Músicos inomináveis: "O Ghost é sobre escapismo"
Por Fernando Portelada
Fonte: blabbermouth
Postado em 27 de maio de 2013
O Ghost Cult recentemente conduziu uma entrevista com um dos músicos inomináveis da banda sueca GHOST. Alguns trechos desta conversa estão disponíveis abaixo.
Ghost Cult: O "Opus Eponymous" [álbum de estreia do grupo] teve um grande impacto quando foi lançado em 2010. Como vocês enxergam este período?
Nameless Ghoul: "Eu fico realmente surpreso de que nós conseguimos manter isto por uns três anos. Na verdade nós queríamos ter lançado ‘Infestissumam’ em 2011, mas não tínhamos tempo. Nós também trocamos de gravadora. Eu pensei que todos iam cansar de nós."
Ghost Cult: Que é exatamente o contrário do que aconteceu...
Nameles Ghoul: "Sim, agora nós nos sentimos assim, mas não naquela época. Por mais que eu não me sinta confiante que isto seja algo que valha a pena... Nós não seremos novidades em cinco anos. Você nunca sabe o que vai acontecer. Você tem que continuar se reinventando todo tempo e ficar ainda melhor. Eu acho que nós adicionamos de início uma boa alternativa à nossa música contemporânea. Mesmo que estejamos cantando sobre algum problema real, especialmente no novo disco, há algum tipo de embasamento. O GHOST é sobre escapismo, que o oposto do que muitas bandas estão fazendo quando falam sobre a vida. ‘Minha mãe e meu pai estão divorciados’, ou ‘Porra, a vida é uma merda’ – todas estas músicas que passam pela cena hoje, onde tudo deve ser real e crível. Nós estamos tentando nos distanciar disto, o que pode ser um bom antídoto, mesmo que não esperamos que ninguém se distancie do que realmente são para ficarem parecidos com nós. Isso vem com o pacote: se você gosta de uma banda em particular, você é levado a um mundo do que eles são. O que eles representam como uma alternativa e isto não lhe pede nada. Você pode escolher ser parte se quiser. Muitas pessoas fazem isto. Eles se vestem como Papa [frontman do grupo] ou como os Ghouls, mas não dizemos para ninguém se conformar com nosso estilo de vida, porque ninguém sabe como ele é."
Ghost Cult: O GHOST lançou uma nova música chamada de "Year Zero" algum tempo atrás. Por que vocês escolheram esta música em especial?
Nameles Ghoul: "Há músicas de ‘Infestissumam’ que podem parecer com as do ‘Opus Eponymous’ em algumas maneiras. Então nós queremos apresentar o álbum com uma música que se destacasse um pouco. Foi por isso que nós escolhemos ‘Year Zero’, que é como um rolo compressor; ela é grande, massiva e como um ritual que se soma em muitas das coisas que estamos fazendo."
Ghost Cult: E qual é a história do ‘I Am A Marionette’, originalmente gravada pelo ABBA?
Nameless Ghoul: Eu não acho que teria sido muito legal se nós gravássemos uma música cover do MERCYFUL FATE; ela teria se tornado desinteressante, por mais que gostássemos da banda o suficiente para fazer um tributo. Não seria algo desafiador. Nós precisávamos achar uma música que tivesse alguns pré-requisitos e que também fosse maleável de algumas formas e alguns ângulos que fossem naturais para o som do GHOST. O próximo passo era considerar as letras, se elas eram boas para Papa cantar, o que é o mais importante. Uma música cover tem que trabalhar com o tema que estamos tentando construir. ‘I Am A Marionette’ prova este ponto.
Leia a entrevista na íntegra, em inglês, no Ghost Cult.
http://www.ghostcultmag.com/occult-ghosts-and-other-ghouls-an-interview-with-ghost/
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