RPM: Banda voltou recentemente sem Paulo Ricardo
Por Igor Miranda
Fonte: Estadão / André Molina
Postado em 02 de junho de 2019
Um ano antes do anúncio do falecimento do baterista Paulo P.A. Pagni (logo depois desmentido), o RPM havia retomado suas atividades e estava a pleno vapor - só que sem o vocalista e baixista Paulo Ricardo, que foi substituído por Dioy Pallone.
Pagni teve sua morte anunciada pela própria banda neste domingo (2). Horas mais tarde a morte foi desmentida. Aparentemente houve uma confusão no hospital onde ele estava internado com diagnóstico de fibrose pulmonar.
De acordo com os próprios integrantes, a decisão de retomar as atividades do RPM aconteceu após Paulo Ricardo romper com a banda. O guitarrista Fernando Deluqui contou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que tentou convencer Ricardo de continuar com o grupo, porém, ele não quis.
"Tínhamos um contrato, a previsão era de que seguíssemos por mais um ou dois anos. [...] Combinamos refazer o RPM sem ele", disse o guitarrista, que seguiu com PA e o tecladista Luiz Schiavon, além de Dioy Pallone substituindo Paulo Ricardo - e com Deluqui mais participativo nos co-vocais. O caso foi parar na justiça. "Ele (Paulo Ricardo) registrou o nome sozinho em 2004, mas deveria ter colocado a marca no nome dos quatro integrantes", completou o guitarrita, na ocasião.
A nova formação, com Pallone, chegou a lançar duas músicas inéditas: "Ah! Aonde Está Você?" e "Escravo da Estrada". Confira.
Réplica e tréplica
Na época da entrevista, Paulo Ricardo chegou a se manifestar por meio de seu advogado, Carlos Frederico Bentivegna. "(O nome) pertenceu a uma empresa de Luiz Schiavon, enquanto a banda estava na ativa, mas ele (Schiavon) renunciou tacitamente à marca porque foi chamado ao INPI (órgão onde se registra os nomes) para recolher a taxa relativa à proteção da marca e não tomou qualquer providência, deixando-a desprotegida e à mercê do avanço de qualquer aventureiro", disse o jurista.
Segundo Bentivegna, houve um "acordo de cavalheiros" homologado pela Justiça em 2007 para que só os quatro integrantes originais do RMP fizessem uso da marca. "Dessa forma, estavam todos os integrantes da banda proibidos de utilizar-se do nome RPM a não ser que o fizessem de maneira coletiva, preservando a história de um trabalho que foi exitoso e deixou boas lembranças."
Ao "Estadão", Fernando Deluqui respondeu que havia respaldo jurídico para o uso do nome do RPM sem Paulo Ricardo. "De acordo com a última decisão judicial, nós três podemos usar a marca", afirmou.
Planos
Em reportagem publicada na última quarta-feira (29), no Whiplash.Net, André Molina trouxe uma entrevista com Fernando Deluqui, que seguiu em turnê com o RPM mesmo com os problemas de saúde de PA. Enquanto o baterista se recuperava, a banda trabalhou em shows em formato acústico. Havia planos de lançar um novo álbum de estúdio, com mais músicas, além de "Ah! Aonde Está Você?" e "Escravo da Estrada".
"Tínhamos o projeto de lançar um EP, mas o PA está em uma fase muito difícil de saúde. Atravessando uma fase bem complicada. E tivemos que preparar um show acústico, do zero, novos arranjos. Deu muito trabalho e ainda continuamos com os ensaios do elétrico. Acabamos parando de ensaiar as canções novas. Mas vamos continuar o trabalho de gravar. Quando completar seis ou oito, lançaremos um EP e em seguida um álbum completo. Não tá fácil. O mercado está muito difícil. Eu tô muito a fim de gravar. Temos que pegar os caras pelo colarinho e colocar no estúdio... (risos)", afirmou o músico, na ocasião.
Morte de Paulo Antônio Pagni
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps