A mudança de opinião de Bruno Sutter sobre a depressão após morte de Fausto Fanti
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de fevereiro de 2022
O músico e humorista Bruno Sutter trabalhou com Fausto Fanti por diversos anos no programa Hermes e Renato. Após o suicídio de Fausto em 2014, acarretado pela depressão, Sutter explicou que sua visão a respeito da doença mudou completamente.
Bruno Sutter - Mais Novidades
Em entrevista ao Flow e com trecho selecionado pelo Cortes Podcast, Bruno Sutter relembrou o período em que resolveu sair do Hermes e Renato e disse que sempre manteve uma boa relação com Fausto Fanti.
"Quando o Fausto morreu, eu já tinha saído do Hermes e Renato. Já não tinha muito contato com eles. Nossa separação foi de boa. Eu falei que não aguentava mais fazer o programa Legendários. Estávamos presos artisticamente. Resolvi voltar para a MTV como Detonator e o Marcos Mion entendeu. O Fausto me apoiou. Ele disse ‘vai, mas quando você voltar vai ficar chato para você’. Ele falou com carinho. Ele ficou meio puto, mas não tretou. Fizemos uma carta aberta um elogiando o outro. De uma certa forma, isso abriu portas para que o Hermes e Renato voltasse para a MTV", recordou.
Sobre como se sentiu quando descobriu que Fausto havia morrido em função da depressão, Bruno Sutter disse que nunca achou que ele fosse acometido pela doença. Em sua visão, uma pessoa deprimida era aquela que não saía da cama.
"Quando o Fausto morreu, foi algo surreal. Sempre o achei um cara mal humorado. Até pesquisei uma doença chamada distimia que é a doença do mal humor crônico. Nunca imaginei que o Fausto tinha depressão crônica. Achava ele ranzinza. Ele era meio Ritchie Blackmore, do Deep Purple, que era o líder, mas era ranzinza. Achava que era isso. Então, a morte dele serviu para orientar muitas pessoas a respeito da depressão. Nunca imaginaríamos que o líder intelectual de um grupo tivesse depressão. Pensávamos, erroneamente, que o cara que tem depressão é aquele que não consegue levantar da cama. Não é isso. É o cara que tem uma vida totalmente normal, mas tem uma tristeza profunda que não sabe o motivo", disse.
Em outro trecho, Bruno Sutter citou um exemplo de ocasião em que tudo parecia bem, mas Fausto não conseguia ter a "liberdade de curtir o momento".
"Tiveram shows do Massacration que foram nosso auge, como o Abril Pro Rock. Quando acabava o show, todo mundo estava ‘Caralho! Caralho!’ e o Fausto na dele. A gente perguntava o que tinha acontecido e ele dizia: 'Pô, você está falando demais entre as músicas’. Focadão. Parecia que ele não se dava a liberdade de curtir o momento. Ele estava sempre muito perfeccionista. Não sei se isso fazia parte. Na época, não entendia. Pensava que ele não gostava de mim. Ele falava aquelas coisas, isso me deu uma nóia. Esse foi um dos motivos pelos quais saí do Hermes e Renato. Quando ele morreu e soube que era depressão, fiquei arrasado. Isso me trouxe um turbilhão de sentimentos muito esquisito", concluiu.
Confira a entrevista completa abaixo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Cinco grandes bandas de heavy metal que passarão pelo Brasil em 2026
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
O rockstar que não tocava nada mas amava o Aerosmith; "eles sabiam de cor todas as músicas"
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
Clemente (Inocentes, Plebe Rude) sofre infarto e passa por cirurgia
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
Mingau aparece sorrindo em vídeo de reabilitação e família atualiza recuperação do músico
O músico a quem Eric Clapton devia desculpas e foi ao show para fazer as pazes
Os 50 melhores discos de 2025, de acordo com a Metal Hammer
Dave Mustaine escolhe o guitarrista melhor do que qualquer shredder que existe por aí
A música dos Beatles que tanto Elvis quanto Sinatra trataram como obra-prima


Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
As ações práticas de Bruno Sutter para fazer rock chegar às novas gerações


