Metallica: análise sob trincheiras
Por Rogério Loconte
Postado em 05 de novembro de 2016
Há poucos meses de mais um aguardado disparo, o Metallica vem de gota em gota salivando a ansiedade dos fãs, liberando alguma de suas novas músicas via web sites e outros motores. Essa é a deixa que preciso para voltar nas antigas de maneira resumida, e destrinchar os emaranhados dos mais de 30 anos de carreira musical da banda em 3 fases emblemáticas.
De cara um início avassalador nos primeiros anos da década de 80, um chute na cara de quem passasse na frente. Logo a seguir, a fase colossal de prestígio e reconhecimento mundial, por volta do começo dos anos 90, que não por acaso é considerada como o momento do ápice de sua hitória. Acreditava-se até que, tão logo suas guitarras cavassem mais fundo no planeta, o Metallica dominaria a Terra.
A partir dai, mais precisadamente por volta da segunda metade de 90, todo o contexto musical ligado a banda muda drasticamente de cenário. O resultado disso - uma polêmica e nova orientação sonora - pode sim ter sido decorrente de todo um redirecionamento universal a qual a própria música em si se submetia no momento - e que de tempos em tempos tende mesmo a se submeter para poder se recriar - o que ajuda a entender e classificar como sendo essa a fase de maior tiriça criativa, ainda que muito lucrativa, do Metallica. A fortuna então se torna um labirinto de intenções.
Arredondando para os idos de 2000, o mundo todo se depara com uma monstruosa engrenagem de nome Metallica, que por sua vez envolve grandes negócios de produtos, desde filmes e video game, até grandes festivais musicais. Desde então, em tudo o que é pedacinho de terra, a máquina Metallica continua a sacudir estruturas sobre cifras que não cabem mais no papel.
Pois bem, em dias atuais e no que se refere ao aspecto musical da coisa - curiosamente o lance mais importante do negócio - a grandiosidade do Metallica não chega a tanto. Porém, mais recentemente a banda arrisca a respirar fora do labirinto que ela mesmo criou em torno de si mesma, numa tentativa um tanto nostálgica de resgatar sua própria música. Quem sabe bebendo em sua própria essência. E da forma como foi dito no começo, temos novidades chegando...
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