The Cult: Astbury revela como a espiritualidade o ajudou
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 12 de abril de 2012
O frontman do THE CULT, Ian Astbury, conversou recentemente com o jornalista estadunidense James Rotondi sobre o vindouro álbum de sua banda, ‘Choice of Weapon’, e durante a conversa, forneceu um insight sobre suas convicções espirituais e suas experiências passadas. O que segue abaixo é a tradução de um pequeno trecho da conversa.
"Este disco é sobre passar por um período sombrio, autodestrutivo de minha vida, onde eu definitivamente perdi meu rumo", disse Astbury em uma entrevista recente. "Eu perdi a visão de pra onde eu ia e onde eu estava. É sobre sair disso." Pode-se discutir que a loucura visceral da marca de rock consciente do The Cult é simplesmente a pitada de Zen que uma cultura pop alienada precisa para se equilibrar de vez em quando.
Em ‘Choice of Weapon’, você canta sobre ser ‘consumido pelas provações’. O começo de sua vida foi bem desafiador, certo?
Ian: Eu assisti à minha mãe morrer de câncer, uma morte muito lenta e dolorosa, e eu assisti minha família se desintegrar «a mãe de Astbury, Marion Lindsay, morreu em Glasgow, Escócia, no dia 14 de Maio de 1979, no dia que ele completava 17 anos de idade». Quando minha mãe morreu, não apareceu nada no jornal. A sociedade não parou em luto por ela. Foi apenas uma morte corriqueira. Não tínhamos muito. Tínhamos perdido tudo que tínhamos, e estávamos vivendo basicamente na miséria. Meu pai testava trabalhando em dois empregos.
É muito característico, o artista que batalha pra sair desse tipo de ambiente, mas era a minha realidade. Algumas pessoas falam sobre sair do gueto como se fosse uma medalha de honra, mas pra nós, não era. Eu nunca nem considerei sair pro mundo e dizer que eu tinha vindo de um lar destruído. Eu só digo isso agora porque talvez dê mais contexto para minha arte e disperse alguns mitos pré-concebidos de quem eu sou, apenas porque eu fui um astro da MTV nos anos 80, eu tenho esse tipo de posição privilegiada.
Eu lutei por tudo que eu tenho de material na minha vida, e por tudo em termos de conscientização e nada disso veio fácil. Tudo teve que ser vivido com antecedência e até com isso, a aplicação dessa consciência não foi fácil tampouco. Houve muitos momentos onde eu me senti com vontade de jogar a toalha. Mas estou disposto a seguir em frente. Na verdade, os momentos de reais ensinamentos para mim viram nas crises pessoais, períodos em que eu fiquei à deriva e sem nenhuma idéia de onde eu estava indo.
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