Shaman: como foi o show no Metal Rock Fest de Araçatuba
Resenha - Shaman (Metal Rock Fest, Araçatuba, São Paulo, 24/03/2012)
Por Fabiana Casaburi
Postado em 03 de abril de 2012
Noite mais do que agradável aqui em Araçatuba, no VIVERE MUSIC HALL, no evento METAL ROCK FEST. Após as 4 primeiras bandas de apoio, GHOST RIDERs, THE BEST GUNS (Guns & Roses Cover), PRISON SYSTEM (System of a Down Cover) e SALVANOR (Iron Maiden Cover) agitarem a galera, era vez da grande atração da noite, SHAMAN, finalmente subir ao palco e se apresentar aos mais de 1200 presentes, completando quase a lotação da casa.
Pela primeira vez em ARAÇATUBA, o "quarteto fantástico", como foi chamado durante a apresentação, fez um set perfeito. Vamos à apresentação.
No apagar das luzes já podia se ouvir a belíssima RENOVATTI, tema "Intro" de abertura do aclamado, por público e critica, "IMMORTAL".
O clima de ansiedade tomava o ambiente, o público estava de fato, em êxtase. Mesclado aos gritos da galera pode se ouvir os gritos "desesperados" de outra introdução, a de "TURN AWAY". A explosão foi imediata! Luz e som em plena sintonia e de dentro do tradicional "stage fog" (fumaça de show), surge o SHAMAN!
Mostrando extrema energia e vitalidade, a banda logo mostrava a que veio. Devo admitir que esse seria meu primeiro show dessa formação do SHAMAN e sinceramente não sabia muito o que esperar, mas uma coisa é fato, não imaginava que algo da formação antiga fosse executado tão próxima do CD, não só os timbres e efeitos, mas me atrevo a dizer que a música, por muitos momentos, soou melhor na voz do BIANCHI, do que na de seu antecessor. Com certeza era o começo de uma grande noite e essa sensação era geral!
Na seqüência, sem falas nem pausas, outra "pedrada" explodiu no "P.A" (Caixas de som para o Público), "TRIBAL BY BLOOD"! Grande clássico, também do "IMMORTAL". Nessa, pode se notar vividamente que agitação do público se mesclava a curiosidade, já que "Tribal" é famosa por seu alto grau de técnica na execução, tanto de instrumentos, bem como voz. E eles não deixaram por menos. CONFESSORI está realmente de volta aos "velhos tempos" e me atrevo a dizer que nunca o vi tocando com tamanha vontade e impetuosidade!! Incrível! Atenções voltadas também, novamente a BIANCHI, que com
tamanho poder em seus gritos, ficava a pergunta se ele seria um daqueles vocalistas que gastam toda a voz no começo dos shows, ficando sem para o resto da apresentação.
Mais uma vez, outra introdução pode se ouvir mesclada ao fim da música. Ah sim, "hino" da banda a caminho! Com sua batida "Andina", "FOR TOMORROW" fez do lugar um verdadeiro Inferno ensurdecedor! Novamente, hora de conferir a competência dos músicos do SHAMAN. Sim, "Gol"!! Mais uma execução beirando o CD. Palmas para QUESADA que rouba substancialmente a cena com sua simpatia e energia contagiante!
Finalmente Thiago fala com a platéia que o recebe de braços abertos. Anunciada nova "pedrada". "INFENO VEIL"! Após sua forte introdução (que inclusive nos leva muito à reinos de bandas como Anthrax e Slipknot), a pausa q se segue trouxe nova movimentação do público, que não parava quieto um segundo apenas.
Mais um ponto positivo na apresentação do SHAMAN deve ser ressaltado, LEO MANCINI. Além de extremamente simpático e carismático, como toca aquela pessoa!! Fica realmente cada vez mais fácil assistir à essa grande apresentação.
Nova introdução surgia nos "P.As" e se tudo corresse bem, estávamos falando de "ORIGINS, THE DAY I DIED" seguida da maravilhosa "LETHAL AWAKENING". Sim, eles fizeram de novo! Mais uma daquelas músicas em que o público não sabia se agitava ou se assistia, dada tamanha precisão naquilo que se tornava um dos momentos de maior nível técnico da noite. Que música! Me atrevo a dizer que é a nova "CARRY ON" do metal melódico! Realmente muito incrível ver esses caras tocando essa música ao vivo.
Opa, hora de mais um clássico e dessa vez era de "HERE I AM". Apesar de não ser muito fã dessa música, devo admitir que mais uma vez, o BIANCHI e seus comparsas me levaram a ver as coisas de uma outra maneira, a deles! Me parece que em algum momento das músicas antigas eles sempre fazem algumas mudanças que deixam de alguma forma, as canções mais interessantes que as originais. Ponto para QUESADA mais uma vez, que com seu sorriso carismático e "patadas" firmes no baixo, ajudou muito a música a brilhar ainda mais. Outra coisa que me chamou bastante atenção foi a passagem de voz feminina existente na canção original, que BIANCHI resolveu interpretar ao vivo e de fato é impressionante, pois sua capacidade de fazer qualquer tipo de voz, desde a mais agressiva à passagens suaves como aquela, mostra sua perfeição e técnica apuradíssima no emprego da voz.
Luzes na bateria e, YES! Solo de RICARDO CONFESSORI! Vale repetir, como está tocando esse rapaz! Que energia! Que velocidade!
A galera vai a loucura e como se não tivesse como empolgar mais os presentes, o velho malabarismo com as baquetas finalmente trouxe o lugar ao chão. Excelente solo, perfeitamente encaixado no set list.
Apagar das luzes, barulhos de "jangada" nos "PAs" anunciam novo clássico, "FINALLY HOME". Deus, como gostaria de ver essa música ao vivo! E pelo que me parecia, não só eu! O delírio é geral nas primeiras notas de Bianchi, que sozinho no palco trás toda energia e misticismo da canção, que cantada em uníssono pela multidão. Para explicar de uma forma mais fácil, era possível notar algumas pessoas em lágrimas, o que de fato, devo admitir, me levou a mesma situação. Perfeito, o show já poderia ter acabado ali, que já constaria na minha pequena lista de melhores shows da vida. Mas ainda tinha mais.
Luzes azuis, "stage fog" e muito suspense. Até que os cânticos gregorianos surgem das caixas de som e finalmente fazem dessa que voz escreve, quase surda pelo resto de sua vida! O que seguiu foi a eterna introdução de piano que marcara pra sempre essa banda. É, se eu achava que lágrimas seriam coisa de apenas uma música, estava no show errado. Não tenho palavras pra descrever "FAIRY TALE". Foi um dos momentos mais especiais que pude viver num show de METAL. BIANCHI é com certeza um dos grandes nomes da música mundial e provou isso cantando por através de sua alma. Era possível ver muito dos presentes claramente emocionados com tamanha interpretação, inclusive a própria banda, esbanjando carinho mútuo tanto por seus colegas, mas também para com o público, que retribuía automaticamente. Música perfeita, som perfeito, banda inspirada, vocalista com a mania insistente de melhorar ao vivo, tudo que já foi gravado pela banda. Sem mais.
Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
O que mais poderia vir ainda, outro clássico! "IMMORTAL"! O mini-solo de bateria trazia todos de volta ao "inferno". Energia contagiante levantou de novo a galera e o que se seguiu foi uma batida hipnotizante de CONFESSORI, que não mostrava um indício se quer de cansaço. Desnecessário dizer que mais uma vez, que a atmosfera que a banda criara nesse música é algo quase inebriante.
Fim de show, SHAMAN se despede com honras teatrais e um gostinho de quero mais no ar, pois de fato alguns clássicos foram deixados de fora. Mesmo assim foram extremamente ovacionados e ainda deixando a sensação geral de algo que não via a muito tempo no Brasil uma banda de METAL que nos dá orgulho de ser brasileiros. Parabéns SHAMAN e obrigado por dos melhores shows de minha vida.
Ainda se apresentaram após a banda principal, as METALLICA TRIBUTE BRASIL e a LUNA TENEBRAE para encerrar a noite com chave de ouro.
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