Lamb of God: nada a reclamar da passagem por São Paulo
Resenha - Lamb of God (Espaço Lux, São Bernardo do Campo, 26/09/2010)
Por Flavio Lens
Postado em 01 de outubro de 2010
Quem gosta de hard rock e heavy metal, em todas as suas vertentes, com certeza está rindo à toa com as bandas que já aportaram no Brasil até agora. Guns N' Roses, Dark Tranquillity, Lacuna Coil, além dos que ainda estão por vir. como Rammstein, Twisted Sister, Cradle of Filth entre outros.
E mais uma vez, quem curte as vertentes mais pesadas do rock foi presenteado com um show praticamente impecável dos americanos do Lamb of God, que na primeira vinda ao Brasil não decepcionaram e mandaram uma pauleira atrás da outra. E é impressionante o nível de fidelidade sonora dos caras, a banda consegue reproduzir as músicas à beira da perfeição e improvisa o suficiente para ninguém desconfiar que tenha algum tipo de playback rolando.
Infelizmente o guitarrista Mark Morton não pôde vir ao Brasil pois teve que cuidar de sua filha, como foi explicado pelo vocalista Randy Blythe. Aliás, esse cara merece um destaque especial; o que ele faz com a voz é algo absurdo, não é desse mundo. O cara consegue variar do gutural ao rasgado em frações de segundo, bangeia como um retardado sem perder o ritmo enquanto canta, agita de um lado pro outro sem parar e mantém a plateia "na mão" com uma facilidade incrível. Com certeza, um dos melhores frontmen do metal atual.
A banda deu ênfase principalmente aos seus dois últimos álbuns, Sacrament (2006) e Wrath (2009), mas músicas mais antigas também não foram esquecidas, pra delírio da galera. Talvez pelo fato de a formação estar desfalcada e provavelmente não ter tempo hábil de ensaiar mais músicas com o guitarrista convidado (Paul Waggoner, do Between the Buried and Me), o setlist foi um pouco mais compacto, e o show não durou muito mais do que uma hora, mas nada que comprometesse o espetáculo, e o guitarrista deu conta do recado com sobras. Destaque também para o baterista Chris Adler, um dos mais talentosos e criativos da atualidade - e também dono da maior barbicha da face da Terra...
Ponto positivo também para o local escolhido para o show. Eu ainda não conhecia o Espaço Lux, e gostei muito do que vi lá, sem contar a extrema facilidade de acesso ao local, coisa de uns 200 metros de um dos trevos de acesso a São Bernardo.
Merece destaque também a ótima banda de abertura, ChaosFear, elogiada inclusive pelo próprio Randy. Infelizmente, como eu fui ao show de excursão do interior de SP, cheguei um pouco tarde e a fila já estava imensa, e só consegui assistir da metade pro final do show dos caras, mas pelo pouco que deu pra ver, foi a escolha mais apropriada para abrir o show.
No geral, praticamente nada do que reclamar deste domingo, o show foi ótimo, a galera compareceu em peso, o local é ótimo e de lambuja eu ainda conheci metade do estado de São Paulo devido à via sacra que a minha van fez de Catanduva a São Bernardo, passando por Ribeirão Preto (!!!!) e atravessando todo o interiorzão naquela chuva desgraçada...
The Passing (intro)
In Your Words
Set to Fail
Walk With me in Hell
Now You've Got Something to Die for
Ruin
Hourglass
Dead Seeds
Blacken the Cursed Sun
Descending
Contractor
Laid to Rest
Omerta
Vigil
Redneck
Black Label
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