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Selvagens à Procura da Lei: 2º full-length neste final de semana

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Fonte: Facebook
Postado em 23 de julho de 2013

A banda cearense SELVAGENS À PROCURA DA LEI é uma das bandas do Ceará que mais tem "feito barulho" no eixo Rio-São Paulo, já tendo se apresentado inclusive em programas de TV da MTV e do Multishow, além do festival Ceará Music e outros festivais pelo Brasil. Neste final de semana, a banda fará um show no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, lançando o seu segundo full-length, o auto intitulado "SELVAGENS À PROCURA DA LEI".

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Confira abaixo o que o crítico Jamari França fala sobre os SAPL.

O maior elogio que posso fazer aos SELVAGENS À PROCURA DA LEI é que poderiam estar entre as grandes formações dos anos 80. Uma banda com letras consistentes, arranjos que fogem ao óbvio e duas grandes vozes de Gabriel Aragão e Rafael Martins que se completam em vocais dos quatro integrantes. Gabriel e Rafael são virtuosos nas guitarras, mas nem por isso enchem
o disco com elas. São usadas na medida certa em que as canções pedem e a dupla abre mão delas por violões e piano em várias faixas.

Os SELVAGENS À PROCURA DA LEI podem ser chamados de a primeira grande revelação do Rock Brasil nesta segunda
década dos anos 00. Uma banda que honra uma qualidade conseguida nas décadas de 80 e 90 e que andou fazendo falta nos últimos tempos, se é que vocês me entendem.

Já apontaram neles influências de THE STROKES e ARCTIC MONKEYS, bandas que tem um pé na sonoridade dos 60 e 70. Eles apontam um leque de influências que incluem os guitarristas John Frusciante (RED HOT CHILI PEPPERS), Jack White (WHITE STRIPES) e Fernando Catatau (CIDADÃO INSTIGADO), e a trindade nada santa de LOBÃO, CAZUZA e Renato Russo (LEGIÃO URBANA), além de BEATLES.

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A letra de "Brasileiro" tem um verso que é, ao mesmo tempo, uma crítica ao mainstream atual e uma profissão de fé da banda: "Música não pra cabeça, mas feita pro pé". Na mesma canção um verso que ecoa "Ideologia", a música manifesto de Cazuza: "Nossos heróis de verdade morreram por covardia". Em "Juventude solitude", a grande indagação que persegue jovens desde sempre: "Será que você vai se tornar o que esperam de você?". E mais adiante: "O que você vai escolher agora, sem ninguém pra lhe dizer o que fazer a cada hora?". E proclamam "Crescer dói, mas essa é a história de todos os heróis". Já "Mucambo cafundó" ecoa: "Eu fico louco em saber que o futuro é um precipício". Muitas questões colocadas como costumava ser nos anos 80, quando a geração do rock discutia alternativas, fazia propostas e alimentava a geração jovem que emergia dos anos de ditadura.

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Os temas românticos não ficam de fora e são tratados sem pieguices. "Despedida" proclama: "Mostrando a realidade de nossa dupla solidão, eu me entrego a você como uma cidade derruba muros".

"Música de amor número um" indaga: "Quais sentimentos não se pode apagar? Em quem você vai confiar? Vamos fazer memórias juntos na corrente de um rio?". E uma outra se define no próprio título: "O amor existe, mas não querem que você acredite".

As embalagens musicais destas canções, feitas em maioria por Gabriel Aragão, algumas por Rafael Martins e outras pela dupla, são bem variadas. "Massarrara", por exemplo, explode de cara com duas guitarras, uma em cada canal do estéreo, com uma levada roquenrol cantada a duas vozes por Rafael e Gabriel, com o baixista Caio Evangelista e o baterista Nicholas
Magalhães se juntando a eles nos vocais.

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"Juventude solitude" alterna momentos mais suaves com outros mais pesados com uma pontuação de guitarraa La The Edge em alguns momentos, com alternâncias vocais entre os dois vocalistas principais. Para a radiografia de "Brasileiro", um povo cujo ano só começa quando passa fevereiro, a levada rock e vocal rap é pontuada por guitarras pesadas com maior ou menor ênfase em cada estrofe e explosão no refrão.

"Música de amor número um" tem uma levada acústica de coloração country folk brasileiro, tipo Sá e Guarabyra, neste apelo do cantor para encontrar uma certa Claudia. "Despedida" é uma balada em midtempo com duas guitarras em levadas distintas, uma em cada canal, com bom reforço vocal de Nicholas junto com Rafael e Gabriel. Na coda, o andamento muda para um encerramento na base de ná ná nás, pontuado por um bom solo no canal direito.

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"Sr. Coronel" me remeteu à fase solo de John Lennon, deve ser viagem minha, talvez pelo estilo do piano que segura a levada, se bem que não nas frases de guitarra que pontuam a segunda parte. Belo trabalho de entrosamento vocal de Gabriel e Rafael. "Carrossel em câmera lenta" tem um excelente trabalho de guitarras, mais comedidas em algumas partes, mais pesadas em outras, com timbres alternados e solos bem sujos no final.

"Mar fechado" usa o recurso clássico de um começo lento
quase a capella, só com leves frases de guitarra para ganhar peso e explodir no final com uma levada que me lembrou "She´s so heavy", dos BEATLES, mas com um solo veemente e inspirado de guitarra.

Em "Enquanto eu passar na sua rua", Rafael e Gabriel duelam cantando estrofes diferentes ao mesmo tempo, uma canção de amor pontuada por guitarras em timbres diferentes e batida rock em midtempo. "Crescer dói" tem arranjo dominado pelo piano de Gabriel, que faz o vocal, com participação discreta de guitarra, baixo e bateria, uma levada econômica e altamente eficaz de curta duração. "Mucambo cafundó" evoca a cidade natal dos SELVAGENS À PROCURA DA LEI, Fortaleza, para falar de uma crise existencial num eterno país do futuro com uma levada vigorosa com guitarras pesadas.

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"O amor existe, mas não querem que você acredite" é uma balada com levada de piano com um belo vocal de Gabriel e pontuações de guitarra. Essa me evocou a fase solo de PAUL MCCARTNEY.

SELVAGENS À PROCURA DA LEI é uma banda que soma ao que existe de melhor no rock brasileiro.

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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