Metallica faz terapia e mostra lado sensível em novo CD
Fonte: IG
Postado em 02 de junho de 2003
SAN FRANCISCO (Reuters) - Depois de duas décadas sendo uma das maiores bandas de hard rock da história, os integrantes do Metallica deram o passo mais radical de suas carreiras.
Alguns anos atrás, eles tiraram tempo para sentar juntos e conhecer uns aos outros.
Com a banda correndo o risco de se desintegrar, os defensores incansáveis do metal pesado recorreram a um terapeuta que os inspirou a compartilhar seus sentimentos, abraçar uns aos outros e até mesmo resolver problemas que remetiam à infância de cada um.
Momentos emotivos como esses acontecem diariamente no programa de Oprah Winfrey, mas não foi seu lado sensível e carinhoso que fez o Metallica vender 80 milhões de discos.
A banda ganhou fama mundial com hinos sombrios como "Creeping Death" e "Seek & Destroy". No palco, ela transmitia uma imagem de invencível, jorrando sobre os ouvintes um som com potência sinfônica.
"St. Anger" (Elektra), o primeiro álbum feito pelo Metallica em estúdio desde "Re-Load", de 1997, tem lançamento previsto para a semana de 9 de junho e revela um lado novo e vulnerável dos músicos, diz o baterista Lars Ulrich.
Para os fãs que talvez receiem que a banda está vivendo demais no reduto do liberalismo que é San Francisco, Ulrich disse à Reuters: "Quem não aceitar que é isso que o Metallica é agora, que pelo menos respeite e se afaste com educação".
Foi o que fez o baixista Jason Newsted no início de 2001. Ele pegou seus colegas de surpresa quando desistiu de tocar com a banda, após 14 anos frustrantes durante os quais foi impedido de tocar em outros projetos.
Ele chegou a ser maltratado pelos outros integrantes, que ainda lamentavam a perda de seu predecessor, Cliff Burton, morto num acidente sofrido pelo ônibus da banda em 1986.
"MUDANÇA RADICAL"
Em entrevista concedida na sede do Metallica, em San Rafael, perto de San Francisco, Ulrich comentou:
"Ele nos obrigou a analisar o que estávamos fazendo, e ficou claro que, para que esta banda pudesse ter um futuro, eram necessárias mudanças radicais".
Entrou em cena Phil Towle, um treinador de performance especializado em promover a boa convivência entre integrantes de times esportivos.
Mas saiu de cena o cantor e guitarrista James Hetfield, que passou várias semanas em tratamento de alcoolismo e, ao que tudo indicava, provavelmente nunca iria voltar.
Desde que Ulrich e Hetfield, ambos com 39 anos hoje, fundaram o Metallica em 1981, não pararam de disputar o controle da banda.
Ulrich, nascido na Dinamarca, é extremamente controlador -- coisa que ele próprio admite -- e assumiu a posição polêmica contra a pirataria musical que enfureceu os fãs do Metallica que gostam de descarregar música de graça.
Normalmente, a ausência de Hetfield teria aberto o caminho para Ulrich assumir o poder. Mas Towle ensinou à banda -- que também inclui o guitarrista principal Kirk Hammett, 40 anos, e Robert Trujillo, o mais recente substituto de James Newssted -- como trabalhar como um coletivo.
"Hoje em dia", contou Ulrich, "nós não passamos mais metade do nosso tempo brigando pela pole position, porque descobrimos uma maneira nova de nos comunicarmos e levarmos em conta os pontos de vista dos outros."
Ulrich e Hetfield assinaram sozinhos a maioria das canções do Metallica no passado. Desta vez, dividiram os créditos de tudo em "St. Anger" com Hammett e o produtor Bob Rock, que tomou o lugar de Newssted no baixo.
Todas as canções foram criadas durante longas jam sessions na sede do Metallica.
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