Leonard Cohen: ele previu a morte em carta para sua musa
Por Luiz Pimentel
Fonte: Blog do Luiz Pimentel
Postado em 15 de novembro de 2016
De cara devo dizer que não sou fã de Leonard Cohen. Nada fã. Tão pouco que praticamente só conheço sua 'Hallellujah', e ainda assim muito mais nas vozes de quem a interpretou magnificamente, como Jeff Buckley. Dito isso, minha história favorita dele é a seguinte.
Em 1960 ele se picou para a ilha grega de Hidra. Lá conheceu a norueguesa Marianne Ihlen. Ela com 25 anos, um filho de seis meses e abandonada pelo marido, um escritor norueguês. Ele aos 26 anos se apaixonou e esta virou sua musa, mesmo depois do final do relacionamento.
Cohen a levou para Montreal, no seu Canadá, e viveram entre Montreal e Nova York.
Ela casou-se novamente nos anos 1970. Ele escreveu para ela 'So Long Marianne', ainda em 1967: 'Come over to the window, my little darling/I'd like to try to read your palm/I used to think I was some kind of Gypsy boy/Before I let you take me home. Now so long, Marianne/It's time that we began to laugh/And cry and cry and laugh about it all again. Well, you know that I love to live with you/But you make me forget so very much/I forget to pray for the angels/And then the angels forget to pray for us. Now so long, Marianne/It's time that we began to laugh/And cry and cry and laugh about it all again...'
Muito de sua obra teve a sombra dela.
Em julho deste ano, ela morreu quando desenvolveu leucemia, aos 81 anos.
Duas horas antes de morrer, chegou a ela uma carta de Cohen, lida para Marianne pelo amigo Jan Christian Mollestad: 'Estamos tão velhos, nossos corpos demolindo. Vou me juntar logo a você. Estou tão perto que se você esticar sua mão pode tocar a minha'.
Bonito para cacete, vai!
Assim como o hit dele:
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