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Scorpions: Como foi a apresentação no Rio de Janeiro

Resenha - Scorpions (Metropolitan, Rio de Janeiro, 10/09/2016)

Por Marcello Cohen
Fonte: Blog Coração de Metal
Postado em 13 de setembro de 2016

Lá se foram 8 anos do último show do Scorpions na cidade - diante de um Hsbc Arena vazio. O tempo passou, e o cenário que vimos na histórica casa de shows Metropolitan - única classificação possível para um lugar que já recebeu shows de David Bowie, Iron Maiden, Faith No More, Dream Theater, Ozzy Osbourne, Megadeth, Def Leppard, Judas Priest, Deep Purple, Whitesnake, Motorhead, Black Sabbath (atendendo pelo nome de Heaven And Hell) e tantos outros - foi digno de um gigante do Rock.

Filas davam voltas por todo o shopping onde a casa se localiza. Entrando, o cenário era uma pista já cheia com muitos ainda por entrar. Tirando a salgadíssima área vip - que tinha alguns espaços nas laterais - o que se via era gente a cada mínimo espaço do setor menos abastado. Uma tour de celebração de 50 anos de história merecia isso.

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Com 20 minutos de atraso, que pelo movimento externo deveria até ser mais, Klaus Meine, Matthias Jabs, Rudolf Schenker, Pawel Maciwoda e o grande Mikkey Dee entraram no palco de maneira bem surpreendente em shows desse tamanho. Simplesmente as luzes apagaram sem mais nem menos e segundos depois a banda começa a tocar Going Out With a Bang. Nada de avisos ou grandes introduções, o que certamente pegou muitos de calças curtas. Por sorte já estava lá posicionado. O palco impressionava por sua estrutura. Telão digno de estádio na lateral, projeções por todo o palco e uma plataforma elevadíssima no fundo. Nessa parte era onde Dee instalou seu kit, sendo por vezes cercado pelos companheiros. Uma disposição de palco no mínimo diferente do habitual. Apesar da ótima estrutura da melhor casa de shows da cidade, o som poderia estar melhor. Começou baixo, e mesmo se acertando na 3a música não chegou a estar limpo como deveria ao longo do show. Pela qualidade da banda, isso acabou sendo apenas um detalhe. No que depende do quinteto, foi tudo impecável.

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A já citada abertura nunca me agradou muito. Não é ruim, mas fica devendo em relação ao potencial de uma banda como o Scorpions. Sorte que com o susto, seu papel foi de acalmar todos da porrada que estava para começar. Podemos consideram o grande começo na 2a, a mais que clássica Make It Real. Esse primor de Animal Magnetism fez a legião de fãs presentes se beliscar para ter certeza que estavam mesmo diante do Scorpions. Seguindo no mesmo disco, The Zoo matou de vez qualquer fã do coração. O som estava melhor nela, e a dupla Jabs/Schenker apresentava todo seu repertório de riffs que compõe esse clássico. Era vez da dupla brilhar ainda mais com a magnífica Coast to Coast. Essa foi difícil descrever, momento realmente de arrepiar qualquer um. O tema de única inspiração instrumental transporta todos para os tempos de Lovedrive. Como o disco foi gravado por 3 guitarristas, Meine da uma forcinha nas 6 cordas. Ao seu final, a banda toda - exceção óbvia de Dee - se reúne na plataforma para a celebração dos oito mil presentes.

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Já tava tudo pago? Então o que falar do medley setentista que estava por vir? A turnê tem clara intenção de passear por tudo que a banda já produziu. Hard's oitentistas, baladas e experimentalismo setentista - sem esquecer do disco mais recente. Assim sendo, a turma que aprecia os tempos de Uli Jon Toth não ficou desamparada. As pérolas Top of the Bill, Steamrock Fever, Speedy’s Coming e Catch Your Train mostram o começo dessa história maravilhosa da banda num momento para matar velhinho do coração. Com todos em choque, a máquina do tempo funciona a todo vapor para um retorno imediato ao presente. We Built This House se provou como a melhor nova, sendo muito bem recebida pelo público. Então é hora de Jabs mostrar seus predicados no seu solo, apelidado de Delicate Dance. Uma prévia para a hora das baladas. Com violões em riste, era vez do medley formado pela magnífica Always Somewhere, a nova Eye of the Storm e a mais que clássica Send Me an Angel serem cantadas em uníssono. Para seguir nesse clima, Wind Of Change pode ser considerada piegas por muitos, mas foi um dos momentos mais perfeitos que já presenciei ao vivo. A emoção causada a cada canto da casa é daqueles momentos para guardar pro resto da vida. Vale lembrar que mesmo seguindo o ritmo das anteriores, o hino da esperança foi tocado "eletricamente".

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Para dar uma quebra na parte calma, a nova Rock ‘n’ Roll Band coloca a tomada no 220. Apenas um aquecimento para a clássica Dynamite apresentar Blackout para os desavisados. Então vem a surpreendente homenagem ao mestre Lemmy com Overkill - um dos hinos definitivos do Motorhead. A versão ficou ótima, e Mikkey Dee estava visivelmente honrado em homenagear o amigo. Pontos para banda ao lembrar a história do convidado mais que especial. Já que era seu momento, nada mais justo que um solo alucinante de bateria feita por um homem que carrega o Motorhead no coração. É a deixa para uma sequência final de hinos.

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Blackout é o 1o, devastando o lugar com urros a cada vez que o refrão dava as caras. Meine então lembra do histórico show no Rock In Rio, e bota os presentes para cantar Cidade Maravilhosa antes de começar a aula prática de guitarra em No One Like You. Para fechar a parte regular, vem simplesmente Big City Nights, que ao meu ver foi a parte mais emocionante de toda a apresentação. O público seguia batendo palmas no encerramento como quem estava ali para lavar a alma.

Obviamente, é inimaginável que o Scorpions saia de cena sem apresentar Still Loving You e Rock You Like a Hurricane. Com os dois hinos absolutos da banda, chega ao fim uma noite espetacular de Hard Rock. Um público que além de lotar o lugar, participou intensamente de cada momento mereceu ver o espetáculo que viu. Klaus Meine se mostra um pouco cansado no olhar, mas sua forma vocal é indescritível, estando muito melhor que 99% dos companheiros de geração nos dias de hoje. Pode perder uma nota aqui e outra ali, mas isso é simplesmente humano. Em geral, não se percebe o passar do tempo. O que impressiona de verdade é a forma física de Rudolf Schenker. O cara é um verdadeiro garotão que brinca no palco. Maior prova disso é no final do show, com ele correndo por todo o palco e girando os braços no melhor estilo Pete Townshend.

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Como Meine deixou claro, esse era o último show no Brasil ESSE ANO. Para quem viu ta na cara que um retorno é muito provável. Os Deuses do Rock agradecem por oportunidades como a que tivemos na noite de 10 de setembro de 2016!

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Sobre Marcello Cohen

Carioca de nascimento, Marcello é apaixonado por Rock desde seus 12 anos, quando aprendeu a gostar de Beatles, Rolling Stones, Queen, AC/DC, Metallica, Iron Maiden e Black Sabbath, bandas que até hoje são as suas preferidas. Amante de bandas de variados estilos de Heavy Metal, Hard Rock e Classic Rock, escreve no blog Coração de Metal, nome que rende homenagem ao pioneiro Stress.
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