando a atenção do público e da crítica?

Fábio Thomé: Por incrível que pareça, não! Isso nos surpreendeu também. As músicas que têm tido maior destaque são as mais experimentais, como "One Man Army" e "Metal Madness".

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A capa de "One Man Army" é muito enigmática e foi desenhada apenas com as cores preta e branca. O conceito dela possui alguma relação com o título do disco?

Fábio Thomé: Sim, mas infelizmente não conseguimos o efeito que queríamos. Muitas pessoas vêem a bola branca como uma bola de boliche ou sinuca. Não! Não é nenhum dos dois, mas sim a visão do peão branco contra todo exército pronto para o confronto.

"One Man Army" saiu aqui no Brasil via Voice Music. Como vem sendo o trabalho ao lado da gravadora?

Fábio Thomé: Ficamos muito felizes pela Voice nos acolher. É muito difícil uma banda em começo de carreira conseguir uma gravadora, principalmente se tratando do cenário atual em que se tem uma péssima vendagem de CD’s e impostos excessivos, que dificultam uma recuperação desse mercado.

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O próximo passo do VANQUISH é uma nova turnê, mais ou menos como aquela feita ao lado do SHAMAN no passado, ou vocês já pensam em iniciar o processo de composição de um próximo álbum?

Fábio Thomé: Nada disso está descartado. Por que não os dois? Mas, para ser sincero, estamos em uma pequena pausa, pois nosso baterista está em Los Angeles se qualificando em um curso de produção musical. No entanto, nós fazemos o que as oportunidades nos permitem. Infelizmente nós não temos empresário ou agenciador, o que dificulta um pouco nossa trajetória, mas nunca ouvi falar que a vida é fácil... Então estamos ai!

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Na opinião de vocês quais são as principais dificuldades que as bandas do underground brasileiro enfrentam diariamente? A internet tem ajudado ou prejudicado o trabalho de grupos iniciantes?

Fábio Thomé: A internet é fantástica! Pena que as gravadoras não souberam aproveitar essa ferramenta quando deveriam e, em vez disso, foram contra. No entanto, temos um Myspace (www.myspace.com/vanquishtheband) que traz informações de quem nos ouve. Porra! Nós temos mais ouvintes no exterior do que no Brasil! Ouvintes que vão desde Japão, Estados Unidos, Canadá até Ucrânia, Vietnam e Malásia! As maiores dificuldades das bandas do underground creio que sejam as pessoas. O preconceito é muito grande e qualquer coisa é motivo para estragar com a imagem de qualquer banda.

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Obrigado pela entrevista. Deixo esse último espaço livre para as considerações finais de vocês.

Fábio Thomé: Nós é que agradecemos! Gostaríamos de deixar um abraço para os leitores e colaboradores do Whiplash! e também para todas as pessoas que acreditam na gente, como o pessoal da rádio Metal Militia, Rômel ([email protected]), que é um cara que faz um trabalho muito legal com as bandas que estão começando e o principal, acredita no bem que faz! Agradecemos também a Voice, ao nosso produtor Thiago Bianchi e gostaríamos desejar muito sucesso para uma banda curitibana que está lançando seu debut nesse ano e que tivemos o prazer de dividir o palco algumas vezes, o KATTAH.

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Sobre Paulo Finatto Jr.

Reside em Porto Alegre (RS). Nascido em 1985. Depois de três anos cursando Engenharia Química, seguiu a sua verdadeira vocação, e atualmente é aluno do curso de Jornalismo. Colorado de coração, curte heavy metal desde seus onze anos e colabora com o Whiplash! desde 2000, quando tinha apenas quinze anos. Fanático por bandas como Iron Maiden, Helloween e Nightwish, hoje tem uma visão mais eclética do mundo do rock. Foi o responsável pelo extinto site de metal brasileiro, o Brazil Metal Law, e já colaborou algumas vezes com a revista Rock Brigade.
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