Resenha - Yngwie Malmsteen (St Petersburg, Florida, 28/10/2005)
Por José Luiz de Araújo Júnior
Postado em 13 de novembro de 2005
Algumas coisas mudam, outras...
Não.
E é bom que não mudem mesmo!
Uma delas é o mago das guitarras Yngwie Johann Malmsteen.
Estive ainda ontem em seu show em St Petersburg, Florida, e percebi que o mestre continua o mesmo. A última apresentacão ao vivo que havia presenciado foi no Rio de Janeiro há alguns anos, e aguardava ansiosamente a oportunidade de poder revê-lo.
O local:
Um espaco chamado State Theater, com capacidade para mais ou menos 800 pessoas, sentadas e em pé, completamente lotado. A entrada do público transcorreu tranqüilamente e a saída seguiu o mesmo caminho. A acústica e a iluminacão estavam perfeitas, para fã nenhum colocar defeito.
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Ah, mas como nada pode ser perfeito, erraram o nome dele nos anúncios... Ingwie Malmsteen é de chocar qualquer olha mais atento... Mas, enfim, ainda bem que isso ficou do lado de fora!
A banda:
Competente como tinha que ser. Uma cozinha bem dosada e obediente, com Mick Cervino estracalhando no baixo e Patrik Johansson machucando com carinho as baquetas; um vocalista (Doogie White) que em certos momentos lembra Ronnie James Dio, tanto pela estatura como pela voz... Epa! Eu disse lembra! Eu disse em certos momentos!
Não tivemos teclados neste show, o que quase não foi notado, a não ser no solo de Rising Force, no qual Malmsteen bem humoradamente fez os gestos simulando um air-teclado e arrancou gargalhadas da galera!
É certo também, e acho que nem precisava dizer, que em diversos momentos o baixo, a batera e o vocal eram completamente abafados pelas rajadas daquela famosa Fender Strato!
O show:
O cara abriu o show com Bedroom Eyes!!!
Logo uma música do álbum Eclipse, que em minha opinião é o melhor disparado de sua carreira. Um álbum geralmente desprezado pelos críticos, mas que apresenta um poderio e um feeling impressionantes, com faixas como Making Love, Judas e a própria Bedroom Eyes, dentre outras.
Em seguida, veio Ship Of Fools, do álbum Attack!
A terceira música, outra surpresa agradabilíssima pra mim: Demon Driver, também do Eclipse, numa interpretacão "endiabrada" do "deus" da guitarra!
Daí em diante, foi só porrada: Rising Force, Black Star, uma pequena pausa para Dreaming, o cover de Burn, do Deep Purple... Ufa...
Para fechar com chave de ouro, o clássico I’ll See The Light Tonight, de outro álbum desprezado, Marching Out, que levou todo aquele pequeno teatro ao delírio.
O mestre:
Ainda um pouco acima do peso, carregando diversos aderecos, como pulseiras, cordões, anéis... As costeletas quase se encontrando no queixo, a mesma calca preta colada, e adesivos da Ferrari por todos os lados!
Diversas palhetas arremessadas pra galera. Dessa vez consegui garantir a minha!
Agora, cantando... É uma perdicão! Mas ele pode!
A gente perdoa.
Apesar de Malmsteen ser Malmsteen, que Malmsteen não mude jamais!!!
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