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Darkhaos: mais um nome gerado em Fortaleza/CE (entrevista)

Por Leonardo M. Brauna
Fonte: Kallil van Derick
Postado em 03 de maio de 2019

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Fortaleza, a capital do Ceará, é referência quando se fala em música extrema. OBSKURE (Death Metal), SIEGE OF HATEe (Death/Grind), FACADA (Grindcore) e ENCÉFALO (Thrash/Death) são alguns nomes que contam essa história. O que algumas pessoas não sabem é que, na terra de José de Alencar, bandas de outros estilos são muito comuns, a exemplo da DARKSIDE que começou seus anos fazendo Power Metal e hoje acerta o ponto em um Thrash Metal visceral, FIST BANGER, cujo o vocalista VINNY FIST foi finalista do programa da TV Record, "Canta Comigo" (sim, aquele cara do Country), que manda muito bem no Speed Metal e o Hard Sleaze do DYNAMITE, todas com trabalhos superlegais. É neste ambiente que a DARKHAOS nasceu em 2017 com RENATO FERREIRA (vocal), ERICKSON OLIVEIRA (guitarras), ERIEL ANDRADE (baixo) e KALLIL VAN DERICK (bateria). Com o EP "Shouting at your Grave" no gatilho, o grupo aproveita o momento de inspiração para compor mais músicas. Conversamos com KALLIL sobre a visão da banda, cena underground e muito mais. Confira na entrevista abaixo:

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Pergunta piegas, simples e direta: como a DARKHAOS se formou?

KALLIL VAN DERICK: Conheci o Erickson há muitos anos. Ele morava em um apartamento ao lado do meu. Um dia o ouvi tirando um som na guitarra e nos aproximamos, depois conheci Eriel na escola de línguas que coordeno, como ele tocava baixo começamos a conversar. Decidimos ir a um estúdio pra passar o tempo, foi quando Eriel nos mostrou 'Shouting at your Grave', que virou música título do nosso EP. A partir daí, passamos a nos reunir sempre. Decidimos ir atrás de um vocalista e montar uma banda. O que foi extremamente desafiador, pois a voz que queríamos era muito específica e difícil de encontrar. Joguei o anúncio em grupos do Facebook que estávamos procurando um vocalista com referências em Dio, Iron Maiden, Helloween e bandas do tipo, Renato respondeu e mostrou um vídeo de sua antiga banda, quando ouvi o primeiro agudo e a presença de voz ao longo da música, rapidamente mandei o link para os outros dois que acharam incrível. Daí nasceu a Darkhaos.

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A cena de Fortaleza possui ótimas bandas. Quais são as que vocês mais escutam?

KALLIL: Sobre as bandas locais, nossos gostos são bem diversos, vai de OMMINOUS, LOST VALLEY, FACADA, BETRAYAL, ANKERKERIA e OBSCURE até outras menos expressivas.

Sobre espaços para tocar, a cidade possui muitas opções, ou as bandas undergrounds alencarinas já viveram dias melhores nesta questão?

KALLIL: Sinceramente, sinto falta do Hey Ho Rock Bar. Sou dessa época, de ir para o Dragão do Mar curtir as bandas, Rock Cordel e ForCaos. Basicamente, há uma certa oferta de muitos lugares pra se tocar, mas geralmente eles preferem bandas cover ou tributo. O pessoal em Fortaleza dá muito valor sair de casa pra ouvir uma banda tocando aquilo que já se ouve o dia inteiro. Existe um certo desinteresse em conhecer bandas novas. O público underground praticamente se divide entre headbangers de play list e headbangers de show. O primeiro só quer ouvir o que conhece, enquanto que o segundo está mais aberto a novidades. Isso acaba deixando o trabalho de bandas autorais ainda mais difícil.

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Qual a sua opinião sobre a cena atual com toda essa movimentação on line (redes sociais, e-mails, streaming etc) substituído o serviço off line (flyers, panfletos, cartazes etc)?

KALLIL: Bom, eu sou de uma geração que comprava CD, lia as letras nos encartes, comprava pôster e colava na parede do quarto, mas o mundo mudou, as pessoas consomem música de uma forma diferente. Até TV teve uma mudança com o advento do Youtube e Netflix, por exemplo. O fato é que existem dois lados aí, a rede social, os serviços de streaming e a velocidade na qual uma informação viaja hoje, ajuda muito a divulgar seu material, fazer sua banda ser conhecida, contudo, existe um lado negativo nisso, afinal ninguém quer mais pagar pra ouvir música. Isso está de graça por aí. O que dificulta a chegada de bandas às gravadoras, porque praticamente não se vende mais músicas, não como antigamente. O lance hoje é fazer show, mas para fazer show você precisa ser conhecido e para ser conhecido você precisa ter material gravado. É um paradoxo.

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Enquanto aos locais para ensaiar? Você acredita que o termo "banda de garagem" está ficando obsoleto pela quantidade de estúdios que há nas cidades, facilitando o acesso dessas bandas a lugares com mais recursos?

KALLIL: Acredito que sim. Foi-se o tempo em que bandas surgiam como o Sepultura, tocando na garagem e reunindo a cena em lojas de discos. Hoje, muita gente mora em apartamento, não pode fazer barulho por causa dos vizinhos, tem esse lance todo. Então os estúdios encheram a cidade por causa da própria demanda local de bandas, que não tinham onde tocar – e equipamento é muito caro no Brasil. Não é todo mundo que tem uma aparelhagem completa e, quem tem, abre um estúdio.

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A melodia é destaque na música da DARKHAOS, mas a agressividade, pegada forte e riffs velozes não a define como uma banda de Metal Melódico. Como vocês arrumam as ideias na hora de compor?

KALLIL: Nossas influências vêm de estilos bem distintos de Metal. Nosso vocalista é um amante do Power Metal, o baixista é o cara do Thrash Metal, nosso guitarrista ouve muito Heavy/Power e eu sou muito do Heavy Tradicional e Death/Black Metal. O segredo pra isso dar certo é maturidade e senso de democracia. Decidimos tudo em grupo. Então se eu, Eriel ou Renato trazemos uma letra, primeiro a banda analisa se cabe no conceito geral do grupo, depois, a gente passa para o Erickson fazer sua mágica. Ele compõe a música e geralmente muda muita coisa do que foi pensado, mas, frequentemente, essa mudança é muito positiva.

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A banda gravou músicas em estúdio, mas até agora só liberou a canção "Shouting at your Grave" nas plataformas de streaming. Qual o motivo para a não liberação das outras neste momento?

KALLIL: Quando nós fizemos as gravações das primeiras músicas, ainda não tínhamos a visão de profissionalismo que temos hoje. Por isso, fizemos algo não muito bom. A partir do momento que decidimos entrar de cara na cena do Metal Nacional, repensamos esse material e preferimos regravá-lo por inteiro. Inclusive a própria 'Shouting at your Grave' será regravada e republicada. Investiremos em material de qualidade, com boa produção, mixagem e masterização. Queremos publicar algo que realmente agrade a banda quando a gente parar para ouvir e ter orgulho daquilo. Esse é o principal motivo.

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A indústria musical deu uma boa inclinada ao artista independente. Gravar álbuns e videoclipes nunca estiveram tão próximos da realidade underground. Para uma produção em vídeo, vocês já têm uma escolha?

KALLIL: A gente chega a discutir isso em alguns momentos, mas ainda não chegamos a uma decisão. Músicas como 'Out of the Door' e 'Execution', que refletem bem o espírito da banda, estão entre as mais bem cotadas, mas isso ainda é algo que precisa ser amadurecido. Talvez consigamos fazer o lançamento do EP juntamente ao nosso primeiro vídeo clip.

Como foi a receptividade do público no primeiro show da Darkhaos?

KALLIL: A receptividade do público e inclusive das outras bandas que tocaram no evento foi algo muito positivo. Principalmente por nós termos sido a banda com o som mais destoante. Era uma noite marcada por bandas de Thrash Metal, mas isso não foi uma barreira para nós. O público curtiu e recebemos elogios. Particularmente, assistindo as gravações que fizemos no dia, acho que nossa performance foi boa. Não diria excelente, pois houve um ou outro momento no qual o nervosismo nos atrapalhou de alguma forma, mas nada que fosse 'gritante', digamos assim.

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Faltam muitos meses para terminar 2019. Pode contar um pouco sobre os planos que se seguem?

KALLIL: Este ano será nosso momento de lançar nossos dois primeiros EPs, que são 'Shouting at your Grave' neste primeiro semestre e 'Death Row' no segundo. Pretendemos trabalhar no nosso primeiro vídeo clip e divulgar muito nosso material. É um momento de trabalharmos muito nas nossas músicas, ensaiar até todas as passagens ficarem perfeitamente alinhadas e, óbvio, tocar em todos os eventos que pudermos. Considero 2019 como um ano extremamente importante para a DARKHAOS.

Agradecemos o tempo cedido a esta entrevista. Por favor, deixe um recado a quem nos acompanha e como essas pessoas podem encontrar a Darkhaos?

KALLIL: Em nome da banda, gostaria de agradecer a esta oportunidade, esse apoio às bandas autorais undergrounds é extremamente importante para o desenvolvimento da cena. Pra todos vocês que acompanham o WHIPLASH, se preparem! Porque a DARKHAOS não veio para brincadeira. A porrada vai comer solta nos ouvidos de todos. Quem quiser nos acompanhar mais de perto, cola nas nossas redes sociais e quem quiser entrar em contato conosco, pode encaminhar um e-mail. Muito obrigado!

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Sobre Leonardo M. Brauna

Leonardo M. Brauna é cearense de Maracanaú e desde adolescente vive a cultura do Rock/Metal. Além do Whiplash, o redator escreve para a revista Roadie Crew e é assessor de imprensa da Roadie Metal. A sua dedicação se define na busca constante por boas novidades e tesouros ainda obscuros.
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