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Pain Of Salvation: resenha e fotos do show no Rio

Resenha - Pain Of Salvation (Hard Rock Cafe, Rio de Janeiro, 04/06/2011)

Por Rodrigo Simas
Postado em 09 de junho de 2011

A madrugada mais gelada do ano até agora deu uma ambientação bem "sueca" para a noite do show do PAIN OF SALVATION no Rio de Janeiro, no sábado, 4 de junho. Para a sorte dos fãs, o horário era de matinê: 18h30. Mas aconteceu de tudo para que o público pegasse o frio da madruga. A banda entrou no palco com duas horas de atraso; havia uma grande fila recheada de desinformação (inicialmente, não havia divisão entre quem iria comprar ingresso na hora e quem iria retirar tíquetes adquiridos pela internet). E, no fim, mais fila para pagar o cartão de consumação que permitia a saída do Hard Rock Café, além da retenção do ingresso, o que frustrou quem gosta de guardá-los como souvenir.

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Na passagem de som – que muita gente ouviu, já que foi feita por volta das 18h – outro problema ficou perceptível: o volume muito alto, desproporcional para o tamanho da casa, e que embolava todos os instrumentos. Para não ficar só no esculacho, o local era confortável, e a decoração rock'n'roll dava uma boa moldura para a banda.

Em cima do palco, onde realmente interessa, correu tudo bem. O PAIN OF SALVATION fez uma apresentação jogando para a galera, com músicas de toda a carreira que todos queriam ouvir – as seqüências "Of Two Begginings/Ending Theme" e "Falling/The Perfect Element", "Kingdom of Loss" – outras do último trabalho – "Road Salt", "Linoleum", "Tell Me You Don't Know" – e três executadas ao vivo pela primeira vez – "Black Hills", "Idioglossia" e "Her Voices".

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Como os fãs sabem, a banda é bem azeitada ao vivo. Mesmo o baixista emprestado funcionou – ele fora técnico de guitarra do PAIN OF SALVATION na turnê anterior pelo Brasil, o que garante uma boa bagagem. Daniel Gindenlöw foi o maestro, regendo a animação do público, apresentando uma voz cristalina – quando era possível perceber – e aparentemente feliz de verdade por estar tocando ali.

A entrada no palco – precedida pela vinheta Remedy Lane – deu mais punch à "Of Two Begginings", mas o show começou arrastado, crescendo em sua metade final. A maior parte das músicas seguiam um padrão bem próximo da versões gravadas. Uma exceção foi "America", em que Gindelöw pediu um "short break" no meio para fazer algumas variações. O guitarrista dreadlock Johan Hallgren cumpria suas funções tanto nos solos como na agitação do público – e ainda tirava uma onda com os agasalhos da galera tocando sem camisa.

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Quando a estreia ao vivo de "Black Hills" foi anunciada, a emoção foi tanta que as cordas da guitarra de Gindelöw não aguentaram. Foi a deixa para que o francês Léo Maragarit exibisse suas habilidades em um rápido solo. Já Fredrik Hermansson não precisou de espaço reservado. O som do PoS é muito calcado nos teclados, dando todas as oportunidades para que o tecladista exibisse suas habilidades.

Após "Falling" ser complementada por "The Perfect Element", a banda deixou o palco. O longo intervalo para o bis deixou alguns fãs apreensivos. A volta foi um o espaço para o PAIN OF SALVATION exibir sua versatilidade: início com o blues "Tell Me You Don't Know", meados com a dançante "Disco Queen" e conclusão com a bem característica "Nightmist". E o público pôde se esconder do frio em casa – e esperar por um som de melhor qualidade na próxima vinda do PAIN OF SALVATION ao Rio.

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Setlist
01 Of Two Beginnings
02 Ending Theme
03 America
04 Handful of Nothing
05 Kingdom of Loss
06 Black Hills
07 Idioglossia
08 Her Voices
09 Second Love
10 Diffidentia
11 No Way
12 Ashes
13 Linoleum
14 Road Salt
15 Falling
16 The Perfect Element

Bis:
17 Tell Me You Don't Know
18 Disco Queen
19 Nightmist

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Sobre Rodrigo Simas

Designer, carioca e tricolor. Começou a ouvir música aos 11 anos, com Iron Maiden, Metallica e Rush. Tem como hobby quase profissional, a música. Além de produzir shows e eventos, trabalhou por 5 anos em loja especializada em Heavy Metal, e já escreveu para alguns sites e revistas de música. Hoje escuta de tudo um pouco, e cada vez mais descobre que existem apenas dois tipos de música: a boa e a ruim, independente do estilo. Bandas e artistas favoritos: Dave Matthews Band, Peter Gabriel, Rush, Iron Maiden, Led Zeppelin, Ben Harper, Radiohead, System of a Down... e a lista continua...
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