Extreme: comemoração de Pornograffitti com duas horas de show
Resenha - Extreme (São Paulo, HSBC Brasil, 13/06/2015)
Por Diego Camara
Postado em 18 de junho de 2015
Uma das grandes estrelas da década de 80 do bom e velho hard rock retornou ao Brasil para uma série de shows comemorativos. Nos 25 anos do álbum "Pornograffitti", o EXTREME resolveu presentear os fãs brasileiros com o álbum na íntegra em shows que passaram por São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Com um monte de sucessos e diversas músicas que pouco foram tocadas ao vivo, o grupo desembarcou no HSBC Brasil para uma apresentação de gala. Confiram abaixo os principais detalhes do show, com os cliques marcantes de Fernando Yokota.
Fotos: Fernando Yokota
Foi de grande espanto ver que a casa, 30 minutos antes do início dos shows, estava bastante vazia. Pouquíssima gente chegou mais cedo ao HSBC Brasil nesta noite, e chegou a parecer por um momento que o show seria espantosamente vazio. Foi tranquila a entrada do público, já que a fila era bastante pequena, e também o acomodamento daqueles que aguardavam para entrar antes do show de abertura. Para quem chegou cedo, foi fácil conseguir os melhores lugares nas pistas para acompanhar os shows.
RICHIE KOTZEN
O show estava marcado para as 20h30m, e realmente como um relógio suíço o guitarrista estadunidense subiu ao palco no horário para a sua apresentação, recebendo aplausos dos fãs que se encostavam nas grades para curtir a apresentação solo do vocalista. O guitarrista e vocalista trouxe um setlist bastante curto, com poucas músicas, e todas de sua carreira solo. Claramente não haviam muitos fãs da carreira solo de Kotzen, mas eles fizeram bastante barulho e empolgaram o resto do povo que aguardava o Extreme.
A qualidade do som do palco estava realmente muito boa, e as guitarras de Kotzen e sua voz marcante foram muito bem ouvidas em todo o HSBC. Ele abriu o show com "War Paint", ótima música, e seguiu com a também excelente "Love is Blind", que encantou os fãs que chegaram mais cedo. O show foi fechado com "Go Faster", que fez o público já bem mais numeroso do que no início do show cantar junto com o vocalista. A performance de Kotzen foi muito boa, uma pena que foi por apenas uma hora e poucas músicas foram tocadas, em especial em comparação ao show de Curitiba, que foi realizado no dia anterior.
EXTREME
Com 10 minutos de atraso, a banda Extreme subiu ao palco do HSBC Brasil para aumentar o ânimo. O público compareceu em massa para o show principal, tendo mesmo escapado da banda de abertura como ocorreu em outros shows já realizados na casa. Nada que impactasse o ânimo dos fãs, já que quando a luz abaixou e o som da casa desapareceu, os fãs gritaram com vontade para a entrada de Cherone e cia. O show foi aberto com "Decadence Dance", que foi cantada a plenos pulmões pelos presentes.
A banda não só comemorou o lançamento do "Pornograffitti", lançado em 1990, como tocou o disco em sua ordem original. O áudio do palco esteve ótimo durante todo o espetáculo, como na apresentação de Kotzen. As guitarras soaram perfeitas, e os solos de Nuno Bettencourt trouxeram a emoção que se ouve nos discos originais da banda.
Dos grandes momentos da comemoração foi sem dúvidas "More than Words", o grande clássico que catapultou a banda a sua fama. O público cantou junto e inclusive tomou os vocais de Cherone no início da música, espantando bastante ele e Nuno, que tocavam a canção, que emocionou os presentes. Outro grande sucesso tocado, It(’s a Monster) teve no seu ponto forte os excelentes backing vocals de Badger, que estava bastante afiado na noite.
A banda interagiu bastante com os fãs, especialmente Nuno e Cherone, que conversaram algumas boas vezes com o público. A banda agradeceu bastante aos fãs que vieram ao show para comemorar 25 anos do "Pornograffitti", especialmente dado o tempo que o Extreme demorou para retornar ao solo brasileiro.
Fecharam a primeira parte do show com a também famosa "Hole Hearted", que levantou o público. Ela foi encaixada com um pequeno trecho de "Crazy Little Thing Called Love", cover do Queen, que fez o público cantar junto, hora e meia depois de terem entrado no palco.
A plateia gritou com vontade o nome da banda e aguardaram pacientemente. O Extreme voltou 3 minutos depois, já encaixando um novo set de sucessos. Começaram com "Play with Me", onde ocorreu o segundo erro técnico da noite. O primeiro havia sido causado com os teclados de Nuno na música "When I First Kissed You", e neste momento foram as guitarras de Nuno que tiveram problemas técnicos, mas nada que pudesse prejudicar o andamento do show, já que ambos foram resolvidos rapidamente.
A sequência foi excelente, com especial destaque para "Take us Alive" e seu estilo puxado para o country e a também excelente "Kid Ego". A banda fechou um show extremamente competente e muito bem tocado com "Cupid’s Dead", condecorando o público com excelentes duas horas de show. Um presente e tanto para as comemorações do grande clássico da banda.
Extreme é:
Gary Cherone – Vocal
Nuno Bettencourt – Guitarra, teclado e violão
Patrick Pat Badger – Baixo
Kevin Figueiredo – Bateria
Setlist:
1. Decadence Dance
2. Lil’ Jack Horny
3. When I’m President
4. Get the Funk Out
5. More Than Words
6. Money (In God We Trust)
7. It(’s a Monster)
8. Pornograffitti
9. When I First Kissed You
10. Suzi (Wants Her All Day What?)
11. He-Man Woman Hater
12. Song for Love
13. Hole Hearted
14. Crazy Little Thing Called Love (cover do Queen)
Bis:
15. Play with Me
16. Rest in Peace
17. Kid Ego
18. Take Us Alive (com trecho de "That's Alright Mama")
19. Midnight Express
20. Am I Ever Gonna Change
21. Cupid's Dead
Galeria completa:
http://fb.com/fernandoyokotafotografia
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