Tony Iommi, do Black Sabbath, expulsou Madonna de ensaio do Live Aid sem saber quem era
Por Igor Miranda
Postado em 16 de julho de 2020
O guitarrista Tony Iommi relembrou de uma história curiosa envolvendo a reunião da formação original do Black Sabbath, em 1985, para o festival Live Aid. Na ocasião, a banda ensaiou apenas uma vez e foi um "pequeno desastre", nas palavras dele. Em dado momento, o músico chegou a pedir para que expulsassem Madonna, sem saber quem era, durante a preparação em estúdio.
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Em entrevista à SiriusXM, transcrita pelo Ultimate Guitar, Tony Iommi contou como foi a situação. "Eles reservaram uma sala de estúdio para ensaiarmos. Começamos a tocar e, depois, começamos a falar dos velhos tempos. Então, boa parte do ensaio foi bate-papo. Na hora em que realmente estávamos tocando, era uma sessão fechada, e foi constrangedor quando duas garotas chegaram por trás da sala", afirmou.
Iommi pediu para que um de seus seguranças tirasse essas duas garotas do local - sem saber que uma delas era Madonna. A artista já era famosa na época e havia lançado um de seus trabalhos de maior sucesso, o álbum "Like a Virgin" (1984).
"Falei para uma das pessoas da nossa equipe: 'olha, tem gente entrando, você precisa dizer a eles que é um ensaio privado'. Ele foi lá e falou para elas. No fim das contas, uma delas era Madonna. Foi um pouco constrangedor, mas, enfim, ensaiamos e voltamos ao hotel", disse o guitarrista.
Ressaca e calor
Os problemas do Black Sabbath naquela reunião não se resumiram apenas a ter pouco tempo de ensaio - e ainda desperdiçar essas poucas horas batendo papo. De acordo com Tony Iommi, a ressaca e o clima quente, já que eles tocaram muito cedo, atrapalharam um pouco a performance.
"Na noite anterior ao show, acabamos no bar e foi outro desastre, pois bebemos um pouco demais. No dia seguinte, claro, tive uma ressaca terrível", afirmou o guitarrista.
Em seguida, o entrevistador cita que eles acabaram tocando durante o dia, quando fazia calor. "Sim. Não esperávamos que seria tão cedo, mas, claro, fomos lá e tocamos. Não me senti no topo do mundo naquela ocasião, acho que nenhum de nós se sentiu daquela forma", complementou Iommi.
O músico ainda conta que se juntou com os colegas do Sabbath para ficar bastante tempo no bar com os integrantes do Judas Priest. "Ficamos juntos um tempão, pois não nos víamos há algum tempo e ficamos falando dos velhos tempos, já que somos da mesma cidade (Birmingham, Inglaterra)", disse.
Black Sabbath no Live Aid
O show de reunião da formação original do Black Sabbath no Live Aid contou com três músicas: "Children of the Grave", "Iron Man" e "Paranoid". Eles se apresentaram na edição americana do evento, realizada na Filadélfia - ao mesmo tempo, o festival acontecia também em Londres, na Inglaterra.
Na época, o vocalista Ozzy Osbourne estava em carreira solo, enquanto o Black Sabbath estava em uma espécie de hiato: o cantor Ian Gillan deixou a banda após a turnê de "Born Again" (1983) para voltar ao Deep Purple. Tony Iommi, o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward (que voltou após a saída de Gillan) tentaram seguir com outro cantor, David Donato, mas optaram por demiti-lo após uma curiosa entrevista.
O guitarrista passou a desenvolver um trabalho solo, sem o baixista e o baterista, que acabou se tornando outro disco do Sabbath: "Seventh Star" (1986).
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