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Nine Inch Nails: A Inquisição Espanhola

Por Suelen Pareico
Fonte: Nineinchnails.com.br
Postado em 10 de abril de 2009

Nós conversamos com Trent Reznor para fazer perguntas que ninguém nunca ousou fazer! Tipo, por que você se sentiu atraído por Courtney Love? E mais… Ele parou de beber e mudou de vida; é cercado pelas fãs que saem dos shows e não está afim de aprovar um desenho do NINE INCH NAILS feito pela Looney Tunes…

Matéria enviada ao Whiplash! por Camila F.]

O site Metal Hammer publicou uma entrevista com o líder do NINE INCH NAILS, Trent Reznor. Confira abaixo a tradução:

Hammer: Eu devo ter lido um milhão de entrevistas suas e ainda acho que não sei nada sobre você. Por que isso?

Reznor: "Bem, acho que tenho sido brutalmente honesto nas entrevistas. E não sou eu que faço as perguntas. As pessoas me enchem dizendo, ‘Você fica repetindo as mesmas coisas’ e eu digo, ‘Bem, me perguntam as mesmas coisas e eu tenho que dizer a verdade. Existe muitas maneiras de enrolar e fazer as coisas ficarem mais interessantes.’ Parte disso deve-se ao fato de que coloquei minha alma nas músicas que compus. Emocionalmente, dei muito mais do que me deixa a vontade. Aspectos da minha vida que tem a ver com compor música estou disposto a falar; os outros, quero me reservar por duas razões. Uma é para me manter são e a outra, de igual importância, é que existe um valor em manter algum mistério."

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Hammer: Que pergunta inédita você gostaria que os jornalistas fizessem?

Reznor: [longa pausa] "A pergunta acabou de ser feita!"

Hammer: Sim, você tem muitas seguidoras. Você se considera um garanhão?

Reznor: [rindo] "Nem sei como responder a isso. Se eu preferia ver somente caras quando eu olho para o público? Realmente não. Vamos dizer que em termos de música, tradicionalmente, o papel do metal tem sido lidar com ansiedade masculina, ansiedade adolescente, talvez algo que ajude a definir o indivíduo através da agressividade. Este elemento existe na música que eu faço. Mas existe também um elemento confessional que pode atrair as fãs femininas. É estranho. Olho para o público agora e vejo uma grande mistura de pessoas. O mesmo cara que estava ali há 10 anos; ele ainda está lá e ainda é o mesmo. Têm pessoas mais velhas, pessoas normais. Então, têm os góticos. Na verdade, deixei o Brixton Academy ontem à noite para voltar para o hotel e havia somente dois passos entre o local e a porta do carro. E foi como ‘A Madrugada dos Mortos’! [começa a rir]. As pessoas eram empurradas contra o vidro do carro. E os fãs pareciam zumbis também!"

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Trent, você permitiria a Warner Brothers fazer um desenho do Looney Tunes como uma paródia de sua banda chamada March of the Porky Pigs?

Reznor: [Depois de uma longa pausa] "Não. Provavelmente não farei isso."

Hammer: Já acabaram suas idéias para aparecer nos vídeos sem que a gente consiga olhar direito para você?

Reznor: "Ainda tenho alguns truques na manga, então ainda não!"

Hammer: Você é um artista e obviamente tem controle total em como você quer se apresentar para o mundo. Por qual processo você passa para fazer um vídeo promocional ideal?

Reznor: "Bem, pensei muito em como responder isso, pois, a verdade é que não parece muito artístico. Mas o fato é que quando terminamos um disco, temos 20 músicas que cortamos para 12 ou 13. Abri isso para uma discussão entre alguns confidentes para ver qual era o consenso. Se todos concordassem que determinadas 3 ou 4 músicas eram as melhores, então levava isso em consideração para definir a sequência final. Hoje, eu tenho algumas pessoas na Interscope que confio e acho que são bons no que fazem, isto é, colocar singles nas rádios. Isso é uma coisa que eu não ligo porque não escuto rádio. Então digo a eles, ‘O que fará sua vida mais fácil?’ Vejo isso como marketing.

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Hammer: É estranho, você trabalha muito para fazer uma ótima música e então você depende de um jovem diretor que está tentando uma carreira no cinema para apresentar seu trabalho.

Reznor: O último, eu fiz com David Fincher [O vídeo de ‘Only’ - Fincher é o diretor de Se7en e Clube da Luta], cujo trabalho tenho grande admiração. Fiquei satisfeito com o resultado, mas para mim, é mais marketing do que arte."

Hammer: Diga três pessoas que se desintoxicaram e ainda fazem boa música e três que se desintoxicaram e não fazem mais boas músicas.

Reznor: "Seria difícil para mim fazer isso porque realmente não verifiquei quem está… Acho que só posso responder isso sob minha perspectiva. Está muito claro para mim que o papel das drogas e do álcool na minha vida não é criativo. Não é como se estivesse pensando, ‘Preciso de uma idéia, então tenho que me drogar.’ Não estou dizendo que as idéias vinham daquele estado, mas geralmente meu motivo para ficar chapado era que eu me sentia melhor comigo mesmo. Era para me ajudar a passar o dia ou para me ajudar a subir no palco ou fazer uma entrevista ou somente para levantar de manhã. Definitivamente atrapalhou minha habilidade criativa nos últimos anos. Não conseguia pensar. Eu ouvia as pessoas dizendo que heroína era inspiradora, mas não sei, não era meu lance. Posso dizer que cocaína e álcool não levam à composições legais."

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Hammer: Você sabe o quanto pedantes, condescendentes, agressivos e geralmente hostis seus fãs são nos fóruns do NIN?

Reznor: "Percebi isso, sim! [rindo] Na verdade, tive que fazer um pacto comigo mesmo de me distanciar da droga da internet por um tempo, pois estava numa missão de não me sentir um merda. Por exemplo, quando estava no meio de um processo com meu ex-empresário [John Malm] – que foi meu melhor amigo por muito tempo – estava me imaginando enchendo ele de porrada. Estava com muita raiva e nada de bom veio disso; não havia nenhum pensamento racional e nada que eu podia fazer. Não podia mudar a situação. Decidi depois de um tempo dizer, ‘tenho pessoas competentes perto de mim que podem cuidar de coisas desse tipo. Só me deixem saber quando preciso estar ciente de alguma coisa’. Não podia acreditar em como me senti bem depois disso. Isto se aplica na internet. Ficar chateado com garotos de 12 anos escrevendo por trás da 'proteção' do anonimato e falar merdas a seu respeito… tipo, ‘Vão se fuder garotos!’"

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Hammer: Por que muitas de suas colaborações não renderam frutos?

Reznor: "Boa pergunta. Existe uma resposta diferente para cada um deles, provavelmente. Com o Rob Halford [2wo], gostei do que ele fez naquele disco, mas somente isso. Acho que ele ficou com medo. Ele voltou para o Judas Priest e não se importou mais com ele [o projeto]. A decisão é dele e não o culpo. Com o Zack de la Rocha, nós fizemos umas músicas ótimas juntos mas ele não estava pronto para lançar um disco. Com Maynard James Keenan, nós dois entramos nessa com a falsa impressão de que era uma democracia e o resultado foi medíocre. Eu não iria lançar um disco pela metade. Por que era isso que a música que fizemos era, pela metade."

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Hammer: Nós falamos sobre o NIN entrar e sair de moda. Tendo vendido todos os ingressos dos shows da turnê, pode-se dizer que vocês são legais de novo?

Reznor: "É difícil para mim julgar isso. Esperaria que não olhassem para a gente com se fôssemos uma relíquia. Só estou tentando fazer o melhor."

Hammer: Eu viajei para a Alemanha para ver vocês em Oberhausen no Area 4 Festival. Enquanto vocês tocavam ‘Starfuckers Inc.’ você começou a falar com a multidão, mas não consegui ouvir o que você disse. Parecia ser algo sobre lingüiças, mas eu e minha irmã não conseguimos decifrar.

Reznor: "De alguma forma Deus estava falando através de mim num estado de transe [rindo]. A Alemanha foi um lugar difícil para nós por causa do espectro do Rammstein e seus lança-chamas. A gente estava tocando muito e foi um dos públicos mais mansos e moderados que já tivemos. Quando chegamos no ‘Starfuckers,’ às vezes algumas pessoas cantavam junto, mas era como estar numa biblioteca. Eu acho que disse, ‘Shhh! Quietos! Façam silêncio! Suas barrigas estão cheias de linguiças!’"

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Hammer: O que te atraiu em Courtney Love?

Reznor: "Nada nunca me atraiu em Courtney Love. Sabe, na verdade eu não quero nem dizer esse nome."

Hammer: Você sabe que quando ela começou a sair com Kurt Cobain, Julian Cope [músico dos anos 80 ex-amante de Love] pagou uma página inteira de anúncios na NME dizendo ‘Nos Livre de Nancy Spungen-Viciada em Heroína Que Gruda Nos Nossos Melhores Grupos de Rock E Chupa Seus Cérebros’?

Reznor: "[Rindo] Maravilhoso! Eu lembro vagamente de ter ouvido isso."

Original:
http://www.metalhammer.co.uk/uncategorized/nine-inch-nails-interview-the-spanish-inquisition

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[Tradução de Suelen Pareico]

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