Dokken: "é frustrante se esquivar dos ataques de George"
Por João Renato Alves
Fonte: Blog Van do Halen
Postado em 18 de junho de 2011
Após ter que responder mais alguns ataques do guitarrista George Lynch, Don Dokken repassou a história de tensões em um bate-papo com o Bravewords.com. A declaração repassa a história do grupo e oferece ao leitor uma verdadeira viagem aos áureos tempos do Hard Rock oitentista.
Foi sempre frustrante tentar se esquivar de responder os constantes ataques pessoais de George. Quando Breaking The Chains foi lançado na Europa, estava escrito Don Dokken no álbum, já que eu não tinha uma banda. Contratei Mick (Brown, baterista) e George para tocar no disco. Juan Croucier (Ratt) foi creditado como baixista e apareceu na foto, mas foi Peter Baltes (Accept) quem gravou. Ao voltar para os Estados Unidos, comecei a procurar por um grupo permanente. Juan já estava com o Ratt e George estava quase se tornando o guitarrista da banda de Ozzy. Cheguei a fazer um show com Warren DeMartini (também do Ratt) na guitarra. Achei que seria a formação definitiva, mas as gravadoras não mostraram muito interesse. Ficamos apenas eu e Mick.
Cliff Bernstein, que empresariava o Def Leppard, havia escutado Breaking the Chains e gostou. Nos ofereceu um show abrindo para o Mötley Crüe. Pedi que Juan me ajudasse apenas nessa data e chamei George. Graças a esse concerto, assinamos com a Elektra Records. Tom Zutaut, que trabalhava no departamento de singles, acreditou no álbum e nos deu força, assim como Cliff. Juan não ficou, pois o EP de estréia do Ratt decolou e ele ficou na banda. Mike Varney (guitarrista e fundador da Shrapnel Records, que descobriu quase toda a turma do bululu oitentista) me recomendou Jeff Pilson, que tocava em uma banda de bar com Amy Cannon, que se tornaria backing vocal do Mötley um tempo depois.
Nos ofereceram uma excursão com Blue Öyster Cult e Aldo Nova. Estava empolgado por tocar em arenas, mas tinha ressalvas quanto a George, já que não nos dávamos bem desde as gravações, mas fui convencido a mantê-lo. Jeff se encaixou perfeitamente. Eu ainda tocava guitarra base, ficamos nesse formato até Tooth and Nail, quando passei a me concentrar apenas nos vocais. Foi difícil, pois sempre toquei e cantei. Mas isso deu mais liberdade a George para se tornar o grande instrumentista que é. Fizemos grandes trabalhos juntos. Algumas pessoas acham que a tensão colaborou com isso, mas eu discordo.
Jeff nunca teve o crédito que merecia. Ele trabalhava com George nos riffs e letras, já que não conseguíamos lidar um com o outro. Mesmo com todo esse clima, nos tornamos uma banda. Eu consegui todos os contratos nos Estados Unidos e Europa, mas decidi dividir os méritos. Achei que faria com que todos ficassem felizes e acalmasse a tensão, mas nunca aconteceu. Uma pena.
Quando nos reunimos em 1995, achei que tínhamos amadurecido o suficiente para deixar isso para trás. Mas quem assistir o primeiro show da volta, registrado no DVD One Night Live, verá que estávamos com problemas óbvios. George claramente nos ignorou o tempo inteiro. Chegou a um ponto que era impossível continuar. Felizmente, Reb Beach (Winger, Whitesnake) entrou e fizemos um grande disco (Erase the Slate), com o som clássico do Dokken. O resto é história. Quando Jon Levin entrou, alguns anos mais tarde, foi a dose de energia que precisávamos. Nos damos bem, nos divertimos a cada nova apresentação. Esperamos continuar o legado.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
10 bandas que encerraram suas atividades em 2025
O guitarrista desconhecido idolatrado por Frank Zappa e John Frusciante
5 rockstars dos anos 70 que nunca beberam nem usaram drogas, segundo a Loudwire
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Por que Angra escolheu Alírio Netto como vocalista, segundo Rafael Bittencourt
Testament, Overkill e Destruction confirmam turnê conjunta em 2026
Steve Harris não descarta um grandioso show de despedida do Iron Maiden
Sharon explica o que a fez desistir de pacto firmado com Ozzy
As duas músicas do Iron Maiden que nunca foram tocadas no Brasil - e podem estrear em 2026
O álbum clássico do Soundgarden que Chris Cornell chamou de "um grande erro"
A resposta de Rafael Bittencourt sobre possibilidade de Bruno Valverde deixar a banda

Para George Lynch, Dokken poderia ter sido tão grande quanto Mötley Crüe e Bon Jovi
Loudwire: melhores músicas Grunge compostas por 5 bandas de Hair Metal
Heavy Metal: os dez melhores álbuns lançados em 1985


