Sting: músico faz apresentação única no Brasil
Resenha - Sting (Allianz Parque, São Paulo, 06/05/2017)
Por Gabriel Zorzetto
Postado em 07 de maio de 2017
Após um hiato de oito anos, Sting voltou ao Brasil. Na noite de ontem, no Allianz Parque em São Paulo, ele realizou um show único no país. O britânico já havia se apresentado por aqui em outras cinco ocasiões: Em 1982 e 2007 com o The Police (ambas no RJ) e sozinho em 1987 (SP, MG, DF, RS E RJ), 2001 (Rock In Rio) e 2009 (SP).
Nesta nova turnê, o cantor promove o "57th & 9th", seu excelente último álbum de estúdio, lançado no fim do ano passado e que retornou às origens do pop/rock após mais de uma década.
Às 20h15, na configuração de anfiteatro da arena palmeirense, que tem capacidade para cerca de 12 mil pessoas, Joe Sumner, o filho de Sting, foi quem abriu os trabalhos, fazendo um curto e intimista show de abertura para o pai.
O quê não estava previsto aconteceu durante a terceira música do set de Joe. O jovem cantor, ao que pareceu, passou mal e não conseguiu terminar a canção, sendo rapidamente amparado por Sting, que visivelmente preocupado, correu ao palco para cantar a última nota e ajudar o filho.
Passado o susto e a apresentação de Joe, foi a vez do ótimo grupo The Last Bandoleros mostrar seu talento. Com um rock texano, animaram o escasso público que já havia chegado.
Passados alguns minutos do fim das apresentações de abertura, as luzes se apagaram e Sting iniciou o seu concerto de forma oficial por volta 21h15, aparecendo ao som de "Syncronicity II", clássico do The Police do disco final da banda lançado em 1983. Sem parar, seguiu com mais Police, tocando a interessante "Spirits In The Material World", do álbum "Ghost In The Machine".
Portando seu tradicional contra-baixo Fender e vestindo uma camisa azul, Sting saudou rapidamente os fãs em bom português: "Boa noite, é muito bom estar de volta."
Após a primeira interação com o público, vieram os acordes de "Englishman In New York", um de seus melhores hits na carreira solo e um dos pontos altos do show. Ao final da elegante canção, todos no estádio, com a condução de Sting, ecoaram repetidamente os versos "be yourself/no matter what they say".
O baixista então mandou duas de seu novo disco: "I Can't Stop Thinking About You", lançada também como single, e "One Fine Day". Destaque para sua voz, que mesmo com o peso da idade, permanece quase intacta.
Após a animada "She's to Good for Me", ele partiu para as baladas "I Hung My Head", do álbum "Mercury Falling", e "Fields Of Gold", clássico do "Ten Summoner's Tales". Todas com arranjos levemente alterados, muito por conta dos ótimos solos de acordeón tocados por um dos membros do Last Bandoleros, que roubou a cena neste início de show.
Após apresentar sua banda fixa, que conta com os guitarristas Dominic Miller e Ruffus Miller, além do baterista Josh Freese, ele voltou ao "57 & 9th", agora com "Petrol Head" e "Down, Down, Down" Na sequência, Sting voltou ao passado e encaixou "Shape Of My Heart", mais uma do "Ten Summoner's Tales", seu melhor álbum solo e lançado em 1993.
Quase 100% dos celulares filmaram a mítica "Message In a Bottle", que finalmente animou o morno público paulista, seguida por "Ashes To Ashes", cover do mestre David Bowie e cantada pelo seu filho Joe Sumner, que apareceu para participar da canção, desta vez num estado melhor.
Sting tocou a ótima "50,000", mais uma do álbum novo e apresentada em uma versão um tanto diferente da original. Ela foi composta em homenagem aos grandes músicos falecidos no ano passado, dentre eles, Prince e Bowie.
A dobradinha "Walking On The Moon"/"So Lonely" animou os fãs do Police e foi cantada por boa parte do público. A excêntrica "Desert Rose" manteve o público animado para chegar na lendária "Roxanne", que em versão um tanto jazzística e mesclada ao cover da clássico "Ain't No Sunshine" encerrou em altíssimo nível o setlist regular.
Sting se despediu do público e deixou o palco sob gritos e aplausos. Porém, em poucos minutos, retornou para o primeiro bis com mais The Police: "Next To You", do disco de estreia "Outlanders De Amour" e a obrigatória "Every Breath You Take", essa sim cantada em uníssono pelos 12 mil presentes.
O sexagenário músico deixou novamente o palco, mas ainda retornou para um segundo bis. Dessa vez sozinho e com uma guitarra semi-acústica, ele interpretou a emocionante "Fragile" e deu fim a um ótimo e poderoso concerto em São Paulo.
SETLIST:
01 - "Synchronicity II" (The Police)
02 - "Spirits in the Material World" (The Police)
03 - "Englishman in New York"
04 - "I Can't Stop Thinking About You"
05 - "One Fine Day"
06 - "She's Too Good for Me"
07 - "I Hung My Head"
08 - "Fields of Gold"
09 - "Petrol Head"
10 - "Down, Down, Down"
11 - "Shape of My Heart"
12 - "Message in a Bottle" (The Police)
13 - "Ashes to Ashes" (cover de David Bowie)
14 - "50,000"
15 - "Walking on the Moon" (The Police)
16 - "So Lonely" (The Police)
17 - "Desert Rose"
18 - "Roxanne / Ain't no Sunshine" (The Police)
BIS
19 - "Next to You" (The Police)
20 - "Every Breath You Take" (The Police)
BIS 2
21 -"Fragile"
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