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Van Halen: Uma noite inesquecível em Kansas City

Resenha - Van Halen (Sprint Center, Kansas City, MO, 22/05/2012)

Por Doctor Robert
Postado em 11 de junho de 2012

Não é fácil ser fã de Van Halen. Principalmente no Brasil. Basta lembrar que a primeira e única vez em que a banda passou por nossas terras foi lá pelos longínquos anos de 1983 (quando grande parte dos que devem estar lendo este texto nem sabiam o que era Van Halen, ou até mesmo sequer eram nascidos!). Além disso, quando Eddie, Alex e cia. resolvem sair em turnê (e tudo isso depende de um grande conjunto de fatores extensamente explorados pela mídia, como vontade, saúde, dinheiro e etc.), os benditos shows sequer saem da América do Norte. Assim tem sido pela última década, e se você estiver disposto realmente a realizar o sonho de ver o quarteto ao vivo, tem que encarar uma viagem para os Estados Unidos (ou dar a sorte de coincidir com uma viagem sua para lá, como foi o caso aqui).

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E então chega o dia de viajar e a expectativa para o show só aumenta, até que começam a vazar boatos na internet de que alguns shows da tour serão cancelados. E os boatos vão se confirmando, e você começa a rezar para que a data para a qual comprou o ingresso permaneça na agenda. Ufa, deu certo! Tá lá no site oficial ainda... Acaba aí o suplício? Não...

Como se tudo isso não bastasse, estamos lá nós fãs, felizes da vida aguardando ansiosamente pelo show, e somos obrigados a aguentar mais uma: enfrentar o Kool and the Gang como banda de abertura! Nada contra black music, nada contra fãs de discoteca, mas... esse não é o show de abertura de uma das bandas mais barulhentas do hard rock? Embora a grande maioria dos presentes no Sprint Center pareça ter se divertido com a mistureba musical, não foi nada fácil aturar aqueles intermináveis 50 minutos de show.

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A paciência é uma virtude, e como todo bom fã de Van Halen, estávamos bem treinados nesta parte. E pontualmente, às 21 hrs., Alex Van Halen pisa nos palcos e começa a "trovejar" de sua bateria uma série de pancadas, acompanhado pelo inconfundível feedback da guitarra de seu irmão Edward... o público vai ao delírio e eis que surgem os primeiros acordes de "Unchained", gerando uma verdadeira catarse! E o êxtase continua com a igualmente clássica "Runnin’ With The Devil", introduzida com aquele inconfundível som de buzinas sampleado que abre o primeiro álbum da banda, seguida pelo baixo roncante do "herdeiro real" Wolfgang Van Halen.

Embora inúmeros comentários tenham surgido a respeito do relacionamento entre David Lee Roth e Eddie Van Halen, ambos esbanjam profissionalismo e não deixam transparecer nada nos palcos (assim como faziam muito bem na década de 1980). David, aliás, não mudou em nada sua performance – tudo bem que o agora senhor Dave não aguenta mais dar todos aqueles saltos de kung-fu que lhe eram característicos, mas continua extremamente comunicativo, brincando o tempo todo com a plateia, além de arriscar vários passos e sapateados no tablado especialmente montado sobre o palco para ele. E ainda sobra energia para alguns chutes no ar e malabarismos com barras e pedestais de microfone. Impossível não mencionar ele brincando com uma fã na fila frontal, durante "Everybody Wants Some", quando especulava se não poderia ser seu pai: "nós fizemos muitos shows por essa região na época de 1982/83...".

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Voltando ao show, este continua com uma sequência que intercala ao clássicos músicas do novo álbum "A Different Kind Of Truth" (muito bem escolhidas, aliás, como "She’s The Woman", "Tattoo", "Chinatown" e "The Trouble With Never"). Porém, obviamente, todos estavam ali para ouvir suas músicas favoritas e elas não faltaram: "Hear About It Later" foi um dos pontos altos, assim como "Dance The Night Away", as covers de "You Really Got Me" (The Kinks) e "Pretty Woman" (Roy Orbinson) e ainda a surpresa da noite, "...And The Cradle Will Rock", do subestimado "Women And Children First", além da dobradinha "Women In Love" (com sua magnífica introdução) e "Beautiful Girls", de "Van Halen II".

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Para a segunda metade do show, foram reservados quatro hits do álbum "1984" (as clássicas "Hot For Teacher", "Panama", onde Dave "conta" a Wolfgang sobre a stripper chamada Evelyn que inspirou a composição, e "Jump", que encerrou o show, além da morna "I’ll Wait"). Ficou também o momento mais aguardado pelos fãs de guitarra: o solo de Eddie, onde ele desfilou tudo o que o público sabe de cor, mas sempre espera ouvir, como "Spanish Fly", "Cathedral" e, obviamente, "Eruption". Teve também David Lee Roth e seu violão, contando ao público sobre a sua paixão por cães pastores e as competições que participa com seus amigos peludos, antes de tocar os primeiros acordes de "Ice Cream Man". E, claro, "Ain’t Talkin’ ‘Bout Love", o riff mais conhecido e aclamado de Mr. Edward.

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E foi isso. Em pouco mais de duas horas, o Van Halen nos presenteou com uma noite inesquecível e conseguiu colocar por terra todas as adversidades que seus fãs enfrentam. Se realmente as velhas rixas do passado estão de volta, em momento algum elas transparecem. Só nos resta torcer para que realmente os shows cancelados (adiados?) do final da turnê tenham sido por conta de cansaço mesmo, e não por outro motivo (vale lembrar que no ano passado, Eddie enfrentou o câncer novamente, o que levou a adiar o lançamento do CD e gerou inúmeros boatos de conflitos internos). E caso a turnê continue, torcer para que enfim resolvam sair de sua zona de conforto e viajar mundo afora...

SET LIST
1.Unchained
2.Runnin' With the Devil
3.She's the Woman
4.The Full Bug
5.Tattoo
6.Everybody Wants Some
7.Somebody Get Me a Doctor
8.China Town
9.Hear About It Later
10.Oh, Pretty Woman (Roy Orbison cover)
11.Drum Solo
12.You Really Got Me (The Kinks cover)
13.The Trouble with Never
14.Dance the Night Away
15.I'll Wait
16.And the Cradle Will Rock…
17.Hot for Teacher
18.Women In Love
19.Beautiful Girls
20.Ice Cream Man (John Brim cover)
21.Panama
22.Guitar Solo
23.Ain't Talkin' 'Bout Love
24.Jump

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Sobre Doctor Robert

Conheceu o rock and roll ao ouvir pela primeira vez Bohemian Rhapsody, lá pelos idos de 1981/82, quando ainda pegava os discos de suas irmãs para ouvir escondido em uma vitrolinha monofônica azul. Quando o Kiss veio ao Brasil em 1983, queria ser Gene Simmons e, algum depois, ao ver o clipe de Jump na TV, queria ser Eddie Van Halen. Hoje é apenas um bom fã de rock, que ouve qualquer coisa que se encaixe entre Beatles e Sepultura, ama sua esposa e juntos têm um cãozinho chamado Bono.
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