Efeito da crise: maior loja de discos do mundo vai fechar
Por Nacho Belgrande
Fonte: The Wall Street Journal
Postado em 15 de janeiro de 2009
A Virgin Megastore de Times Square (localidade urbana no coração de Manhattan, em Nova Iorque), notoriamente a maior loja de discos – tanto em espaço quanto em volume de mercadoria - em todo o mundo, vai fechar em abril próximo.
A loja tem estado no centro de especulações desde agosto de 2007, quando a divisão Norte-americana do Virgin Entertainment Group foi adquirida por duas empresas de desenvolvimento imobiliário – a Related Cos. e a Vornado, em uma parceria.
Em junho passado, um executivo da Vornado disse à Reuters que a loja fecharia no primeiro trimestre de 2009. A decisão de fechar a loja parece estar relacionada a questões imobiliárias e ao valor cotado para a localização. O mesmo executivo teria citado que a Virgin paga somente 54 dólares por pé quadrado quando o valor de Mercado do aluguel naquela área é de cerca de 700 dólares por pé quadrado.
Deste modo, enquanto a loja, que fatura um valor bruto de 55 milhões de dólares anuais, e só lucra 6 milhões de acordo com fontes ouvidas, tornaria-se muito mais rentável para seu proprietário com um inquilino pagando um aluguel mais alto. A Vornado comprou a porção de 180 mil pés quadrados do edifício Bertelsmann, que abriga a filial de Times Square, em 2006, e irá alugar o espaço para a Forever 21 (rede de lojas de roupas para homens e mulheres).
O fechamento deixa a rede Virgin com cinco lojas, e uma delas a de Union Square, na mesma Nova Iorque, será a maior loja de discos da cidade, com um volume anual de transações por volta dos 40 milhões de dólares. Porém, o destino dessa loja também é duvidoso uma vez que as mesmas Related Cos. e Vornado estão alugando o primeiro andar da loja para eventos e empreitadas diversas – sem sucesso.
O porta-voz da Virgin North America, Simon Wright diz que nenhuma decisão foi tomada no que tange à loja da Rua 14. Enquanto o fechamento da loja de Times Square tem maiores implicações para a saúde financeira do grupo em geral, os proprietários e os administradores da Virgin North América irão avaliar o que fazer com o resto das lojas nos próximos meses.
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