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Niko Skorpio, um dos pioneiros do Funeral Doom

Por Emanuel Seagal
Fonte: Metalist
Postado em 29 de maio de 2008

Os anos noventa trouxeram diversas mudanças no mundo da música, e o início deste período viu o nascimento de um dos mais lentos e pesados gêneros musicais já vistos, o Funeral Doom.

PANTHEÏST, DOOM:VS, MOURNFUL CONGREGATION, SHAPE OF DESPAIR, WORSHIP, SKEPTICISM e tantas outras bandas tem como precursor deste gênero um grupo chamado THERGOTHON, que lançou apenas a demo "Fhtagn nagh Yog-Sothoth" e um álbum chamado "Stream From the Heavens", antes de encerrar atividades.

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Niko Skorpio, que foi vocalista e tecladista desta lendária banda, encontra-se atualmente afastado não somente do doom metal mas da cena metal como um todo. Recentemente o músico foi entrevistado pelo webzine israelense Metalist, onde falou sobre os tempos do THERGOTHON e suas atividades atuais, confira alguns trechos:

Metalist - E sobre seus outros projetos? Quais deles estão ativos?

Niko - "Atualmente está ativo o HAERETICI 7O74, meu duo com Ovro. Após uma pausa de um ano, devido a outros compromissos, nós estamos preparando material para futuras performances ao vivo e novos lançamento. No momento todos os outros projetos (REPTILJAN, KAAOS IN ECCENTRIS, RAJAPINTA...) estão parados, para serem reativados no futuro ou não, o tempo dirá".

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Metalist - Agora voltando um pouco no tempo, você é considerado, juntamente com outros membros do THERGOTHON, um dos pais do Funeral Doom. Voltando a este ponto no tempo, qual era a lógica por trás da criação da música que você fazia. Quais eram suas influências?

Niko - "Eu acho que a lógica era simplesmente que nós estávamos totalmente cansados da onda Death Metal que tinha se firmado naqueles dias, e decidimos nos distanciar daquilo o máximo possível. Ao mesmo tempo nós estávamos muito impressionados por outro tipo de música como BLACK SABBATH, PINK FLOYD, THE DOORS, PARADISE LOST, DEAD CAN DANCE, JOY DIVISION, etc, e aquilo provavelmente influenciou nossas criações mais ou menos".

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Metalist - O compasso lento que a banda utilizava e a paisagem sônica que retratava, criou uma imagem bastante sombria, isso foi por causa de um estado depressivo enquanto escreviam o material, ou puramente uma direção musical da banda?

Niko - "Em retrospecto, eu diria que foi uma direção musical ditada pelo crescente estado depressivo com o qual todos parecíamos lidar naquela época. O compasso lento veio naturalmente e nos serviu bem como uma espécie de contêiner aspirador de emoções negativas".

Metalist - O que causou a fascinação por HP Lovecraft? Você ainda usa sua escrita e idéias como fonte de inspiração?

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Niko - "Naquela época eu havia descoberto há pouco o trabalho de H.P. Lovecraft e o tão chamado 'Cthulhu Mythos', e evidentemente achei incrivelmente inspirador. Suas descrições sobre o outro mundo encontraram alguns fortes acordes em mim. Apesar dele não ter sido uma inspiração direta para mim há um longo tempo, eu acho que a 'vibe' particular em algumas de suas estórias teve um efeito tão profundo em mim que continua guiando minhas escolhas estéticas em algum nível".

Metalist - Por que você se distanciou do mundo Heavy Metal assim que o THERGOTHON acabou? Foi uma completa e total separação ou foi uma mudança gradual em direção a música que você cria agora?

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Niko - "Em algum ponto, no início de 1993 eu acho, foi uma total separação em algum nível, no sentido que eu sentí que toda a cena metal e eventos estavam me sufocando e eu seriamente precisava sair. Eu havia encontrado anteriormente outros tipos de música (como COIL, DEAD CAN DANCE, JOY DIVISION, FIELDS OF THE NEPHILIM, LUSTMORD, SIGILLUM S, etc) que neste ponto serviram como chave para me abrir a uma nova realidade no geral".

"Isso começou já nos tempos do THERGOTHON, no entanto. No tempo que estávamos gravando 'Stream From the Heavens' nós ficamos cansados da maioria das coisas Metal. Eu acho que por um momento havia até mesmo uma idéia de trocar todas as guitarras distorcidas e vocais guturais por sons limpos! Em retrospecto, lembrando das circunstâncias e nossa (falta de) experiência, eu acho que isso teria sido um desastre. De uma forma ruim. Por que eu saí? Bem, eu tenho ouvido quase exclusivamente Heavy Rock e Metal desde os oito anos ou quase, começando com KISS e IRON MAIDEN (como quase todas as crianças do meu tempo) e desde então procurando por algo mais extremo".

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"Eu acho que no início dos anos 90 a evolução em direção ao 'extremo' chegou ao seu zênite (ou nadir, se você preferir) com Death Metal e Black Metal, no ponto no qual parecia que havia milhões de bandas fazendo exatamente a mesma coisa. nenhuma evolução, tudo já havia sido ouvido antes, e então veio a 'filosofia' que isso não deveria evoluir, vamos no lugar disso agir como uma retardada família tocando os mesmos riffs e repetindo os mesmos slogans estúpidos tudo de novo. Adicione a isso as idéias nacionalistas e fascistas que alguns da crescente cena Black Metal começaram a expressar, e eu me encontrei totalmente alienado daquilo que me cercava. Então eu segui em frente e encontrei melhores e diferentes formas de 'extremidades' em muitos outros tipos de música".

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"De qualquer forma, na prática a mudança foi gradual, eu ainda estava editando o fanzine Hammer of Damnation e havia demos e coisas do tipo chegando diariamente, e pelo respeito e lealdade remanescente eu tinha que continuar lidando com isso por algum tempo. Infelizmente algumas bandas provavelmente ganharam resenhas pobres e injustas simplesmente porque eu estava de saco cheio de clichês no trabalho deles que possivelmente seria impecável sob outras circunstâncias".

Metalist - O quanto você continua acompanhando o gênero que você ajudou a conceber? Funeral Doom em sua forma atual? Quais são suas visões a respeito disso?

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Niko - "O termo Funeral Doom apareceu alguns anos depois, naquele momento era chamado Doom/Death ou algo do tipo, e obviamente não havia cena para aquilo, apenas algumas bandas junto com a grande cena Death Metal. Eu estou a par de bandas como SKEPTICISM, ESOTERIC e EVOKEN, mas eu não tenho realmente acompanhado a cena mesmo. Eu posso ouvir as coisas que vem em meu caminho, e eu gostei de ouvir CORRUPTED e NORTT, por exemplo, mas fora isso meus interesses estão em outro lugar".

Metalist - Em que sentido o Funeral Doom e seu trabalho atual é similar, ou dissimilar?

Niko - "Eu não gosto de rotular minha música, eu acho que isso cabe aos ouvintes decidirem".

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Para conferir a entrevista completa acesse este link.

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Sobre Emanuel Seagal

Descobriu o metal com Iron Maiden e Black Sabbath até chegar ao metal extremo e se apaixonar pelo doom metal. Considera Empyrium e X Japan as melhores bandas do mundo, Foi um dos coordenadores do finado SkyHell Webzine, escreveu para outros veículos no Brasil e exterior, e sempre esteve envolvido com metal, seja com eventos, bandas, gravadoras ou imprensa. Escreve para o Whiplash! desde 2005 mas ainda não entendeu a birra dos leitores com as notícias do Metallica. @emanuel_seagal no Instagram.
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