Machine Head: foi bom, mas poderia ter sido mais longo
Resenha - Sepultura e Machine Head (Via Funchal, São Paulo, 14/10/2011)
Por Otávio Augusto Juliano
Postado em 15 de outubro de 2011
A proposta da noite era ver e ouvir o som de dois dos maiores nomes do Thrash Metal mundial. De um lado, o principal grupo de Metal do Brasil: o SEPULTURA, que dispensa maiores apresentações. De outro, o MACHINE HEAD, banda surgida em 1991, na Califórnia, pela primeira vez em solo brasileiro. Ou seja, era uma sexta-feira de muito Metal pesado na Via Funchal.
Fotos por Leandro Anhelli (www.anhelli.com.br)

Infelizmente não cheguei a tempo de curtir o som dos paulistas do THREAT, que foram os responsáveis pela abertura da noite. Mas ouvi ótimas referências da apresentação do grupo, que já vem há tempos se tornando figura carimbada em shows e eventos de Metal pelo Brasil e pelo mundo.

Às 21:20h, foi a vez do SEPULTURA começar a "botar a Via Funchal abaixo", com o peso e a qualidade de sua música. Divulgando seu mais recente lançamento, o CD "Kairos", Andreas, Derrick, Paulo e Jean já subiram ao palco com "o jogo ganho".

Falar do SEPULTURA é fácil, afinal é o maior representante brasileiro no gênero Metal e responsável por levar o nome do país mundo afora. Alternando sucessos de seus álbuns mais antigos, como "Troops Of Doom", do CD "Morbid Visions", de 1986, com músicas mais recentes, incluindo ainda covers de bandas como MINISTRY e PRODIGY, o grupo tocou por quase 1 hora e meia e foi muito aplaudido, como era de se esperar.
Coube ainda no set list uma versão de "Polícia", dos TITÃS, até o fechamento com "Territory" e "Inner Self", dois verdadeiros clássicos que fizeram todo o público agitar, seja batendo cabeça, pulando, cantando ou ainda formando grandes rodas de mosh na pista.

Após poucos segundos, o SEPULTURA ainda retornou ao palco para aquela música que sempre encerra as apresentações da banda: "Roots Bloody Roots".

Era então a vez do MACHINE HEAD e, às 23:15h, as luzes se apagaram e o grupo californiano começou a "pagar a dívida" que tinha com seus fãs brasileiros. Pela primeira vez, todos estavam em um show da banda no país.

Logo de cara, o MACHINE HEAD já desceu a porrada e fez a Via Funchal tremer, com as clássicas "Imperium" e "Beautiful Mourning", com pedidos do vocalista Robb Flynn para que todos levantassem os punhos no ar.

Se dois dias antes, em 12/10/2011, Robb postou uma mensagem no site oficial da banda dizendo que naquela data se comemorava 20 anos da criação do MACHINE HEAD, o grupo não podia ter escolhido maneira melhor de brindar esse aniversário de duas décadas, senão com um show inédito para o público brasileiro.

Não faltaram ainda músicas do disco "Unto The Locust", lançado recentemente, no fim de setembro. A canção "Locust" foi uma delas, que a banda já tinha tocando no Mayhem Festival, nos EUA e Canadá, com seu começo mais cadenciado até acelerar de vez. As outras duas, "I Am Hell (Sonata In #C)" e "Darkness Within", foram executadas ao vivo pela primeira vez, conforme anunciado pelo vocalista.

Apesar de tocar ao menos uma música de cada álbum lançado pela banda, para este redator que vos escreve e acredito que para muitos dos fãs presentes, ficou a sensação de que cabia mais, principalmente por se tratar da primeira visita da banda ao país.

O show do MACHINE HEAD durou exatamente 1 hora e 25 minutos, apesar do baterista Dave McClain ter adiantado em entrevista à UOL algumas horas antes que seriam duas horas de apresentação.
Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

É claro que não faltaram clássicos, como "Bulldozer", que durante a sua execução fez com que fosse aberta uma enorme roda de mosh no meio da pista, além de "Halo" e "Davidian" que fecharam a noite, mas sem dúvida o show poderia ter sido um pouco mais longo.

A casa não estava completamente cheia, mas o público compareceu em bom número e agora só resta mesmo torcer para que o MACHINE HEAD volte logo e nos presenteie com mais músicas de peso, afinal os músicos certamente ficaram impressionados com a receptividade positiva que tiveram no Brasil e o vocalista Robb não cansou de agradecer a todos os presentes durante o show.
Agradecimentos a Miriam Martinez pela atenção e credenciamento.
Sepultura - Banda:
Paulo Jr. – baixo
Andreas Kisser – guitarra
Derrick Green – vocal
Jean Dolabella – bateria
Set List:
1. Intro
2. Arise
3. Refuse/Resist
4. Kairos
5. Just One Fix (Ministry cover)
6. Dead Embryonic Cells
7. Convicted in Life
8. Attitude
9. Choke
10. What I Do!
11. Relentless
12. Firestarter (The Prodigy cover)
13. Troops of Doom
14. Septic Schizo /Escape to the Void
15. Meaningless Movements
16. Seethe
17. Policia (Titãs cover)
18. Territory
19. Inner Self
Bis:
20. Roots Bloody Roots
Machine Head - Banda:
Adam Duce – baixo
Robb Flynn – vocal, guitarra
Phil Demmel – guitarra
Dave McClain – bateria
Set List:
1. Imperium
2. Beautiful Mourning
3. The Blood, The Sweat, The Tears
4. Locust
5. I Am Hell (Sonata In #C)
6. Aesthetics Of Hate
7. Old
8. Bulldozer
9. Ten Ton Hammer
10. Darkness Within
11. Halo
12. Davidian
Outras resenhas de Sepultura e Machine Head (Via Funchal, São Paulo, 14/10/2011)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Os três clássicos do Iron Maiden que foram "copiados" do Michael Schenker Group
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
A opinião de Rafael Bittencourt sobre bandas que ficam se apoiando no "Angraverso"
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
A melhor música de cada disco do Metallica, segundo o Heavy Consequence
Gene Hoglan admite ter usado IA na capa do novo álbum do Dark Angel e não liga para críticas
Cinco músicas totalmente excelentes lançadas em 2025
James e Lars, do Metallica, escolhem as duas maiores bandas de todos os tempos
O verso de "Igreja" que fazia Arnaldo Antunes deixar palco dos Titãs por desconforto
O dia que Robert Plant pediu um cigarro para James LaBrie em um bar (e não ganhou)



5 discos lançados em 1994 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida
5 discos dos anos 2010 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida
De 1970 a 2025: uma música de cada ano gravada por bandas de heavy metal
10 bandas que prestaram tributo ao Black Sabbath com covers marcantes
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista
