Radiohead: Fotos e resenha do show no Rio de Janeiro
Resenha - Radiohead (Jeunesse Arena, Rio de Janeiro, 20/04/2018)
Por Gabriel von Borell
Postado em 23 de abril de 2018
Nove anos depois de sua primeira excursão pelo Brasil, o Radiohead voltou ao Rio de Janeiro, na última sexta-feira (20), na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, para fazer mais uma impressionante e notável apresentação. Aliás, a atual turnê, do álbum "A Moon Shaped Pool" (2016), pode não ser tão empolgante quanto aquela do álbum "In Rainbows" (2007), mas Radiohead é Radiohead.
Apesar da confusão com troca de datas e local do show, 10 mil pessoas prestigiaram a banda inglesa, segundo a organização do Soundhearts Festival, e fizeram bonito, cantando, dançando e se entregando de corpo e alma a cada música destacada no repertório.
Antes do grupo liderado pelo vocalista Thom Yorke, o evento contou com as participações das bandas Junun e Flying Lotus, que subiram ao palco enquanto o público chegava aos poucos. Com 13 minutos de atraso, e contrariando a pontualidade britânica, o Radiohead iniciou seu show às 22h13, quando a arena já estava bastante cheia.
A faixa escolhida para abrir o setlist foi a bela "Daydreaming", que faz homenagem à ex-companheira de Yorke, com quem viveu por 23 anos, e mãe de seus dois filhos, Rachel Owen, morta em dezembro de 2016, vítima de câncer.
A apresentação seguiu com "Ful Stop", que, assim como "Daydreaming", faz parte do disco mais recente do Radiohead. A pegada eletrônica da canção traz influências do grupo alemão Kraftwerk, com quem o Radiohead se apresentou em 2009, na Praça da Apoteose.
Conhecidos pelas excelentes projeções no palco e pelo espetáculo de luz e cores que provoca diversas sensações catárticas na plateia, Thom Yorke, os guitarristas Ed O'Brien e Jonny Greenwood, o baixista Colin Greewood e os bateristas Phil Selway e Clive Deamer, tocaram a envolvente "15 Step", do "In Rainbows". Diante da reação efusiva dos fãs, o frontman soltou uma série de "obrigados", em inglês e português.
A temperatura do show foi esquentando cada vez mais com "Myxomatosis", do disco "Hail to the Thief" (2003), "Lucky", do conceituado "Ok Computer" (1997), "Nude", "Pyramid Song", presente em "Amnesiac" (2001), e a irresistível "Everything is its right place", do álbum "Kid A" (2000).
Mais para frente, "No Surprises", emocionou o público. Não foi muito diferente com "Weird Fishes/ Arpeggi". Em termos de interação, Yorke e o restante da banda praticamente não conversavam com os fãs. E nem era preciso. A experiência compartilhada entre os músicos e a plateia transcende o campo das palavras. É muito mais ampla, está em cada batida, em cada movimento, em cada acorde.
Para fechar a primeira parte da apresentação, às 23h40, o Radiohead escolheu "Feral" e "Bodysnatchers". A plateia nem teve muito tempo para respirar e a banda retornou ao palco para executar "Street Spirit (Fade Out)", com direito a um coro de arrepiar qualquer fã, "All I Need" e "Desert Island Disk".
Após "Lotus Flower" e "The National Anthem", "Idioteque" botou todo mundo para exorcizar seus fantasmas, às "0h12. Passado o momento de transe antes do bis, Yorke voltou sozinho ao palco para entregar uma versão acústica (e linda) de "True Love Waits". Em seguida, os outros integrantes reapareceram em "Present Tense".
Para encerrar o show apoteótico, com quase 2h30 de apresentação, Thom e cia tocaram os hits "Paranoid Android" e "Karma Police", deixando os fãs ávidos por mais canções. Enquanto o Radiohead se despedia, o público cantou repetidas vezes o trecho "For a minute there, I Lost Myself, I lost myself", na esperança de ouvir outros clássicos que ainda faltavam, como "Creep" e "Fake Plastic Trees".
Mas não teve jeito. As luzes da arena se acenderam, a música dos alto-falantes subiu e os "roadies" entraram em cena para retirar os instrumentos do palco. Era hora de voltar para casa remontando na cabeça cada momento de uma noite memorável.
Setlist:
1- "Daydreaming"
2- "Ful Stop"
3- "15 Step"
4- "Myxomatosis"
5- "Lucky"
6- "Nude"
7- "Pyramid Song"
8- "Everything in Its Right Place"
9- "Let Down"
10- "Bloom"
11- "Reckoner"
12- "Identikit"
13- "I Might Be Wrong"
14- "No Surprises"
15- "Weird Fishes/Arpeggi"
16- "Feral"
17- "Bodysnatchers"
Bis:
18- "Street Spirit (Fade Out)"
19- "All I Need"
20- "Desert Island Disk"
21- "Lotus Flower"
22- "The National Anthem"
23- "Idioteque"
Bis 2:
24- "True Love Waits"
25- "Present Tense"
26- "Paranoid Android"
27- "Karma Police"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Novo disco do Megadeth pode ter cover do Metallica - e a pista veio de Mustaine
Tecladista anuncia que o Faith No More não volta mais
Bangers Open Air dá pistas sobre as próximas bandas do line-up
Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Megadeth terá uma música com "Puppet" no título em seu último álbum
O Mr. Big acabou mesmo? Billy Sheehan, baixista da banda, responde
Axl Rose é criticado por sua voz após Guns N' Roses homenagear Ozzy com cover no Brasil
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
Bryan Adams fará shows no Brasil em março de 2026; confira datas, locais e preços
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Ciência explica porque guitarristas de Metal fazem caretas durante solos matadores
O clássico que Legião Urbana compôs para se afastar de rótulo de banda de dois acordes
A opinião de Andreas Kisser sobre o rei Roberto Carlos


Por que organização do Oscar barrou famosa banda de rock de virar trilha de James Bond?
O hit do Radiohead comparado a um hit de Frank Sinatra por seu vocalista Thom Yorke
A banda que muitos acham seus shows chatos, mas Dave Grohl considera a melhor ao vivo
Os cinco melhores discos de pop/rock dos anos 90, segundo lista da ShowBizz publicada em 1999
A banda que atingiu o topo depois de ver Roger Waters com cabelo ensebado e calça boca de sino
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista



