Resenha - Paul Di'Anno (Teatro do CIEE, Porto Alegre, 23/02/2023)
Por Guilherme Dias
Postado em 11 de março de 2023
No dia 23 de fevereiro, o lendário Paul Di’Anno esteve em Porto Alegre para realizar a sua apresentação no Teatro do CIEE. O local, localizado na zona norte de Porto Alegre, recebeu um bom público. Os gaúchos tiveram a oportunidade de acompanhar as bandas Noturnall e Electric Gypsy também.
Por volta das 20hs os garotos do Electric Gypsy subiram ao palco para surpreender a plateia. A proposta sonora era perceptível logo no visual, inspirado nas consagradas bandas de hard rock da década de 1980. Na formação: Guzz Collins (vocal), Nolas (guitarra), Pete (Baixo) e Robert Zimmerman (Bateria). No som a primeira foi "More Than Meets the Eye", do EP "Stars", lançado esse ano. Do lançamento atual estiveram presentes também as faixas "Heads or Tails" e "I’m Down (For Her)". Do álbum homônimo foram tocadas "Nine Lives", "The Devil Made Me Do It" e "Shoot ‘Em Down", essa última responsável por encerrar a apresentação. Ainda houve espaço para covers que animaram bastante o público, foram eles: "Hot For Teacher" do Van Halen e "Kickstart My Heart" do Mötley Crüe. Após aproximadamente 40 minutos de show, os músicos saíram do palco e foram diretamente para o saguão do Teatro. Lá eles conversaram, tiraram fotos e assinaram os materiais que o público havia comprado na banquinha do merchandise. Se o objetivo era conquistar fãs na capital gaúcha, os jovens mineiros cumpriram com o objetivo e prometeram retornar nas próximas turnês.

Pela segunda vez na capital gaúcha, a atração seguinte foi o Noturnall. Em 2019 o grupo teve a companhia de Edu Falaschi e Mike Portnoy. Dessa vez após o seu set-list completo, os músicos ainda acompanharam Paul Di’Anno. A formação conta com Thiago Bianchi (vocal) desde sempre, Saulo "Xakol" (baixo) e Henrique Pucci (bateria) desde 2018 e Léo Mancini (guitarra) com diversas passagens pelo grupo.
Mostrando o que há de novo logo de cara, apresentaram "Try Harder" de "Cosmic Redemption", lançado neste início de ano. "No Turn At All" representou o primeiro lançamento do grupo de 2014. Antes de "Fuck The System" (do álbum "Back To Fuck You Up!" de 2015), Bianchi disse: "até a próxima música vocês vão levantar, a galera do fundo, tudo bem (continuar sentados), mas vocês aqui da frente eu acredito que vai rolar". Após a canção continuou dizendo o quanto é importante o público comprar o merchandising, o que auxilia a manutenção da banda para continuar fazendo shows. Ainda dialogando no microfone com a plateia, disse que o Noturnall é a banda brasileira de heavy metal que mais faz shows, mesmo sem "todo aquele apoio". Anunciou que a canção seguinte foi elaborada com o amigo Mike Portnoy (bateria, The Winery Dogs/ ex-Dream Theater), que visitou a capital gaúcha junto com o grupo. Anunciou "Scream! For!! Me!!!" e ainda "ensaiou" o refrão da música com a plateia.
Durante todo o show, Bianchi interagiu e conversou muito com o público, com um clima muito harmonioso e agradável, dizendo ainda: "eu falo pra caralho mesmo, foda-se", proporcionando muitas risadas para quem estava presente. Apresentou os seus colegas de palco de forma engraçada, sempre de bom humor. Dois covers estavam no repertório também, "Thunderstruck" do AC/DC e "O Tempo Não Para" do Cazuza (com direito a Bianchi passear por todas as partes do Teatro, passando por toda a plateia). Composta em parceria com Russel Allen do Symphony X, a saideira da noite foi "Nocturnal Human Side", também do primeiro disco do grupo. Vale destacar a grandeza do Noturnall no palco. Mesmo sem ser a atração principal, o conjunto atuou como se fosse e não deixou a desejar em momento algum, tamanha a competência e determinação dos músicos no palco.

Pŕoximo das 23hs, os músicos do Noturnall e Nolas do Electric Gypsy subiram no palco mais uma vez, mas dessa vez para acompanhar Paul Di’Anno. O repertório trouxe para os fãs de Iron Maiden o melhor dos dois primeiros lançamentos do grupo: "Iron Maiden" e "Killers". Diversos comentários negativos foram ditos pela imprensa e pela mídia especializada de que Paul Di’Anno não estava com a saúde necessária para realizar a turnê em solo brasileiro. Turnê essa que segue em andamento com mais de 30 shows agendados. Porém o que se viu logo após a introdução "The Ides of March" em "Wrathchild" e "Sanctuary" foi um espetáculo. Lógico que Paul não é o mesmo guri do início dos anos 1980. Hoje com 64 anos canta as antigas canções conforme as limitações vocais que qualquer vocalista passa ao longo dos anos.

Diferentemente das passagens anteriores na capital, dessa vez Paul estava com restrições de movimento devido a cirurgias que realizou nos joelhos. Sem poder estar em pé manteve os shows agendados mesmo em cadeiras de rodas. Mostrou que heavy metal pode ser feito em pé, sentado, em movimento, ou batendo cabeça no mesmo lugar do início ao fim. Um desfile de clássicos foi apresentado. Destaque ainda para "Killers", "Phantom Of The Opera", "Running Free" (Com participação de Guzz da Electric Gypsy), "Prowler" e "Iron Maiden".

O que se viu foi um incrível show de heavy metal com o instrumental sendo perfeitamente bem executado e Paul cantando no seu limite, sempre com um sorriso no rosto e interagindo, se comunicando e brincando com os seus fãs. O típico evento que deu certo em todos os aspectos. Felicidade e emoção para quem viu e espera ver outras vezes um dos ícones do Iron Maiden.






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