Machine Head: banda frustra no show em São Paulo
Resenha - Machine Head (Via Funchal, São Paulo, 14/10/2011)
Por Renan Corradini Colber
Postado em 15 de outubro de 2011
Quando se pensa em Thrash Metal, as bandas que formam o Big 4 são refêrencia. No entanto, se abrirmos um pouquinho mais o leque, com certeza Exodus e Machine Head tenham praticamente o mesmo peso de Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax no cenário.
Eis que depois de longos 20 anos de espera, o Machine Head vem para o Brasil para uma seqüência de aguardadas apresentações que começaram por São Paulo na última sexta-feira, no Via Funchal.
Falando em Via Funchal, a casa mostra um total despreparo e descaso ao lidar com seus clientes, mas isso fica para uma outra hora.
Confesso que não entrei a tempo de ver as duas bandas de abertura (uma delas o Threat) e quando me vi nas dependências do Via Funchal o Sepultura iniciava sua apresentação. Depois de muitos shows do Sepultura presenciados, uma coisa é fato; os caras nunca decepcionam. No entanto, mesmo partindo desta premissa, este foi o mais fraco que vi. Abrindo maravilhosamente com "Arise" e seguindo com "Refuse Resist", o som da casa se mostrava bom e a banda enérgica. No entanto, depois de destilar algumas músicas do novo álbum (o bom Kairos), a qualidade do som caiu vertiginosamente e o show acompanhou tal queda. Começar "Altered State" e parar para uma do novo álbum não dá! O som foi piorando minuto a minuto até o fim com "Roots Bloody Roots" que, como sempre, levantou o público. No geral, mais uma vez, sem decepções e com um set que agradou.
Minha expectativa era de que a casa fosse encher até o início do show do Machine Head. Bem, isso não aconteceu. Com diversos espaços, inclusive muito próximos ao palco, era extremamente tranqüilo transitar pela casa. Arrisco dizer que a banda poderia ter sido alocada numa casa de shows menor.
Rapidamente, estava tudo pronto para a entrada do Machine Head no palco. Luzes apagadas e eles entram com a clássica "Imperium", levando os fãs ao êxtase. Seguida da maravilhosa "Beautiful Morning", uma coisa já era clara; o som estava horrível e talvez até pior que o Sepultura. O pior; o mesmo não melhorou durante toda a apresentação. Completamente embolado, não era possível entender cem por cento das palavras dirigidas pelo frontman Robb Flynn ao público. A caixa da bateria também se mostrava inaudível. Tentei caminhar pelo Via Funchal para ver se o problema era a localização, mas isso não se confirmou. Mesmo estando quase a frente do palco, o som ainda estava sofrível.
Depois de algumas faixas do novo álbum, "Locust", a banda apresenta a clássica "Old" do esplêndido "Burn My Eyes", um marco do gênero. A excelente "Aesthetics of Hate", do também esplêndido "The Blackening" continua o show. Uma pena que o som estragasse a tal ponto uma apresentação coesa dos norte-americanos. Depois da porrada "Ten Ton Hammer", a banda sai do palco por aproximadamente 10 minutos. A meu ver, isso mostrava uma tentativa de melhorar o som.
Porém, o inesperado ocorreu. A banda volta ao palco com a linda "Halo" e na seqüência emenda seu maior clássico "Davidian". Arrisco dizer que o som estava ainda pior! No entanto, pior mesmo foi uma pergunta que me fiz: "Davidian agora? Eles fecham os shows com Davidian!". Depois de uma hora e vinte minutos de apresentação (considerando os 10 minutos de intervalo), e sem uma despedida coerente, o Machine Head deixa o palco e em poucos segundos a luzes estavam acesas e o roadies estavam desmontando todo o equipamento.
Depois de vinte anos de espera, o Machine Head vem ao Brasil. Com um som pífio e um show burocrático, a banda se despede do palco não fazendo jus ao nome que tem e, principalmente, os fãs que lá estavam. A expectativa que fica, é para que nos próximos shows da turnê brasileira Robb Flynn caia na real e faça um show que possa ao menos comprovar que eles são uma boa banda de Thrash Metal.
Set list Sepultura:
1. Intro
2. Arise
3. Refuse/Resist
4. Kairos
5. Just one Fix (Ministry Cover)
6. Dead Embyonic Cells
7. Convicted in Life
8. Attiude
9. Choke
10. What I Do!
11. Relentless
12. Firestarter (Prodigy Cover)
13. Troops of Doom
14. Septic Schizo / Escape to the Void
15. Meaningless Movements
16. Seethe
17. Polícia (Titãs Cover)
18. Teritorry
19. Inerself
Encore:
20. Roots Bloody Roots
Set list Machine Head:
1. Imperium
2. Beautiful Morning
3. Locust
4. The Blood, The Sweat, The Tears
5. I am Hell (Sonata in #C) (primeira vez tocada ao vivo)
6. Bulldozer
7. Old
8. Aesthetics of Hate
9. Darkness Within (primeira vez tocada ao vivo)
10. Ten Ton Hammer
11. Halo
12. Davidian
Outras resenhas de Machine Head (Via Funchal, São Paulo, 14/10/2011)
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