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Cradle of Filth: show memorável no Carioca Club

Resenha - Cradle of Filth (Carioca Club, São Paulo, 20/04/2013)

Por Guilherme Niehues
Postado em 21 de abril de 2013

O Cradle of Filth se apresentou pela última vez em dezembro de 2010 promovendo seu álbum Darkly, Darkly Venus Aversa e agora, praticamente 3 anos depois retornam ao Brasil para promover o álbum The Manticore and Other Horrors, lançado em 2012.

A Horns Up chegou por volta das 14:30 na fila do Carioca Club, que ainda não apresentava uma fila grande, mas os mais saudosos já aguardavam ansiosos por um show que teria inicio com apenas alguns minutos de atrasos. Para os que estavam perto da entrada do Carioca Club, foi possível prestigiar uma passagem rápida da banda de dentro do local para a sua van, por volta das 16:40.

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A casa não demorou muito, e por volta das 17:30 foram abertas as portas para o público poder ir se acomodando e se espremendo na grade. O que me chamou a atenção foi a mudança no palco, contando com uma passarela a frente para aqueles que se espremiam na grade tivessem a chance de ganhar um aperto de mão de qualquer integrante que ali passasse.

O público dentro da casa era menor do que o esperado, pois era possível ver um vão enorme de espaço no meio e final da pista, que foi parcialmente preenchida por volta das 19 e em suma, apresentou um público muito abaixo do que seu show anterior! Para os presentes a felicidade de estar mais perto da banda agradou e não foi preciso tumultos.

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O show teria início as 19:30, e o que de fato se iniciou com poucos minutos de atrasos, mostrando o profissionalismo da banda nesse aspecto! Vamos agora a resenha do show.

Como de costume, a banda sempre inicia seus shows com um instrumental de seus álbuns, para dar o ar de suspense e a escolhida desta noite foi a música Tiffauges. Enquanto a música de abertura se seguia, os membros da banda adentravam o palco da casa, faltando apenas o baixinha macabro Dani Filth que entrou já ao final da música.

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Em seguida a casa veio abaixo com a excelente Funeral In Carpathia, um grande hino da banda que fazia tempo que não há via ao vivo e mostrou toda o brilho da banda no palco, tendo uma execução perfeita, e trazendo o que seria a grande novidade da noite: a voz de Dani Filth. Além de o público mostrar a euforia na pista da casa, era possível ver o quanto os membros estavam contentes e estar novamente em solo brasileiro, especialmente o vocalista que andava pra lá e pra cá e os demais agitando com seus devidos instrumentos.

Ao longo da noite, teríamos mais novidades em seu setlist, mas para inicio fora executado mais um excelente petardo presente no último disco da banda, For Your Vulgar Delectation, mostrando novamente a banda bem entrosada e permitindo uma maior atenção em dois membros que estavam um pouco mais acanhados, a tecladista Lindsay Matheson e o baixista Daniel Firth, ambos que se apresentavam pela primeira vez em terras tupiniquins.

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Logo após, foi executada a música A Dream of Wolves in the Snow, música que não estava presente há um bom tempo no setlist da banda, permitiu aos fãs a delirarem e aproveitarem o momento em que o vocalista utilizou pela primeira vez a passarela e cumprimentou os que estavam próximos da grade.

E a outra surpresa da noite, a Summer Dying Fast que está presente no álbum The Principle of Evil Made Flesh e Bitter Suites to Succubi, permitiu novamente entender o quanto melhor a voz de Dani estava não somente nos guturais, mas em seus berros agudos e uma agitação excepcional do mesmo, que brindava os fãs com caretas, e sua marca registrada: "seus pulinhos" pelo palco.

A dobradinha das próximas duas músicas marcariam a noite pela estréia de Lindsay Matheson nos vocais, a primeira a ser executada Lilith Immaculate onde o refrão a casa toda a uníssono também cantava e agitava sem parar, mostrando que esta música deveria ficar como parte integral de todo e qualquer setlist da banda, e em seguida uma música mais calma que permitiu ao público cantar ela em todo o seu percursos, a mais comercial da banda Nymphetamine Fix. O que agradou e muito o público, ao menos ao redor de onde me encontrava era o tom de aprovação também nos vocais de Lindsay, que não deixou a desejar em nenhum momento suas antecessoras como a Caroline Campbell (presente no show de 2010) e até mesmo a Sarah Jezebel Diva (que se afastou da banda faz algum tempo).

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Novamente uma outra música de seu mais novo CD foi executada denominada Manticore! Para este que vos escreve, esta foi a música executada com um belíssimo profissionalismo da banda, pois o instrumental se encontrava impecável, mostrando que Paul Allender e James McIlroy são ótimos instrumentistas, seja em estúdio ou ao vivo. E claro, não podemos esquecer do insano Marthus atrás das baquetas, que aliás o cara manda muito bem não somente em músicas mais recentes, mas como também nos clássicos da banda.

E aqui seria definido a última grande surpresa da noite, a música Born in Burial Gown de 2001. Uma boa surpresa para os fãs que estavam presentes na casa, pois apesar de não ser considerado um clássico da banda, empolgou e muito! Onde eu estava presente, houve bastante agitação por parte do público, empurrando, batendo cabeça e gritando, especialmente no refrão "Born in a Burial Gown", e que o público ainda tentava acompanhar o vocalista nos momentos em que ele estendia seu vocal por um tempo.

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E antes do Encore, tivemos a execução de Honey and Sulphur, que logo na abertura o público já gritava e seguia em coro até a entrada do vocalista. Nesta música em particular, foi possível ver a belíssima tecladista balançando o esqueleto, bangueando e marcando sua presença de palco, bem como o baixista que estava mais solto e se permitia ir até a frente do palco junto com os guitarristas e saldar os fãs. Para fazer os fãs irem a loucura e a caixa abaixo, foi executado como último música do setlist normal a excelentíssima The Forest Whisper My Name, música da qual dispensa qualquer apresentação ou descrição, e por ser fichinha carimbada em todo o show da banda. Porém, podemos dizer que, com essa música a empolgação dos fãs atingiram o auge e mostrou a banda porque eles deveriam continuar a se apresentar no Brasil em toda e qualquer turnê de divulgação.

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Se encerrando o setlist normal, a banda simplesmente deixou o palco, e após alguns minutos, Marthus voltou a sentar atrás da bateria e os demais membros adentraram o palco para executar mais 5 músicas. Quando iniciada a música instrumental que daria inicio ao Encore, alguns fãs já sabiam o que estava prestes a acontecer: algum dos maiores clássicos da banda e infelizmente um show que acabaria logo.

E então, chegamos ao derradeiro final desta apresentação com três grandes clássicos: Cruelty Brought Thee Orchids, Her Ghost in the Fog e por fim, From the Cradle to Enslave. Três músicas que dispensam qualquer apresentação, pois já são conhecidas por todos que admiram ou até mesmo odeiam a banda. Inegável dizer que vê-las ao vivo permite a qualquer pessoa a entender que a banda ainda continua no seu auge e que não deve ser apreciada ao menos uma vez. Uma excelente padrão de show e que dessa vez, a iluminação de palco ajudou um bocado para quem estava mais longe da grade.

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Em suma, o Cradle of Filth é uma banda que sempre inova seja no som, letras ou arte e dessa vez acabou inovando em profissionalismo e carisma com o público, especialmente por parte do vocalista que pedia para que todos gritassem e agitassem. Talvez o único ponto fraco da noite, tenha sido o setlist que não contou com seus principais clássicos, como Dusk and Her Embrance, A Gothic Romance, Lord Abortion ou até mesmo, Beneath the Howling Stars. Mas, as ótimas surpresas que transformariam o show em uma releitura de toda a carreira da banda, já valeriam a ausência de tais clássicos.

Cradle of Filth – Carioca Club – 20/04/2013:

Tiffauges
Tragic Kingdom
Funeral in Carpathia
For Your Vulgar Delectation
A Dream of Wolves in the Snow
Summer Dying Fast
Lilith Immaculate
Nymphetamine Fix
Manticore
Born in a Burial Gown
Honey and Sulphur
The Forest Whispers My Name

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Encore:
Cruelty Brought Thee Orchids
Her Ghost in the Fog
From the Cradle to Enslave

Cradle of Filth:
Dani Filth – Vocais;
Paul Allender – Guitarras;
James MacIlroy – Guitarras;
Daniel Firth – Baixo;
Lindsay Matheson – Teclados, Voz;
Marthus – Bateria.


Outras resenhas de Cradle of Filth (Carioca Club, São Paulo, 20/04/2013)

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