RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Sting
Kaledonia

O Heavy Metal nos Limites da Simples Filosofia - Parte II

Por Adriano Alves Fiore
Postado em 10 de maio de 2010

Desde as primícias da História da Humanidade, ou seja, do início da contagem regressiva para o Fim do Mundo - ou do Infortúnio da Natureza e Planeta Terra acelerado pela ação do homem -, o homo bobbus erectus (também conhecido como: de "quattrus") sapiens sapiens (Sabichão mesmo?!...) vem procurando responder às perguntas básicas: O que é a razão? A consciência? Quem sou? De onde venho? O que faço aqui e afinal pra quê? Para onde vou?... A esta última questão a resposta é óbvia: pro buraco! Ou, se preferirem: pro espaço!

A Filosofia - talvez a primeira ciência constituída – e seus seguidores mais bem-dispostos (os filósofos) vêm buscando pôr um pouco de ordem e organização no processo de estudar a variedade infinita de ideias e assuntos que dizem respeito à vida humana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Missão impossível, haja vista as atividades normais da maioria esmagadora do "bicho (Que me perdoem todos os outros metazoários... Sem ofensa!) homem" limitadas a: passar o vizinho pra trás, mentir o tempo todo, disfarçar solidariedade, fingir bondade, gabar-se de qualquer "vantagem", maldizer até destruir os sonhos alheios, apressar a morte do testamenteiro (a) agonizante para rapinar o que estiver ao alcance (bem rapidinho) antes da chegada de outros (as) abutres (Agora que me perdoem as aves falconiformes da família dos vulturídeos!), etc., etc., etc. Uma autêntica feira macabra de vaidades!... Uma verdadeira e canibalesca festa ou gaudério de gentes, temperada com todos os quitutes e requintes de maldade idiossincrática humanal! Não à toa e absoluta razão, o sapientíssimo jornalista (avis raríssima no ramo, infelizmente) e paremiógrafo norte-americano Henry Louis Mencken (1880 -1956) assestava: "Na história humana não há registro de um filósofo feliz: só existem nos contos da carochinha. Na vida real, muitos cometeram suicídio; outros mandaram seus filhos porta afora e surraram suas mulheres. Não admira. Se você quiser descobrir como um filósofo se sente quando se empenha na prática de sua profissão, dê um pulo ao zoológico mais próximo e observe um chimpanzé na sua chatíssima e infindável tarefa de catar pulgas. Ambos – o filósofo e o chimpanzé - sofrem como o diabo, mas nenhum dos dois consegue ganhar.".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Nem pode. Como alguém pode se sentir feliz (ou satisfeito): assistindo aos noticiários, que apenas mostram violência, impunidade e injustiça das mais variados matizes e tamanhos; ou vendo programas de "entretenimento", que tão-somente tratam de ridicularizar pessoas comuns (do "povo") frente às câmeras, assim como de expor publicamente a vida – Por via de regra, pra lá de fútil, desgraciosa e superficial! - das celebridades e/ou "olimpianos" (as) universais... Impossível!!!

Contudo, Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) , um tremendo filósofo, cara "batuta" (gente boa) e cidadão romano (nascido em Córdoba, Espanha), pretendia encontrar uma fórmula para enfrentar os problemas da vida e da mortalidade. Bom, não era pra menos, tinha de ser otimista mesmo; teve de encarar sucessivamente Calígula, Claúdio e Nero! Contrariando Mencken, afirmava: "O sábio autêntico vive em plena alegria, contente, tranquilo, imperturbável; vive em pé de igualdade com os Deuses.". Inclino-me mais a dar ouvidos ao pensador estadunidense, mas Sêneca é merecedor de todo respeito e atenção.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

A Humanidade sempre forneceu "finíssima" matéria-prima para os gênios da pena (hoje das tintas e das teclas de computador), tais quais: Homero (através da transmissão oral, supõe-se que era cego), Miguel de Cervantes, Molière, Jonathan Swift, Shakespeare, Voltaire, Balzac, Oscar Wilde, George Bernard Shaw, Paulo Francis e tantos outros "espíritos" iluminados. Recorro ao insubstituível Voltaire, quando dizia que nunca os filósofos seriam donos de igrejas ou seitas religiosas porque não escrevem para o povo e porque não são seus entusiastas. A salvação para toda essa porqueira (de novo peço desculpa, agora, aos mamíferos da ordem dos artiodáctilos, não ruminantes, ou aos suínos) mundial e globalizante pode vir através da Música. Passei por essa situação, na década de oitenta; eu e milhões e milhões e milhões de outros garotos. Atualmente, somos senhores. Na época, era o nosso Velho Testamento: o Rock and Roll e o Hard Rock dos anos 70 e o nosso Novo Testamento: o contagiante Heavy Metal "oitentista"!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Muito bem diz Ben McCrow (vocalista do grupo The Rotted): "(...) Heavy Metal é um modo de viver, de pensar, de recusar todo o lixo que a sociedade mainstream tenta nos empurrar goela abaixo.".

A professora e escritora Rachael Sotos (do Departamento de Ciências Humanas, The New School, New York, NY) também dá o seu recado: "O Rock and Roll sempre foi uma música de liberdade, tratando da expressão da liberdade nas mais variadas formas: desejo sexual, não-conformismo e rebeldia".

Não raro questionam-me a respeito da antinomia (contradição) que poderia existir entre as minhas duas grandes paixões: a Literatura Clássica e o Hard Rock/Heavy Metal. Fácil, "molim-molim" de responder. Em primeiro lugar, sofro afirmando que, se alguém, ainda, no século XXI - era da comunicação fácil e irrestrita – nunca chegou a conhecer direito ou a conversar com um fã de Heavy Metal é... Um alienado ou uma alienada. Em segundo e último, os maiores autores de todos os tempos, assim como os verdadeiros amantes do Rock Pesado hoje, faziam correr em suas veias a sublime, combativa e majestosa seiva do não-conformismo, eterno e poderoso antídoto contra o servilismo mental e perceptivo (relativo aos sentidos) sempre tão em moda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Encerro essa segunda viagem pelo onírico universo infinito do Heavy Metal, da Grande Literatura e da Filosofia com as palavras mortuárias do imortal escritor irlandês, autor de Viagens de Gulliver:

"Aqui jaz o corpo de Jonathan Swift, doutor em Teologia e deão desta catedral (Saint Patrick em Dublin, Irlanda), onde colérica indignação não poderá jamais dilacerar seu coração. Segue passante, e imita, se puderes, este que se consumiu até o extremo pela causa da Liberdade".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Adriano Alves Fiore

Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL, conclusão em 1992 e colação de grau em 1993) e em Comunicação Social e Jornalismo pela Faculdade Pitágoras, Campus Metropolitana de Londrina, em 2009. Tem participado, como aluno especial na UEL, dos cursos de: Estudos da Linguagem (2004 e 2006), Ciências Sociais (2006) e História (2010). Obtém o título de mestre em Comunicação (área de concentração: Comunicação Visual) pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) em 2011. Atualmente, é doutorando em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pesquisador sob os auspícios da bolsa CNPq no Programa de Estudos de Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da mesma Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, Brasil).Tem experiência na área de Letras, Literatura e Comunicação Social/Jornalismo com ênfase em: História, Filosofia, Psicologia, Semiótica, Música (sobretudo dos gêneros: Clássico ou Erudito, Heavy Metal e Hard Rock), Sociologia, Antropologia e Mitologia Clássica Greco-Romana. Atua em revistas e sites especializados em Rock qual crítico de Música e Comportamento Social (e do indivíduo). Também participa em variados tipos de sites e/ou periódicos impressos como colunista tratando dos mais diversos assuntos.
Mais matérias de Adriano Alves Fiore.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS