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Opeth: Mikael Akerfeldt fala da sua paixão pelo vinil

Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 01 de março de 2012

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Tradução de Ricardo Seelig
(matéria publicada originalmente na Metal Hammer 228, de março de 2012)

LP. Long play. Vinil. Acetato. Bolacha. O ouro negro! Ok, este último pode parecer fora de contexto, mas é como eu vejo os meus discos. Eu prefiro tropeçar em uma pilha de vinis dos anos setenta do que ter um poço de petróleo em minha casa. Eu sou doente, caras! Apaixonado. Apaixonado pelos discos. Compartilho esse amor com um monte de pessoas, então ele é um amor promíscuo. São muitos caras como eu, apaixonados pelos seus discos, em todo o mundo. Alguns LPs ficam com a gente a vida toda, enquanto outros são descartados só para, mais pra frente, nos arrependermos de não termos mais tal título em nossas coleções.

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O meu amor pelos discos de vinil surgiu, é claro, por causa da música, mas eu tenho uma paixão imensa pelo formato em si. Amo a forma dos discos. Amo a sua superfície negra brilhante. Amo os números de catálogos estampados na ranhura dos LPs. Amo como posso "ver" as partes mais agitadas e as mais calmas apenas olhando para o vinil. Amo os selos, até mesmo aqueles que, depois de anos de uso, exibem as marcas do tempo. Amo as capas e, principalmente, o tamanho das artes. Gatefolds, singles, laminadas, com texturas ou sem, não importa. Eu amo as marcas que elas exibem com o passar dos anos. Amo os encartes e as artes personalizadas de cada gravadora. E amo, principalmente, a magia que sinto quando um disco antigo, ainda lacrado, chega até as minhas mãos. É como sexo ou uma ótima refeição acompanhada de uma cerveja gelada em um dia quente.

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E eu amo, é claro, o som. Todo mundo questiona se o som do vinil é melhor que o do CD. Vamos acabar com essa discussão aqui e agora: sim, é melhor! E garotada, não mencionem, não me falem em MP3 e afins. Mantenham essas porcarias longe de mim!

A qualidade de som do vinil depende de uma série de fatores. A prensagem, o material com que o disco foi feito e o aparelho onde ele é tocado. Discos antigos, como os vinis originais dos Beatles, podem parecer detonados e ainda soar de maneira perfeita. Os mais novos, especialmente os lançados no final dos anos 80 e durante os anos 90, podem ter a aparência de novos e um som terrível. Dito isso, eu não compro apenas discos antigos em ótimas condições, como a maioria ds pessoas que colecionam vinis. Quero os meus LPs para ouvir, e não apenas para olhar, então eles tem que, antes de tudo, soar bem.

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De qualquer forma, o vinil soa mais quente, mais delicado, mais dinâmico e melhor que qualquer outro formato. Então eu sou um velhote? Mas é claro! Tenho problemas com as novas tecnologias do mundo da música? Sem dúvida! Você pode colocar a sua coleção inteira dentro do seu telefone, levá-la para onde você quiser. Se pode fazer isso, então porque reservaria um enorme espaço em sua casa para guardar os seus discos? Eu teria várias respostas para essa pergunta, mas a mais importante é o meu respeito pela música. Eu investi tempo em meus discos, e a recompensa é gigantesca. Quanto você senta confortavelmente e ouve os dois lados de um LP com uma cerveja na mão e usando os seus fones de ouvido, garanto que você terá uma experiência muito mais gratificante do que qualquer outra. Você não pode pular as faixas, você não pode passar para frente trechos que não curte. Você é forçado a transitar pelo disco como um todo, da maneira como os criadores daquele álbum imaginaram, e é isso que faz um LP ser uma experiência única.

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Coloque o "Sabbath Bloody Sabbath" e deixe rolar. Ele irritou você? Te deixou inquieto? Então você é um escravo da sociedade moderna e está perseguindo o seu próprio fim.

Relaxe. Acomode-se. Dê tempo para a música. Vale a pena.

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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room - www.collectorsroom.com.br - e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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