Corey Taylor, do Slipknot, revela quanto se recebe por milhão de streams no YouTube
Por Igor Miranda
Fonte: Irish Times
Postado em 17 de janeiro de 2020
O vocalista Corey Taylor revelou, em entrevista ao Irish Times, que não concorda com o sistema atual de remuneração no streaming. Segundo ele, os números apresentados nos dias de hoje não são justos ou rentáveis para os músicos.
Taylor destacou que não dá para nenhum artista sobreviver apenas com os rendimentos de streaming. "Você ganha menos que centavos. Nos Estados Unidos, passamos por essa legislação (Music Modernization Act 2018), mas estão recorrendo e espero que ela seja derrubada", afirmou.
O cantor pontuou que não tem nenhum problema com o streaming em si, mas declarou: "Tenho amigos que precisaram sair da música, e são bandas populares, porque não conseguiam sobreviver. Para bandas intermediárias e inferiores, é difícil. Tocar no pub local e cobrar bilheteria na porta quase vale mais a pena. Você ganha mais dinheiro fazendo isso do que gravando um disco. As gravadoras ainda pegam a maior parte".
Em seguida, o entrevistador pediu para que Corey Taylor desse exemplos. "A taxa mais baixa é do YouTube. Cada visualização oferece 0,04% de um centavo. Em um milhão de streams, você recebe US$ 400, após contas rápidas na minha cabeça. As pessoas não conseguem viver com isso - e olha que não há muitos músicos que conseguem atingir esses números", disse.
O cantor reforçou que boa parte do valor vai para as gravadoras de qualquer forma. "As plataformas de streaming não querem pagar os talentos que fazem as músicas e, mesmo assim, ganham bilhões de dólares. Compram edifícios gigantescos e não querem pagar quem deu essa grana para eles. É insano. Algo precisa mudar", afirmou.
Ele foi perguntado, então, se o Metallica estava certo quando liderou uma ação contra o Napster, programa de compartilhamento gratuito de músicas, na virada do século. "Estavam certíssimos. Não estou dizendo que essas pessoas deveriam ter morrido, só que a tecnologia iria arruinar a vida de muitas pessoas, sejam mídias sociais ou pessoas que usam tecnologia para invadir países. Está fora de controle. Não há freios ou contrapesos", respondeu.
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