Edu Falaschi: o que ele sentiu após notificação extrajudicial de Rafael Bittencourt
Por Igor Miranda
Postado em 16 de setembro de 2020
O vocalista Edu Falaschi falou, em entrevista ao Flow Podcast, sobre a ocasião onde precisou mudar o nome da turnê "Rebirth of Shadows", que voltou a trazê-lo cantando músicas do Angra anos depois de deixar a banda, após uma notificação extrajudicial do guitarrista da banda, Rafael Bittencourt. As declarações foram transcritas pelo Whiplash, com sutis adaptações para o texto escrito.
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Falaschi participou do podcast para divulgar seu novo DVD, "Temple of Shadows in Concert", onde toca as músicas do álbum "Temple of Shadows" (2004), do Angra, junto de orquestra e convidados especiais. Inicialmente, ele revelou que o trabalho lhe custou R$ 500 mil para ser produzido e que, atualmente, está em uma "pegada de investimento", depois de passar anos em baixa, com problemas na voz e tristeza.
"Ninguém queria contratar o show, pois eu estava sumido da mídia e dos shows. E, moralmente, estava muito ruim, por causa da voz, estava queimado. As pessoas ao meu redor, controlando minha carreira, não me davam aquela moral. Pelo contrário: me botavam para baixo. Fui perceber só depois", afirmou.
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Em seguida, ele citou a notificação extrajudicial enviada por Bittencourt, enviada em 2017. "Quando começamos (a carreira solo), o meu empresário, que era o mesmo do Angra, sugeriu o nome: 'Edu Falaschi Angra Years'. Só que, aí, o Rafael Bittencourt mandou, através do advogado, uma notificação extrajudicial, tipo: 'vou te processar'", disse.
Qual foi o sentimento de Edu Falaschi diante disso? "Fiquei muito triste, pois eu estava na Itália, fazendo shows, e falei: 'caraca, não acredito que estou recebendo esse e-mail de um advogado do cara que tem meu telefone'. Era só me ligar, né? E estava de boa, não tínhamos treta", afirmou.
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Falaschi pontuou que ficou "bem chateado" e acabou mudando o nome da turnê, que se tornou, então, "Rebirth of Shadows". "E eu expliquei para o público. O fã ia ver o mesmo cartaz com o outro nome, então, para não confundir, fui à internet e expliquei que mudei o nome por causa da notificação. Aí, a galera ficou brava. Os ingressos começaram a vender mais. Há males que vem para o bem, mas não precisava, né?", disse.
A recepção da turnê, de acordo com Edu, foi bem positiva - não só pelas músicas em si, mas pela presença de Aquiles Priester, ex-baterista do Angra, e Fabio Laguna, tecladista da banda em turnês. "Éramos três ex-Angra juntos e a galera pirou. Começou assim. Aí, fizemos esse DVD que celebra esses 30 anos de carreira do Edu Falaschi. O fã do Angra queria um DVD do 'Temple of Shadows' com orquestra, pois em 2004, era para termos feito. Divulgamos na época, mas não fizemos", afirmou.
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Falaschi comentou, ainda, que não ganhou um centavo com o investimento de R$ 500 mil no DVD "Temple of Shadows in Concert". "Peguei tudo para o fã para dar o espetáculo mais inesquecível. O dinheiro entrava, eu comprava um negócio, alugava telão e por aí vai. Foi assim. Fizemos um mega DVD, lindo, que é para o fã", disse.
O trecho da entrevista que aborda o assunto está disponível no vídeo abaixo.
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A notificação extrajudicial
Em junho de 2017, Edu Falaschi fez uma transmissão ao vivo no Facebook para contar que precisou mudar o nome da turnê solo "Angra Years" para "Rebirth of Shadows Tour" por "questões legais".
"Todos sabem do respeito que tenho pela história do Angra [...], mas a turnê 'Edu Falaschi Angra Years'... venho conversando com o Rafael, e ele responde pelo Angra. Existe um descontentamento pelo fato de eu voltar a fazer Angra, com a turnê chamada 'Edu Falaschi Angra Years'. Expliquei que é uma turnê solo, nem coloquei o logotipo da banda, mas está a palavra Angra para comunicar que voltei a cantar Angra. [...] Hoje, tive uma notícia oficial de que por questões judiciais, eu poderia ter os shows cancelados ou embargados", afirmou.
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Diante da reação dos fãs, Rafael Bittencourt se manifestou nas redes sociais, em seguida, publicando um vídeo que havia sido enviado para Edu Falaschi em meio à confusão. O músico explicou suas razões e reconheceu que tudo foi uma "bobagem", pois poderiam resolver em um telefonema.
"Fiquei, sim, chateado, não de você tocar Angra, mas de não ser informado. Fui o último a saber e nunca ninguém falou comigo sobre uma autorização, sendo que toda vez que vão criar, vender ou usufruir comercialmente de um produto do Angra, com o nome, a marca, eu quero estar envolvido. Não só na parte de grana, mas de decisões. Temos a banda, que está gravando CD agora. Conciliar isso, para não atrapalhar. E o respeito, a vontade de ser comunicado", disse.
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