Max e Iggor convidam Jairo, detonam no Rio e alfinetam: "Verdadeiro Sepultura"

A parte final do show de Max e Iggor Cavalera se anunciava quando sobe ao palco Jairo Guedz para participação especial no hit "Troops of Doom". Com três quartos da formação de 1985 da banda que os consagrou reunida, não demorou muito para Max soltar o verbo: "Esse aqui é o verdadeiro Sepultura!" – para delírio dos fãs no Sacadura 154.

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O momento descrito acima coroou uma noite mágica para o "sepulverso", que mostrou ao público carioca toda energia daquele mágico ano de 1996 – quando o icônico "Roots" rasgava as ondas dos rádios misturando cultura indígena com riffs poderosos.

Mais do que resgatar aquela aura que consagrou o Sepultura, Max e Iggor mostraram como utilizar o repertório a seu favor e encaixaram diversas outras músicas além do tracklist de "Roots" – como o pesado cover de "Polícia" (Titãs) e "La Migra" (Brujeria), aceno para o guitarrista mexicano Dino Cazares que marcou ponto nas seis cordas.

E teve de tudo: desde wall of death passando por sinalizador na plateia e alfinetadas em seus ex-companheiros de Sepultura. O destaque, entretanto, veio da aula de espontaneidade de Max – naquele estilo "podreira" que poucos conseguem. Em certo momento, se dirigiu aos fãs com sinceridade:

"A partir de agora não ensaiamos nada. É tudo no improviso. Vamos ver no que vai dar"! Ou seja, depois da "obrigação" de tocar o "Roots" na íntegra, o sinal estava aberto para as mil e uma possibilidades de um vocalista que tem a plateia na mão.

Foi nesse contexto que Jairo retornou após ter aberto os trabalhos da noite com sua banda The Troops of Doom. Até Motörhead rolou, com "Orgasmatron". Para fã de música pesada nenhum botar defeito.

Se esse é o verdadeiro Sepultura ou não é difícil apontar, mas a julgar pela lavação de alma coletiva, esse detalhe pouco importou.

Abrindo o show, Jairo Guedz desfilou simpatia e musicalidade com sua barbinha estilosa e riffs contagiantes. O novo álbum "Antichrist Reborn" caiu nas graças do povo e mais uma ramificação da grande árvore do Sepultura deu a entender que está firme e forte – pronta para colher novos frutos em breve.

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