Bring Me the Horizon: sem dúvidas um dos melhores shows de metal de 2024
Resenha - Bring Me the Horizon (Allianz Parque, São Paulo, 30/11/2024)
Por Diego Camara
Postado em 09 de dezembro de 2024
O maior show da história do Bring Me the Horizon é no Brasil. Quando este show foi anunciado, da forma que foi anunciado, parecia demais: um show no estádio para uma banda do metal alternativo parecia um salto enorme para um artista que tocou em 2016 no Carioca Club e em 2019 na Audio. Dois festivais depois, a banda não só furou a bolha do gênero, como levou um público que lotou cada espaço do Allianz Parque. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O show foi quase um mini festival, contando com três bandas de abertura. O grande destaque ficou para a Spiritbox. Com um som bastante firme, puxado principalmente pelos vocais e o carisma da vocalista Courtney LaPlante, a banda empolgou muito os fãs, que aplaudiram quase todas as músicas e foram uma grande surpresa para muitos que chegaram cedo ao estádio.
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O Motionless in White veio logo em seguida. Após quase 10 anos do último show da banda no Brasil, realizado em 2015 em abertura para o Bullet for my Valentine, eles voltaram para uma apresentação curta, mas bastante memorável para todos os fãs presentes. Christ Cerulli, mais de uma vez, se desculpou com seus fãs pelo longo tempo distantes do Brasil, prometendo inclusive não demorar tanto para retornar mais uma vez.

A apresentação da banda foi excelente, com um som de altíssima qualidade que é digno do Allianz Parque. O uso de elementos eletrônicos, algo muito comum no estilo da banda, esteve presente, e funcionou muito bem encaixado com o som firme das guitarras. O público cantou com vontade em vários momentos, puxando alguns sucessos da banda como "Another Life", onde os fãs iluminaram toda a arena e cantando durante toda a música.

O melhor momento da noite ainda estava por vir, quando o Bring Me the Horizon subiu ao palco. O show da banda, cheio dos elementos nerds e do saudosismo dos videogames da década de 90 começa com uma introdução eletrônica nos telões, acompanhada por Prelude, música do menu da série Final Fantasy. O show estoura logo desde a primeira música, o som potente do estádio só é ultrapassado pelos gritos e a cantoria dos fãs, que puxa a banda para cima.

A paixão dos fãs é algo realmente inigualável: em poucos shows é possível ver um público tão apaixonado. A banda retorna com uma apresentação cheia de vontade. Logo em "Happy Song", o vocalista já pede que o público abra vários mosh pits na pista, e é atendido pelos fãs, que fazem uma insanidade em toda a pista. Apesar dos ingressos esgotados, a casa não estava tão lotada como em outras apresentações, o que é totalmente válido, especialmente para a saúde do público, evitando as aglomerações e apertos.

A sinergia de Sykes com o público é impressionante: não há pedido do vocalista que fique sem atitude na casa. Ele pede para o público pular em "Teardrops", e os fãs não questionam nem quão alto. A introdução forte, puxada pelas guitarras de Lee Malia é o ingrediente para tornar "AmEN!" ainda mais especial. A banda se aproveitou também da ótima estrutura da produção para tornar a festa completa: o uso do palco, desde a sincronização de luz, telão e os efeitos especiais é de altíssimo nível.

"Kool-Aid", uma das melhores da noite, foi um verdadeiro pandemônio, com o público puxando demais essa. O mosh fica gigantesco, quando muita gente se junta para a festa. O show ganha tons soturnos com "[ost] (spi)ritual", e o som semi acústico toma o palco com "n/A", em um ponto de inflexão interessante para a banda, extremamente emocionante, que culmina mais uma vez num excelente trabalho das guitarras com a bateria de Matt Nicholls.

Na parte final, o show fica ainda mais potente, começando com "Kingslayer". O público novamente canta demais essa, com muita energia. Nas caixas de som, a banda Babymetal é "chamada" para o feature, sem deixar a música incompleta e oferecendo a experiência do disco. Logo em seguida, a banda toca "Antivist", com muita força instrumental e a participação de MC Lan e Di Ferrero.

Sykes não perdeu, mais uma vez, a chance de agradecer aos fãs e de lembrar o quanto é apaixonado pelo Brasil: "já sou brasileiro, tenho até um CPF", disse ele, em um ótimo português, que se aprimora a cada show que ele toca. O vocalista também lembrou que este é o maior show da história da banda, e que quer ver o maior público de todos na música "Can You Feel My Heart", em outra lindíssima apresentação.

A banda volta para o bis, e a apresentação continua extremamente potente. Destaque aqui para a música "Drown", tocada em homenagem a Pedro Miranda, um fã brasileiro que morreu recentemente vítima de câncer: e qual a melhor maneira do que se lembrar de um fã se não oferecer a pancada musical regada aos mosh pits dos fãs?

O maior show da história do Bring Me the Horizon foi também, sem dúvidas, um dos melhores shows de metal deste ano. A excelente produção da 30e, unida ao melhor lugar para shows de São Paulo garantiu o resultado esperado no público e a qualidade perfeita do som da banda.

Setlist:
Intro: Prelude (Final Fantasy Series)
DArkSide
MANTRA
Happy Song
Teardrops
AmEN!
Kool-Aid
Shadow Moses
[ost] (spi)ritual
n/A
Sleepwalking
Intro: Itch for the Cure (When Will We Be Free?)
Kingslayer
Parasite Eve
Antivist (com MC Lan e Di Ferrero do NX Zero)
Follow You
LosT
Can You Feel My Heart
Bis:
Intro: Overture
Doomed
Drown
Throne
Bring Me the Horizon













Motionless in White
















Spiritbox














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