Vinil para iniciantes: como ouvir "Machine Head", do Deep Purple
Por Álvaro Augsten
Fonte: Vinil s.a.
Postado em 19 de fevereiro de 2015
Guiazinho básico pra quem tá começando a curtir um vinil, mas ainda se vê meio que perguntando "por que esse som é melhor mesmo?" Bem, primeira coisa é uma vitrola que preste com uma agulha razoável, sem esculhambação. Com equipamento podre, o som vai ser idem.
Pra começar a curtir o som do vinil, pra galera do rock, eu recomendo Deep Purple, Pink Floyd, Black Sabbath e Led Zeppelin. São bandas a principio fáceis de gostar, mas com LADOS B simplesmente fantásticos que ficam esquecidos em outro formanto que não o VINIL.
Pra provar o ponto e me contradizer ao mesmo tempo, vamos ficar com DEEP PURPLE, em especial o disco MACHINE HEAD, e mais especificamente ainda o mega-clássico-que-beira-o-cliché-a-essa-altura-do-campeonato SMOKE ON THE WATER, que abre o LADO B.
Tá, beleza, todo mundo conhece aquele riff, tudo mundo já baixou e ouviu no youtube trocentas vezes. Mas você já parou pra ESCUTAR? vamos lá, igual Jack o Estripador: por partes...
a. Primeiro entra a guitarra, de um lado apenas do Stereo (do esquerdo, se minhas caixas não estiverem trocadas). Numa boa edição do disco, nota-se o timbre de uma Fender Stratocaster, sem o ataque da palheta. Isso já da pra saber de antemão, tratando-se de Ritchie Blackmore- mas tente perceber isso de fato no SOM. A guitarra é quase limpa, a pegada firme, mas sem agressividade.
b. Dobrando o riff, o Órgão. De imediato, percebe-se o PESO do Hammond B3, claramente sem o amplicador Leslie. O peso é devido à DISTORÇÃO proporcionada pelo amplificador Marshall (pra guitarras) usado por Jon Lord.
c. junto com o Orgão, o cymbal e depois a caixa de Ian Paice começam a marcar o tempo. O prato é seco e a caixa idem, atestando a pegada certeira de Paice, pouco afeito a exageros [com alguns segundos de música, já se evidencia a genialidade da banda, com essa "dicotomia invertida de peso", onde a guitarra é limpa e as teclas distorcidas.]
c. A entrada cadenciada do Baixo cimenta (junto com a caixa de Paice) o ritmo espinhal da composição. Novamente, em um bom vinil, nota-se a rouquidão do baixo Riquenbacker tocado com palheta por Roger Glover, um tom seco e que não se delonga (esse estilo forte, marcado, foi levado às conclusões extremas com o GALOPE de STEVE HARRIS)
[com o peso do Baixo e teclados, a guitarra e a bateria ficam mais leves, 'soltas', reforçando ainda mais a tal "dicotomia invertida de peso'". Ao vivo, o 'interplay' entre Blackmore e Paice era fenomenal... vide STRANGE KIND OF WOMAN no album MADE IN JAPAN]
d. Mr. Gillan entra, com sua voz única, que dispensa comentários, pra contar a história de um show do Frank Zappa que terminou em um incéndio. Note os agudos, como ficam arredondados.
É só prestar atenção que o Rock vai te penetrar! rá!
saludos.
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