Raul Seixas: idolatrado, cantor não tem números tão bons no streaming
Por Igor Miranda
Fonte: G1
Postado em 21 de agosto de 2019
Uma reportagem feita pelo G1 aponta que, apesar da idolatria em torno de sua vida e obra, o cantor Raul Seixas não apresenta números tão impactantes nas plataformas de streaming, vistas como o futuro da música em termos de formato. Um levantamento feito nos aplicativos em questão aponta que as músicas de Raul não chegam à quantidade de execuções de outros ídolos do rock brasileiro.
No Spotify, por exemplo, a obra de Raul Seixas está quase toda à disposição: 14 dos seus 15 álbuns de estúdio, além de várias compilações, que totalizam 30 discos no total. Todavia, os números são de "apenas" 940 mil ouvintes mensais, atrás de nomes como Cazuza (1,3 milhão nos trabalhos solo, fora os registros com o Barão Vermelho), Renato Russo (2,1 milhões com a Legião Urbana) e Chorão (2,3 milhões com o Charlie Brown Jr).
Entre artistas vivos na mesma plataforma, chama atenção o fato de nomes mais atuais - e influenciados por Raul Seixas -, como Pitty (1,3 milhão), acumularem mais streams.
No YouTube, o levantamento é mais generoso com a obra de Raul Seixas: em um levantamento anual, foram contabilizadas 118 milhões de execuções. Cazuza solo, por exemplo, obteve 20 milhões no mesmo período. Legião Urbana (250 milhões) e Charlie Brown Jr (204 milhões) seguem na frente.
A principal explicação pode estar na proximidade do público com artistas mais atuais, já que Cazuza e Legião Urbana representam o rock da década de 1980 e o Charlie Brown Jr pegou os anos 1990 e 2000, assim como Pitty. Os clássicos de Raul Seixas são, em maioria, da década de 1970.
Parte do público que acompanhou o auge de Raul pode não ter tanta afinidade com as plataformas de streaming e, entre os mais jovens, sua obra pode não ter passado por grande renovação. Ainda assim, o legado do cantor segue inabalado.
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