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Scelerata: lançamento mundial e muito trabalho

Por Ronan Dannenberg
Postado em 23 de janeiro de 2007

Não são poucos os grupos e músicos de Metal que se originaram no Rio Grande do Sul e alcançaram sucesso mundial. Podemos citar casos como o Krisiun - que dispensa comentários em relação à qualidade e sucesso - e músicos como Aquiles Priester, que saiu da banda gaúcha Hangar para dominar a bateria do Angra. No encalço ou até antes disso, muitas bandas e artistas tiveram destaque. Entre elas a Scelerata vem conquistando um bom espaço no cenário nacional e mundial. Recentemente, o quinteto formado por Carl Casagrande (vocal), Bruno Sandri e Maguns Wichmann (guitarras), Gustavo Strapazon (baixo) e Francis Cassol (bateria), assinou contrato com a MTM/SPV e terá seu disco "Darkness and Light" lançado na Europa, Estados Unidos e Canadá. O álbum já foi lançado no Brasil, Japão e outros países da Ásia. Além disso, a banda vem fazendo importantes shows, como ao lado do Deep Purple, Edguy e Angra, alcançando um sucesso baseado em muito trabalho. Com a palavra, Carl Casagrande e Gustavo Strapazon.

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Primeiramente, não podemos deixar de ressaltar o lançamento do álbum "Darkness and Light" em toda a Europa pelo selo MTM/SPV. É um passo de tantos já dados e de outros que virão. O que podem comentar a respeito?

Carl Casagrande - De fato esta foi mais uma grande conquista, pois já havíamos negociado com outros selos, os quais não pareciam ser os ideais aos objetivos do Scelerata. Já tínhamos o disco lançado em toda Ásia, incluindo Japão, China, Coréia e Taiwan, através da Spiritual Beast, no Brasil pela Voice Music e no Chile através da Koventry Records. Faltava ainda chegar onde poucos grupos vem conseguindo, que é entrar pela porta da frente na Europa. Quem nos contatou foi Mat Sinner (N. do E.: Primal Fear, Sinner), o qual externou o alto interesse da gravadora em nos pegar como alta prioridade dela. Vem sendo com ele as negociações promocionais e futuras do grupo por lá. O lançamento é em toda Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá, o que nos deixou muito mais felizes e só temos a agradecer ao Mat e demais amigos da MTM/SPV pelo tremendo apoio e confiança em nós!

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É verdade. Tanto que a banda mostra uma evolução muito grande, desde a formação inicial, a junção com a banda Holyfire e a atual fase. Como vocês encaram esse crescimento?

Gustavo Strapazon - É natural. Desde então, a banda fez muitos shows e gravamos nosso CD. Tudo isso acaba contribuindo com o crescimento.

Aliás, como o Scelerata começou?

Gustavo - Eu, Bruno e Francis tínhamos uma banda instrumental chamada L.E.R. .Nossa intenção, desde aquela época, era de ter uma banda de Heavy Metal com vocal. Continuamos nessa situação até que encontramos o Carl. O nome L.E.R. já não tinha mais a ver com nossa proposta. Então passamos a nos chamar Scelerata.

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Bom, falando do disco, "Darkness and Light" não chega a ser um disco fantasioso, falando de temas mais reais, encarados dia-a-dia pelo ser humano. Qual a razão da escolha desta temática?

Carl - Vivemos em um planeta totalmente no caos, o qual tenta nos iludir das mais diversas formas que tudo esta indo bem. A confusão que nos é feita nos leva a cada dia crermos em bobagens as quais tendem a nos confundir mais, sempre. São fatores decisivos nas vidas de crianças e adolescentes, os quais buscam auto-afirmação. Creio que o questionamento pessoal, espiritual, independente de religião, seja uma forma interessante de buscarmos sabedoria, paz e felicidade. É justamente isso que queremos levar ao nosso público.

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Sobre a produção do álbum, a banda contou com Dennis Ward, renomado produtor. No quanto isso foi importante na composição do disco e como foi trabalhar com ele?

Carl - Foi ótimo! O Dennis é super competente no que faz e reconhecido por seu trabalho ao lado de artistas como Pink Cream 69, Michael Kiske, Kreator,. Entre outros. Ele foi sempre muito atencioso conosco e com o material que estava em suas mãos!

O disco ainda tem uma série de participações especiais. Comentem cada uma delas.

Carl - A música "A Spell of Time" conta com a participação de Edu Falaschi (N. do E.: Angra, Almah). Queríamos uma voz para fazer uma espécie de diálogo. Além disso, eu tenho uma amizade e um respeito enormes pelo Edu. Convidei ele, que topou na hora participar! Em "Endless", a música originalmente tinha um solo de teclado fazendo o som de um acordeão. Nós sempre falamos em chamar o Renato Borghetti. O Magnus entrou em contato com ele que, para nossa surpresa, achou muito interessante a idéia. Claro, para gente é uma honra! Ainda há "Darkness and Light", em que Thiago Bianchi, que foi co-produtor do CD, cantou. A idéia é a mesma de "Spell of Time", ou seja, ter uma voz para dar mais um brilho na música. E o Thiago possui uma voz incrível, sabendo trabalhar todas as suas regiões com muita destreza.

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Abordando as músicas em geral, o público mostra gostar muito de duas faixas do disco, de acordo com a enquete colocada no site oficial da banda, são elas "Spell of Time" e "Adonai". Qual a opinião de vocês a respeito?

Gustavo - Quando fazemos nossas músicas, fazemos todas para serem as melhores. Mas é claro que o público acaba elegendo suas preferidas. Realmente essas duas são muito fortes e sempre acreditamos nelas.

O disco conta com uma variedade rítmica muito boa, com momentos que passam por diversos gêneros do Metal. Isso é uma tendência, para não cair em mesmice, ou era o real desejo da banda?

Gustavo - As duas coisas. Gostamos de muitos gêneros de Metal e temos influências bem diversas. Por outro lado, há sim uma preocupação com a dinâmica do disco como um todo, não é nossa intenção que o disco pareça ter só uma música do começo ao fim.

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"Holyfire" era uma música originalmente criada pela banda de mesmo nome. Ela sofreu algumas adaptações, como no refrão e no vocal. Qual a explicação pelas alterações?

Carl - Ela ficou, na verdade, basicamente na mesma formatação que o Magnus deu a ela originalmente. Eu apenas a adaptei e interpretei conforme meu estilo vocal.

"Eminence" é o single da banda e uma das provas de que a Scelerata tem um grande conjunto, principalmente se falarmos na dupla de guitarras. Porque a escolha dessa faixa para ser o single?

Carl - Esta foi uma das faixas que mais gostei de gravar e é, sem dúvida, uma das minhas preferidas do disco. "Eminence" é muito direta. É uma faixa curta, com um vocal bem variado, desde graves a agudos e um refrão muito forte, além de ter um solo bem dinâmico, sem dezenas de notas por segundo (risos).

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(risos) Mas, mesmo não tendo exageros em termos instrumentais e aproveitando a pergunta anterior, a banda mostra muito entrosamento, com uma excelente técnica de todos os integrantes. Como é ter que mostrar garra, como vocês vêm exibindo, e técnica, tornando o som não só de fácil assimilação, mas de grande qualidade?

Carl - Bom, realizamos cerca de 15 shows em dois meses. Tocamos em palcos enormes, como do Claro Hall, no Rio de Janeiro, a palcos menores, como no excelente Il Brasco, em Novo Hamburgo. Ensaiamos muito antes da tour começar e fizemos shows em todos os finais de semana desde o lançamento do disco. Isto trouxe uma maturidade à banda enorme, a qual vem se refletindo na explosão dos shows.

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O clipe de "Eminence" ganhou o Galgo de Ouro, em Gramado (RS), na categoria vídeo-clipe. Como foi receber esse prêmio?

Carl - Nós acreditamos muito neste clipe, pois foi um trabalho feito com muito carinho por toda a equipe de produção. Ele nos abriu portas em vários veículos televisivos, saiu como faixa multimídia bônus no Brasil e Europa, além de ter sido lançado no Japão uma edição "deluxe" do disco, o qual conta com um DVD bônus onde traz o making of e o clipe de "Eminence". Vencer o Galgo de Ouro em Gramado foi algo tipo receber um MTV ou Grammy Awards sabe (risos)? O Festival de Cinema de Gramado é o maior festival do gênero na América Latina! Tudo muito "glamourizado". E nós como únicos representantes do Heavy Metal nacional irmos lá e ganhar! Foi demais!

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Quanto às apresentações, a banda realizou uma tour nacional com o Edguy, abriu o show do Deep Purple em Porto Alegre e, ainda, o do Angra. Qual a expectativa de shows fora do país e como a banda avalia as apresentações já realizadas?

Carl - Os shows foram muito valiosos para o Scelerata como um todo. Os shows com Edguy realmente foram incríveis e só temos a agradecer a eles e a todos da CIE Brasil, os quais nos possibilitaram tal experiência. Procuramos dar nosso máximo em todos os shows, seja ele em um local pequeno para 300 pessoas, seja ele em um Gigantinho lotado para 7 mil pessoas, fato este realizado ao lado do Deep Purple. Estamos trabalhando muito e acreditamos que em breve consigamos alcançar alguns objetivos mais.

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A banda ainda trabalha em "Darkness and Light", mas já deve estar pensando no próximo passo. Quando teremos um novo disco e o que se pode adiantar dele?

Carl - Continuamos na divulgação do "Darkness and Light" e com nossas atenções voltadas a ele. Devemos seguir com shows em Santa Catarina, Paraná e São Paulo em fevereiro e março. Mas, obviamente, que já estamos com idéias e músicas para um próximo álbum sendo trabalhadas.

Bom, galera, deixo aqui meus parabéns pelo crescimento, qualidade e sucesso que a banda vem obtendo. Obrigado pela entrevista. Fica aqui o espaço reservado para considerações finais. Valeu!

Carl - Nós é que agradecemos o espaço. Continuaremos trabalhando muito sério, com força, honestidade e humildade sempre, cultivando amizades e parceiros. Gostaríamos de agradecer muito aos nossos fãs, que compraram 1.000 discos em dois meses de lançamento. Com a força e apoio deles temos certeza que anos de muita alegria se seguirão! Saúde e paz. Fiquem todos com Deus!

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Sobre Ronan Dannenberg

Jornalista, gaúcho e gremista. Adora Rock'n'Roll, principalmente a esfera Heavy Metal. Realiza pesquisas dentro do assunto, principalmente dentro da identidade da música na comunicação. Analisa música como música, deixando de lado o gosto na hora da crítica, pois não se avalia algo pelo que se admira, e, sim, pela qualidade. É fã de Iron Maiden, Megadeth, Metallica (antigo), Angra, Helloween e Gamma Ray. Contudo, admira grupos dos mais variados e infinitos subgêneros do nosso amado Heavy Metal.
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