O Bando do Velho Jack lança "Bicho do Mato"
Por Vanessa Amin
Fonte: O Bando do Velho Jack
Postado em 01 de setembro de 2007
(Press-release)
Qualquer pessoa que procurar nos dicionários de língua portuguesa, o significado da palavra bicho-do-mato, vai encontrar duas respostas, a primeira é "fera" e a segunda é, no sentido figurado, "solitário, esquivo, esquisitão". Porém, a partir do dia 20 de setembro, O BANDO DO VELHO JACK vai dar novo significado à palavra: rock’n’roll de qualidade, pois "Bicho do Mato" é o nome do novo CD do grupo que será lançado em show às 20 horas, no Palácio Popular da Cultura, em Campo Grande, MS.
Considerada uma das bandas mais importantes do cenário do rock sul-mato-grossense, desde 1995, já teve diferentes formações e, hoje, é composta de Rodrigo Tozzette (guitarra e vocal principal), Marcos Yallouz (baixo), Alex Cavalheri (teclado e vocais), João Bosco (bateria) e Fábio Terra (guitarra). Durante os mais de 10 anos de estrada, o Bando já lançou outros quatro CDs: "Procurado", "Old Jack", "Como ser feliz ganhando pouco" e "Ao vivo e acústico no Som do Mato".
Neste novo disco estão 12 músicas entre composições próprias e releituras. "Em fevereiro de 2005 começamos a trabalhar na produção desse CD. Algumas dificuldades atrapalharam o processo, porém o resultado final compensou qualquer problema", ressalta Marcos Yallouz. Para o guitarrista Fábio Terra, há um ponto positivo na demora. "Durante esse tempo, acredito que a criatividade aflora. Discutimos muito e as idéias surgem. Isso é importante", acrescenta.
Foram três etapas para a gravação do novo trabalho, que aconteceu na sua maior parte em estúdios da Capital: Musiarte, Estúdio 45 e Megaphone. Primeiro foram gravados bateria e baixo, depois as guitarras e voz. "Tive a oportunidade de ir para São Paulo onde gravei em um Hammond B3", comenta Cavalheri. O Hammond B3 é o teclado favorito de grandes nomes do jazz, blues e rock e possui um timbre característico com ricos vibratos. "O disco está mais ‘cru’, experimental. Acredito que fomos bastante ousados e corajosos. Algumas músicas têm passagens psicodélicas. Além da sonoridade, as letras também estão bacanas, e essa crueza tem a ver com o tema, eu brinco que todos nós colocamos os pés no chão, no barro, na poeira, algumas letras falam disso até", completa Terra.
Para Rodrigo, neste CD as músicas também estão mais cruas. "Procuramos uma sonoridade mais natural, as guitarras estão ardidas, as vozes com apenas alguns efeitos. Acredito que conseguimos obter no disco maior qualidade de áudio", fala. Para ele, a cada trabalho é possível notar a evolução do grupo. "Isso acontece naturalmente. Acredito que neste disco a melhor atuação foi do Cavalheri. Sua música 'Máquina do Tempo', na minha opinião é a melhor do disco, tanto pela letra quanto pelo arranjo musical", acrescenta Tozzette.
Entre as composições próprias estão "Gasolina" e "To indo te buscar", de Rodrigo Tozzette; "Dois caminhos", "Quando eu voltar" e "5:45", de Fábio Terra; "Máquina do tempo" e "O fim do mato magnetizado", de Alex Cavalheri; "Martinika", de João Bosco, "Mais perto de mim", de Tozzette, Yallouz e Bosco; "Pedras que rolam", de Rodrigo e Marcos, e "Lixo Humano", de Fábio e Bosco. "Entre os outros CDs gravados, este é o mais autoral, o que mais contém composições próprias", ressalta Terra. O músico Guilherme Cruz, convidado pelo Bando para produzir o CD, concorda com Fábio. "Nenhum disco fica igual ao outro e esse é praticamente autoral. Foi muito legal trabalhar com um grupo que possui a timbragem certa do rock’n’roll e que, além disso, são meus amigos", relata Cruz.
A música-título do CD "Bicho do Mato" é de autoria de Gastão Neto Lamounier e foi gravada anteriormente por um grupo de rock dos anos de 1970 chamado O SOM NOSSO DE CADA DIA, muito admirado pelos músicos do Bando. Os integrantes relatam que ao discutir o repertório do novo trabalho, surgiu a idéia de gravar uma das músicas executadas daquela banda e a escolha por "Bicho do Mato" foi aprovada por todos. Além dessa, há mais duas composições de músicos da terra: "Mito Solar da Morte", de Geraldo Espíndola, extraído da coletânea "Bônus Track", e "Rock das cadelas", de Renato Fernandes, da coletânea "Novidade Nativa".
Repertório escolhido, o próximo passo foi dar o nome ao CD. "Queríamos um nome que remetesse a nossa identidade. Somos de Mato Grosso do Sul, e o nome Bicho do Mato de alguma maneira cria uma aliança com as nossas origens", diz Marcos. "Moramos em Mato Grosso do Sul, somos bichos do mato", brinca Terra. "O título remete a concepção de disco que pretendíamos: uma sonoridade nua e crua e é um nome forte", completa.
Além das 12 músicas e das duas faixas bônus, o público que comprar o CD poderá conferir uma faixa interativa. Desenvolvida por Alexandre Artioli, tem como conteúdo o clipe de "Trem do Pantanal", um link para o site do grupo na Internet, fotos, músicas e outras coisas escondidas. "Os fãs terão que acessar a faixa e tentar descobrir. Será uma boa surpresa", comenta Artioli.
"Nossa expectativa é grande. Acho que o CD vai ser bem aceito pelo nosso público. Mas tenho certeza que, principalmente, em outros Estados teremos também uma boa aceitação", diz João Bosco. Rodrigo também está confiante no sucesso do trabalho. "É um disco diferente dos outros, as músicas estão mais fortes, algumas trazem um pouco de psicodelia. O mais importante para nós é que os fãs gostem, curtam as novas músicas nos shows". Tozzette diz que a intenção é viajar muito divulgando o novo material, principalmente em outros Estados como São Paulo, Paraná e Mato Grosso, onde o Bando já possui um público fiel. "Estamos segurando um pouco a agenda justamente para intensificar as apresentações depois do lançamento do disco", pontua. Outro fator ressaltado por ele é a expectativa de que o disco também seja apreciado por outros músicos. "Quando um músico, alguém que é nosso ídolo aprecia o nosso trabalho e nos dá retorno sobre isso é muito bom, sentimos que estamos no caminho certo. Espero que isso aconteça também com o 'Bicho do Mato'", conclui.
E para incrementar a distribuição em outros Estados brasileiros, o CD vai ser lançado pela Alvo Discos. Criada em Goiânia, a Alvo tem como objetivo, além de ser uma gravadora, oferecer serviços de consultoria, produção fonográfica, distribuição e marketing de músicos independentes.
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