Iron Maiden seria um modelo de modernização para o Oriente Médio?
Por Gabriel Gonçalves
Fonte: AlJazeera
Postado em 12 de setembro de 2010
O cientista histórico Mark LeVine produziu um belo e interessante texto sobre como o Iron Maiden e o Heavy Metal podem ajudar a encontrar um modelo de modernização do Oriente Médio, que seja sustentável e beneficie os povos.
O texto foi publicado no website da AlJazeera em julho deste ano, porém, mesmo um pouco antigo, vale à pena ser lido não apenas pelos fãs do Maiden – e de Metal – mas por estudantes, cientistas políticos e qualquer um que se interesse pelo que acontece no mundo.
Eu acho que foi no meio de "Blood Brothers" ou "Brave New World" que aquilo me ocorreu: eu estava assistindo a um diagrama do ainda não concretizado projeto de modernização do Oriente Médio.
Eu estava em pé com meu filho – bem, pulando na verdade – em algum lugar ao lado do palco do "Madson Square Garden", a casa de show mais celebrada do mundo, escutando as lendas do Heavy Metal britânico, Iron Maiden, galopando por um inesperado repertório de 16 canções, durante um show "sold out" no meio de sua maior turnê na América do Norte.
As canções não estão entre as mais famosas do catálogo do Maiden, mas para os fãs de verdade – e eles são uma legião que ainda cresce – elas estão entre as mais adoradas. Na verdade, os mais de 20 mil fãs presentes no show cantaram as letras que quase todas as canções, apesar do fato da banda deliberadamente ter evitado a maioria de seus hits mais conhecidos durante esta turnê.
"Este não tem sido um grande verão para shows", disse o vocalista Bruce Dickinson ao público ainda no início do show. A razão, ele explicou, é que a maioria das bandas está essencialmente tocando material antigo, "vivendo de canções de 1976", ele brincou. "Mas aqui estamos nós fazendo nossa maior turnê na América do Norte. Não queremos ser fósseis", ele gritou para um rugido vindo da platéia.
Traçando seu próprio caminho
Então, o que o Iron Maiden tem a ver com o Oriente Médio?
Isto aconteceu na Dubai anterior à crise, em todo seu excessivo esplendor, e o festival estava com a capacidade total, 20 mil headbangers, a maioria árabes, iranianos e sul asiáticos, vibrando, gritando e até chorando durante o show do Maiden.
De fato, poucas platéias irromperam com mais energia do que a do "Desert Rock" quando o Maiden entrou no palco. E eu não acho que já tenha testemunhado um momento mais pungente do que quando o público cantou o hino do Maiden, "Fear of The Dark", em uníssono com Dickinson, com isqueiros erguidos em uma das mãos, e telefones celulares na outra, gravando tudo para o Youtube.
Confira o texto completo, em português, no www.imprensarocker.wordpress.com
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