Combate Rock/UOL: "Implosão da Nervosa expõe pântano cheio do lodo do rock nacional"
Por Igor Miranda
Fonte: Combate Rock / Uol
Postado em 27 de abril de 2020
Um texto publicado pelo jornalista Marcelo Moreira, do blog 'Combate Rock', do 'Uol', reflete sobre a saída de duas integrantes da Nervosa. No último sábado (25), a vocalista e baixista Fernanda Lira e a baterista Luana Dametto anunciaram que estavam deixando a banda. A guitarrista Prika Amaral confirmou que o grupo seguirá suas atividades com outras integrantes.
"Não é coincidência que a banda Nervosa tenha implodido em plena quarentena do coronavírus e em meio a mais uma crise política grave envolvendo o nefasto presidente da República. Direta ou indiretamente, é reflexo de nossos tempos confusos e tristes e simboliza o colapso social em que vivemos", inicia o texto de Moreira no 'Uol'.
Após destacar que as saídas foram anunciadas "em meio a textos vagos, laudatórios e de cunho de autoajuda", o jornalista apontou que apenas Prika Amaral "tocou de leve" nas razões que levaram à saída das musicistas. Em seu comunicado, Prika havia dito: "as coisas já não vinham bem há algum tempo, não havia mais a mesma chama no palco".
Além de desgastes internos, Marcelo Moreira cita "problemas externos que não podem ser ignorados – machismo, oportunismo chauvinismo, preconceito e muita, muita inveja do sucesso que estava chegando". A publicação cita situações de discriminação vivenciadas pelas integrantes da Nervosa ao longo dos anos - e até mesmo no último fim de semana, com comentários ofensivos nas redes sociais -, bem como outras musicistas famosas do rock que passaram por problemas semelhantes.
"Não dá para saber, ao certo, qual o preço que elas pagaram pelo posicionamento engajado, feminista e de esquerda. Só elas podem revelar o quanto isso influenciou na separação da atual formação. Mas é possível ter uma ideia de como os ataques misóginos, sexistas, políticos e de inveja incomodaram durante todos esses anos. Os textos das três transpiram isso, de forma velada", afirma outro trecho.
Leia, no 'Uol', o texto completo de Marcelo Moreira.
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