Dieter Hoffmann: Apresentando o seu grupo de Dream Prog "Starfish64"
Por André Luiz Paiz
Fonte: 80 Minutos
Postado em 02 de setembro de 2018
Dieter Hoffmann é a mente criadora que conduz o grupo de Art Rock/Rock Progressivo alemão de nome Starfish64. Caso você ainda não conheça a sua sonoridade, trata-se daquele tipo de música em que você prepara a sua bebida favorita, escolhe um local confortável, coloca os fones e apaga a luz, pronto para embarcar em uma viagem extremamente agradável.
Dieter chegou até o 80 Minutos com a sugestão de nos apresentar o trabalho do seu grupo e em busca de uma oportunidade de propagar a música que fazem. Particularmente, posso dizer que foi uma ótima surpresa.
Além da resenha que fiz para o seu mais novo álbum "The Future In Reverse", solicitei a Dieter a gentileza de nos conceder uma entrevista para falar sobre o novo trabalho, suas influências e também sobre a produção e mixagem do álbum.
Confira! Aproveite para conhecer a página da banda no Bandcamp
1. Olá Dieter. Meu nome é André e estou representando o 80 Minutos, um site colaborativo brasileiro
Olá Brasil. Não é espetacular como a música pode conectar pessoas ao redor do mundo nestes tempos de internet? É um prazer para nós, uma banda independente da Alemanha, saber que temos fãs e ouvintes por aí. Nós realmente apreciamos isso.
2. O Starfish64 está promovendo o lançamento do seu mais novo álbum "The Future In Reverse". O que encontraremos nele?
"The Future In Reverse" é um álbum para sentar e realmente ouvir. Nós acreditamos que ele possui um fluxo constante, que atrai o ouvinte para mergulhar dentro dele. É uma abordagem melódica do rock progressivo com alguns momentos divertidos e outros cativantes. Seguimos a tradição de bandas como: Marillion, Supertramp ou talvez Alan Parsons, com partes de compositores como Al Stewart ou Gerry Rafferty. Gostamos de definir o nosso estilo como Dream-Prog.
3. "The Future In Reverse" pode ser considerado um álbum conceitual? As letras possuem alguma conexão?
Não, realmente não há uma história contínua dividida entre as faixas, embora todas lidem com a vida nos tempos atuais, com todas as loucuras, dúvidas e mudanças radicais. O título do álbum veio da ideia de que a humanidade não consegue aprender com os erros do passado, sempre cometendo as mesmas falhas. Então, em alguns casos, o nosso futuro pode ser considerado um replay do passado.
4. Com este lançamento, vocês estão chegando ao sexto álbum de estúdio. Como a experiência dos lançamentos anteriores contribuiu para as composições e para a produção de "The Future In Reverse"?
Esta é uma pergunta difícil de responder com poucas palavras. Cada álbum é um processo baseado em aprender coisas novas. Seja com a maneira de compor, cantar ou fazer arranjos. Então, cada álbum contribuirá para o próximo e adiante. Deixe-me dar um exemplo. Eu me tornei um pouco obcecado com o controle sobre a produção e gravação com o passar dos anos, pois não me conformava que um engenheiro de som e os demais músicos não tivessem o mesmo comprometimento que eu em relação ao trabalho. Assim, acabei decidindo por fazer tudo sozinho. Como algumas das minhas habilidades são limitadas, eu tive que encontrar pessoas que mostrassem esta dedicação e comprometimento para a música do Starfish64. Agora, com Henrik, Nick e Martin a bordo, as coisas estão melhores, pois podemos contar com um músico bom em cada posição. Eles captam o espírito da minha música e contribuem livremente, transformando as minhas faixas básicas em um playground das suas habilidades. E eles gostam disso. É isso que faz funcionar. Para o futuro, espero que o trabalho coletivo cresça ainda mais.
5. Para os seus novos fãs, como você descreveria o som do Starfish64?
Pessoalmente, eu cresci com aquelas fantásticas bandas dos anos 70 como: Genesis, Yes, Pink Floyd, etc. Segui o movimento Neo-Prog dos anos 80 e 90, sendo que ainda acompanho os nomes da atualidade como: Steven Wilson, Big Big Train, etc. Então, este é o tipo de música que está no meu DNA. Martin é bem ligado ao som das bandas britânicas, assim como Nick. Já Henrik, assim como eu, é aficionado em prog. Ele adora Rush, Yes e é um grande fã do Magnum. Como eu disse anteriormente, o direcionamento do Starfish64 é uma abordagem melódica do progressivo. É aquele tipo de música para sentar, colocar os fones, apagar as luzes e curtir.
6. O Starfish64 é mais uma banda de estúdio, certo? Há a intenção de realizar apresentações ao vivo?
Nós recentemente começamos a montar e ensaiar um set ao vivo. Seria ótimo tocar em alguns clubes ou festivais de prog rock no futuro. Mas, primeiro precisamos de um tecladista. Nick e Martin conseguem facilmente cobrir baixo e guitarras, permitindo uma execução precisa dos arranjos originais. A bateria também não é problema. A minha posição no palco seria cantar e talvez tocar um violão acústico, então, precisamos mesmo resolver a questão dos teclados.
Confira a entrevista completa no site do 80 Minutos através deste link:
https://80minutos.com.br/interview.php?interview=19
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